sábado, 17 de outubro de 2009

MANIFESTO NA MESA DO BAR DO CLÓVIS

Podem até achar que este manifesto não passa de devaneios de um bêbado comunista. Podem até dizer que foi escrito entre a terceira e a quarta cerveja, mas a verdade é que cada dia mais me bate a sensação de que não passamos de meros escravos e lacaios do Poder mundial. O império da falcatrua endolarada atua cada vez mais sobre nós. A gente só vai ser livre de verdade como povo no dia em que a gente conseguir se desprender das amarras da Águia imperial. Afinal, servidão colonial significa impossibilidade de fazer história.

Os “Istêites” não querem ser amigos de ninguém, mas sim temidos, e se possível, pela força de fuzis e napalms. São eles que detém o monopólio da guerra e a supremacia militar. Seu “American-way-of-life” é feito na base do arregaço. A maré montante das gangues americanas é se envolver cada vez mais em conflitos bélicos pelo controle do petróleo moribundo e em fase de extinção. Mas também existe nos anais da Federação do Baixinho Invocado (FBI) e da “Ciaêi” uma tendência irrefreável do deslocamento do eixo geopolítico do Oriente para as florestas tropicais da nossa Amazônia Legal.

Do Alcorão ao Proálcool a ocupação Ianque atingiu o Zênite com a tomada da Vale do Rio doce. Ali tava na cara que era uma ocupação de recursos que visava ao inevitável ocaso do petróleo, cuja espuma flutuante está concentrada no Oriente Médio. Que Alá tenha colocado petróleo ali e que este petróleo tenha se revestido de força mística e étnica é um grozope significante porque o afã de morrer pode ser também um impulso vital. É essa morte como fé e não como temor que deixa de cabelos em pé o Pentágono cocaínico. Petróleo, dólar e bomba sempre vão estar interligados.

Já está na mesa de negociações dos bacanas lá de Washington o genocídio da Raça Brasil. O interesse do capital mundial não vai de encontro com a nossa sobrevivência devido à penúria das matérias primas de lá e do declínio dos combustíveis fósseis que se encontram em poder da rapina Ianque. É de todos sabido que foi o desenvolvimento que gerou o subdesenvolvimento, assim como foi a metrópole que pariu a colônia. As metrópoles lá de “arriba” precisam mais da gente do que a gente deles.

Trampamos todos os dias de sol a sol da Câmara de Guajará até as lojas de calçados lá no Candeias, desde São paulo até Cingapura somente para engrossar as testas de Wall Street e construir os Trade Centers de Nova Iorque. Enquanto isso a burguesia tucana de fortuna espúria e mal adquirida prevarica com o gringo Ianque arreganhado-lhes a bunda em honoris-causa. É de arrebentar o bago ver uma gente que um dia botou pra correr Villegaignon e Maurício de Nassau, de repente se ajoelhar para a Coca-cola.

Por mais sangria que represente a tirania do dólar, o que almejam os donos do capital mundial não é somente dar um tapa na grana, mas sim tomar de conta do nosso território com sol, água, clorofila e fotossíntese. Roubar o solo, como dizia Karl Marx. É muito provável que as “plantations de biopirataria” fiquem sob controle dos “Istaduzunidus”. Vide o Iraque que hoje se transformou num posto de gasolina dos “USA & ABUSA”.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DR.CÉLIO TARGINO DEFENDE ZONA FRANCA DE G .MIRIM

O presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, vereador Célio Targino (PP), em entrevista para o jornal O Mamoré,disse que “está na hora de toda a sociedade começar a reagir contra a ameaça de se perder a Área de Livre Comércio por força de uma manobra dos grandes atacadistas da Capital, Porto Velho”.

O parlamentar demonstrou sua preocupação com o que classificou de “retrocesso da história guajaramirense do século passado, a mesma que penalizou nossos antepassados com os ciclos da borracha, da madeira, do ouro e agora com o advento da criação da Área de Livre Comércio em Porto Velho”.

Segundo Célio Targino, “se a gente não começar a se mobilizar a partir de agora, mais de 500 famílias terão reduzido o seu poder de compra e de sobrevivência com a redução imediata do número de postos de trabalho, além do fechamento de empresas que, certamente, irão trocar a cidade de Guajará-Mirim por outros centros mais atrativos fora da região”.

A coisa é mais séria do que se possa imaginar, disse ainda o parlamentar. Ele lembrou, no entanto, que “a luta para salvarmos nossa Área de Livre Comércio é de todos os cidadãos e não de grupos isolados”. Célio chegou a prever que “com o apoio de alguns políticos e autoridades do próprio município, até mesmo antes do recesso do Congresso, venhamos a ser surpreendidos com a edição de mais uma MP do Governo passando a estender a Zona Franca até Porto Velho”, observou ele.

O vereador informou que, “essa é a hora de darmos às mãos, de sairmos às ruas e discutirmos quais medidas tomar ante a ameaça de perda da ALC de Guajará-Mirim”. Ele propôs, no entanto, que a classe empresarial se una aos vereadores, à Universidade, à Prefeitura e aos segmentos produtivos a fim de que se impeça a realização de mais uma conspiração contra os interesses do povo desta terra.

A extensão da Área de Livre Comércio até Porto Velho, na opinião do parlamentar, “significará a mesma coisa que decretarmos o fim das instituições democráticas no País”, ao ponto de, “Guajará-Mirim reviver seu passado de glória do século passado com os ciclos da borracha, da madeira, do ouro e ficar alijada do novo ciclo econômico que se avizinha a partir de 2010 com os adventos da construção da ponte bi-nacional (Brasil e Bolívia) e das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio”.