terça-feira, 21 de agosto de 2012

O MELHOR JOGADOR DO MUNDO

As últimas conversas de boteco tem rendido acaloradas discussões sobre quem é mais jogador de futebol: Messi ou Pelé? Neste debates, os ufanistas não aceitam reconhecer que Messi é muito superior a Pelé. E Messi é muito mais jogador que Pelé pelo simples motivo porque joga muito mais que o Rei crioulo. Mas para aqueles que se recusam dar a mão à palmatória, passarei aqui alguns fatores que poderão subsidiar a torcida brazuca a discernir de maneira crítica e separar as emoções da compreensão.

Antes de mais nada, acho uma senhora afronta a minha inteligência a torcida do Pelé apelar para o argumento fajuto dos 1238 gols e das três copas do mundo, e que para Messi se consagrar como o melhor do mundo, primeiro tinha que reverter estes cálculos. Estas pessoas tagarelam e nem sequer levam em consideração a época e as circunstâncias com que se atingiu estes números. Primeiro: Messi é o melhor jogador do mundo, mas não tem culpa nenhuma se a Argentina hoje é uma seleção medíocre. Se Messi fosse espanhol, teria ganhado a última copa do mundo. Aliás, a Espanha sairia campeão daquele torneio com Messi ou sem Messi. Segundo: Se for para colocar o número de gols como parâmetro para melhor jogador, teremos que observar que Romário e Roberto Dinamite fizeram juntos seiscentos gols a mais que Zico do Flamengo e apesar de ser vascaíno, reconheço de maneira humilde que Zico foi muito mais jogador que os dois ex-atacantes de São Januário.

Outra coisa: assisti no You Tube o reprise do jogo Brasil e Itália valendo o título de 1970 e não consegui ver p#rra nenhuma no Pelé. Nada de excepcional. Está muito aquém de Messi. Naquele tempo a corrida média de Pelé era de três, quatro quilômetros por jogo. Messi corre 10 quilômetros todos os jogos fazendo marcação e jogando como craque, com muita agilidade, conclusões precisas e um futebol sem firulas ou exibição para as câmeras.

Acontece que até a Copa em que o Brasil conseguiu sagrar-se tri-campeão, o esporte bretão não passava de futebol vira-lata, do improviso. O futebol com pedigree só veio a acontecer em 1.974 com a Holanda. Aquilo era futebol escrito na lousa e aplicado ipsis-literis nos gramados. Embora vice-campeão em três copas do mundo, foi no carrossel holandês que se visionou o Barcelona do Messi de hoje em dia. Um time de outro planeta. Puro “contatos imediatos de terceiro grau”.

Pra encerrar: o crioulo Pelé se consagrou em jogos contra o Comercial, Juventus, Noroeste, XV de Piracicaba, Francana, São Bento de Sorocaba, Ferroviária de Araraquara e Taubaté. Messi é obrigado a encarar todos os anos pelo Champeons League pedreiras como o Chelsea, Manchester, Liverpool, Inter de Milão, Milan, Bayer de Munique, Paris Saint-Germain, Olimpic de Marselha, Real Madri e Benfica. Pelé distribuía porrada a torto e a direito, já fraturou pernas de adversários e recebeu inúmeros cartões vermelhos. Messi é um gentleman dos gramados. Pega suas porradas e fica na dele, não reclama dos seus oponentes e muito menos da arbitragem. Aliás, não dá um pio sequer. Messi é humilde. Pelé é arrogante, mau caráter e fala muita besteira.

Sei que muita gente vai cair matando de pau em cima deste escriba. Não tem problema. Independente das convenções vigentes, esta é a minha honesta opinião.