segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O BARÇA DO MESSI E CIA

Eu já havia cantado a pedra semanas antes para aqueles que pela paixonite brazuca achavam que o Santos bateria fácil o Barcelona no Mundial de Clubes e se abdicavam de querer enxergar o óbvio: que o Barcelona hoje é o melhor time do Planeta e que nem o Santos nem ninguém segura o Barça. E mais: façam a seleção do mundo que quiserem, escolham aí. Esta seleção vai passar sufoco se enfrentar o time catalão.

Tudo começou nas semifinais onde o Santos em ritmo de jogo, apesar do sufoco, conseguiu vencer o Kashima Reysol, enquanto o Barcelona, sem seis titulares e em ritmo de pelada ou jogo-treino goleou o Al Saad. Já na grande final de domingo, ainda no túnel de acesso ao Estádio, com os dois times enfileirados para a entrada em campo, todo mundo sentiu arrepios quando a câmera focou a cara de mucuim do “craque” Neymar diante da realeza de Messi. Só faltou se ajoelhar e pedir a bênção.

O futebol é jogado e o tambaqui é pescado. Com 76 por cento de posse de bola o Barça foi soberano do início ao fim e atropelou o Santos, o qual se submeteu à um verdadeiro massacre. O Santos foi ridículo. Mostrou-se um time medroso, sem atitude, uma decepção, esqueceu de entrar em campo. Parecia até que os caras estavam ali prestando reverências para o imbatível Barcelona. Ficavam como patetas enquanto o carrossel do Barça trocava passes e dava o seu olê. Em suma, o time da Vila Belmiro se acovardou, amarelou e tomou um passeio de bola. Isto fora a atuação muito ruinzinha do gabiru santista Neymar. Como pragueja aquele locutor do Canal Esporte Interativo nos jogos que transmite: “Mereciam apanhar de cinturão”.

Para quem assistiu ao jogo, foi fácil perceber as diferenças entre o Barça e o time santista. Diferenças que começam na defesa, passando pelo meio de campo e ataque e chegando até o banco de reservas. O Barcelona tem uma defesa que toca a bola e sabem sair jogando. A defesa do Santos é aquela defesa do “despacha de qualquer maneira”. Baseado na seleção da Holanda de 1974-78, o célebre carrossel holandês, o esquema tático do Barça se caracteriza pelo refino no toque de bola que é treinado à exaustão e pela movimentação simultânea de todos os atletas em todos os momentos da partida. Em suma: o futebol do Barça está a anos-luz do futebol tupiniquim do Santos.

Mas atenção: para que o Barcelona chegasse ao futebol total que hoje apresenta foram necessários 30 anos de análises e estudos científicos. Sim, tudo ali é pura matemática. Aqueles toques magistrais que acontecem com a precisão e exatidão de uma cirurgia não são feitos na base do improviso. Toda vez que um jogador tem a posse de bola, sempre tem a disposição duas ou três opções para sair jogando. Outra coisa: reparem que a troca de passes é objetiva, sempre em direção ao gol adversário. “O Barcelona ensinou para a gente como se joga futebol”, disse humilde neymar no final da partida, talvez na única coisa acertada que tenha falado em toda a sua vida. E por falar em humildade, nós temos que reconhecer: se antes eles, os europeus, aprendiam a jogar bola com a gente, hoje nós é que temos que aprender com eles.

Com um futebol sério e responsável e buscando sempre a excelência, a disciplina e a qualidade técnica, hoje o Barcelona do Messi e Companhia é o melhor time de todos os tempos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O QUE ATRASA GUAJARÁ

Hoje em dia a sociedade é obrigada a conviver com leis e portarias que só atrapalham a vida dos cidadãos. De um lado o pobre do cidadão tentando ganhar a vida e do outro uma porrada de tecnocratas que se dedicam em tempo integral à tarefa de liquidar com as liberdades do cidadão. E pior é que para sustentar este aparato é preciso arrecadar impostos. Talvez seja por isto que o setor público hoje acabou tornando-se uma bóia de salvação para muitos burocratas que nunca tiveram traquejo para ingressar no mercado de trabalho, e por este motivo ficam criando leis e cuidando da vida dos outros. Afinal é muito mais fácil e agradável criar leis e impostos do que trabalhar.

Em tempos recentes a sociedade guajaramirense ficou perplexa com a notícia da apreensão de papeis e notas fiscais de uma empresa que vendia serviços e produtos para a prefeitura. Esta operação, que teve origem no Ministério Público e foi encampada pela Polícia Federal, investigou e apurou denúncias de indícios de irregularidades no serviço desta empresa. Comenta-se nos bastidores que quem teria feito as denúncias ao MP foi um comerciante com atuação no palco político cuja empresa em passado não muito remoto também já negociou seus serviços e produtos com o Palácio Pérola.

Mas pelo que parece, a empresa arrolada não estava em desacordo com a lei, estava regularizada para a garantia da execução do serviço, a prefeitura entende que o contrato estava correto e não existe qualquer conexão entre política e negócios, embora o MP entenda que não. Somente aconteceu que a empresa se credenciou, concorreu e acabou vencendo alguns processos de seleção. Se houve facilidade na licitação, por que os tecnocratas não partiram para cima de quem “por supuesto” teria vendido a tal facilidade? Estranha o fato de a Polícia Federal deflagrar uma operação somente contra a empresa sem maiores precisões. Tamanho foi o estrago causado à companhia comercial que neste momento é muito difícil que seus responsáveis encontrem equilíbrio entre seus balanços, projeções, orçamentos e finanças.

Existem coisas que a Justiça dá o parecer como legal, mas a sociedade entende como imoral. Ora! Se é imoral, não é justo. Pode até ser legal do ponto de vista judicial, mas acaba quebrando alguns valores de justiça. Se a moral é ferida, caberia uma mudança de regras para colocá-la no seu devido lugar. É de todos sabido que em toda licitação há interesses de políticos, seja no sentido de levar vantagem, meter a mão, desviar recursos ou ganhar algum por fora. Isto é universal. Mas em se tratando desta empresa, faz-se necessário uma correção. Todos os homens de negócios têm seus pontos de perspectivas. Alguns é preciso conhecê-los de perto para se fazer uma opinião a respeito e outros que nunca julgamos tão bem a não ser à distância. A empresa em questão, pelo que se pôde apurar, é honesta e buscava apenas sobreviver no mercado.

Hoje, mais do que nunca, faz-se necessário criar condições para fomentar o comércio e facilitar as relações entre governos, órgãos públicos e empresas com visão de mercado, projetos e coragem a fim de promover empregos, reduzir a pobreza e alavancar o progresso em Guajará-Mirim. Mas nunca iremos chegar ao tão sonhado zênite comercial enquanto houveram obstáculos às condições essenciais para o trabalho daqueles que acreditam e querem investir em nossa cidade.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O PT E A CORRUPÇÃO

Antes de tudo uma confissão: um maldito dia este cronista já esteve incrustado no meio das hostes petistas. Vou explicar: o PT de Guajará-Mirim para quem não sabe, foi organizado e fundado exatamente no humilde casebre aonde resido há 18 anos. Fizeram parte deste genoma os bons companheiros daquela época, Beto Amaral; hoje reitor da Universidade Federal do Tocantins, Lorenzo Villar; arquiteto, Miguel Sena; Ex-deputado, Arnaldo Macedo, João Anselmo, Dário da Caerd; que descanse em paz, Sarará, Serra do Banco do Brasil, Hélio Figueira; também do banco, Valter hyalas e Cristovão; radialistas à época e hoje jornalistas de renome em Manaus e Paulo Sérgio Villar, hoje vendedor da Skol.

Naquela época tínhamos um sonho que se resumia na necessidade de discutir uma transformação social, uma cultura não somente artística e uma utopia de revolução que justificasse a batalha por dias melhores para o mundo em que a gente vivia e via acontecer. A gente achava que não se poderia combater as causas se não fosse possível destruir aqueles que a causaram. E esta ação só seria possível através da ruptura com o sistema. A gente não queria conciliação. O nosso caminho, a nossa proposta, assim como a proposta original do partido era da luta e não da coalizão.

Passaram-se 25 anos e o que é que se vê? Aonde foi parar a reserva moral do PT? Hoje o PT prostituiu-se, está tão vendido pelos patifes do partido, tão imoral, que faz-se necessário ter coragem para denunciar o que acontece de podridão e nojeira neste emblema que um dia se anunciou como o protetor daqueles que ansiavam por justiça social. Hoje o PT transformou-se em farinha do mesmo saco.

Exemplos? E precisa citar? Basta que qualquer um dê uma olhada nas revistas semanais e jornais diários ou faça uma análise imparcial e sem paixão política para descobrir em questão de segundos a caótica situação do PT. Esquemas, fraudes, mensalões, desvios, toma-la-da-cá, subornos, propinas, jetons por fora, conchavos, mil sem-vergonhices, suspeitas de queima de arquivo e corrupção pura e simples. O PT acabou mostrando as caras. Acabou mostrando a que veio. Juntaram-se à projeção social, que é o que na verdade todos almejavam, a ganância pelo poder que aconteceu de maneira abrupta e com muita sede ao pote.

E como os ecos da corrupção se repercutem, a trovoagem acabou chegando até os nossos recônditos rincões. E não é que a “salvaguarda” da ética petista no Estado de Rondônia, a deputada Epifânia está metida até o pescoço neste antro de corrupção que hoje enlameia a Assembléia Estadual? pois é! A malandra recebia bufunfa do Presidente da Casa (provado e filmado pela Polícia Federal) para a mantenção de apoio às suas estripolias. A deputada em questão, que sempre procurou vender uma imagem de ética, acima do bem e do mal, sacrossanta, na verdade acabou agindo como uma ratazana.

Preocupa-me, ou melhor, me deprime não somente o fato de ter que assistir a mais um escândalo de corrupção no Estado, mas também a falência daqueles valores que gente acreditava e a desilusão de saber que nada, mas nada em absoluto vai acontecer. Em outras palavras, ninguém vai ser punido, tudo vai ficar por isso mesmo e logo logo o povo vai esquecer este episódio.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

PARA O POVO ENTENDER

O espectro do eterno retorno parece que continua a assombrar os porões e gabinetes da Assembléia Legislativa de Rondônia. É a história que se repete em todos os seus contornos e nuances. Hoje a opinião pública se depara mais uma vez com um escândalo político rondando a parcela de peso que conquistou o Poder na Assembléia e já se deixou contagiar pelo cancro da corrupção do regime anterior.

Seguindo o script das investigações que já rolavam a 18 meses através de escutas e filmagens, e que apurou denúncias de desvio de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), a Polícia Federal trancafiou o Presidente da Assembléia Legislativa, Valter Araújo que, segundo notícias de sites da Capital, em conjunto com empresas, fraudava licitações com o objetivo de aumentar sua renda através de conchavos e transações comerciais. A devassa da Polícia Federal envolveu e arrolou outros representantes do Parlamento Estadual que teriam supostas ligações com o esquema, inclusive a “inatacável” deputada Epifânia, estrela do PT, e a enrolada deputada Ana da 8 que tiveram que se explicar porque recebiam “jetons” por fora do Presidente da Casa Legislativa. Todos irão responder por crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, extorsão, fraudes em licitações e tráfico de influência. Se estes ínsígnes têm ou não culpa no cartório, só o desenrolar deste qüiproquó é quem poderá dar o parecer final e bater o martelo.

Diz o ditado popular que de tanto ver a corrupção triunfar, o cidadão de bem começa a sentir vergonha de ser honesto. Neste lamaçal, o que se percebe é que o chamado crime comum parece que está em extinção. O bandido autônomo parece que está perdendo espaço para a bandidagem política. Quando as máfias adquirem poder de governo, os crimes políticos passam a depender de decisões burocráticas. Podres poderes, como cantava Caetano.

Pra resumir: a rapina advinda da “perifa” hoje se converte em regime de governo. A rede mafiosa se estrutura em parceria de benefício mútuo, e da arrecadação dos esquemas faz-se o “Rachid” entre os quarenta ladrões. O crime compensa e dá resultados. A corrupção nos níveis a que acabou chegando já não é uma mera questão criminal, é uma questão antes de tudo política. A roubalheira deixou de fazer parte de um clube fechado. Parece que tornou-se esporte da moda entre muita gente que se acha mais esperto que os demais. Neste segmento vale tudo: contratos de campanha que não se cumpriram, vigarices, cambalachos, gambiarras, falcatruas, sem-vergonhices, trairagens, manipulação da notícia, processos em arquivo morto, queima de arquivos, sentenças ao gosto do freguês e toma-la-da-cá. Ora! Afinal dinheiro se paga com dinheiro, não se paga com a fome e a miséria do povão. Se fosse dinheiro fiado, se pagaria com conversa fiada e voto contrário.

Vale aqui ressaltar que no meio de tanta podridão e fissura por ambição e vaidade, também existem pessoas que defendem posições mantidas durante toda uma vida e ainda mantém aquela coerência de não ceder ao Poder pelo Poder. Mas estes, embora tidos como reserva de retidão moral, jamais terão voz de comando nas altas esferas onde se planejam mil tretas e armações.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A FESTA DOS AMIGOS DE GUAJARÁ

Aconteceu entre os dias 10 e 13 de novembro a Festa dos Filhos e Amigos de Guajará-Mirim, evento este que ocorre já há uma década nesta época do ano e que reúne nativos, não nativos e também aqueles que simpatizam com a proposta da associação que é a de resgatar memórias, sonhos e utopias de vidas vividas e celebrar a amizade.

O aparato de logística e organização do encontro não ficou devendo nada em relação aos anos passados. Tudo começou na noite da quinta-feira (10), no Restaurante Casa do Chefe, ambiente que reuniu mais de 200 pessoas que brindaram a amizade e buscaram ressuscitar épocas e emoções ao som de serestas, chorinhos e MPB apresentados pelos músicos Carola, Caté, Da Hora, Torrada e Lito Casara. Na sexta-feira aconteceu a passeata ao ritmo de marchinhas de carnaval com a saída na Praça Jorge Teixeira e findando na Praça Mario Correa, local onde todos os anos ocorre o festival de iguarias típicas da cidade, algumas importadas de lugares eqüidistantes e outras de arredores, como as comidas da tradição da nossa co-hermana Bolívia.

Devido ao sucesso que está marcando este evento mais e mais a cada ano que passa, é bom ressaltar que 45 dias antes do baile dançante no Rotary Clube, todas as mesas já haviam sido vendidas. E a festa? Conjunto musical de primeira grandeza tocando músicas de época e também de momentos atuais, gente com maior educação e finesse, boa atenção por parte de garçons e garçonetes, cerveja estupidamente gelada, banheiros limpos em tempo integral, decoração de alto estilo e bom gosto e por último, nenhuma briga, discussão ou confusão como é muitíssimo comum acontecer em todas (sem exceção) as outras festas e carnavais que se fazem por aqui.

Quanto ao trabalho social que esta entidade promoveu nestes dias e que parece ter sido motivo de críticas por parte de órgãos da imprensa e até de grupos políticos, os membros atuantes da associação fizeram visitas à Associação dos Idosos, no Bairro Santa Luzia e à Casa do Ancião no bairro Tamandaré na sexta-feira à tarde e puderam constatar a situação precária daqueles que hoje sobrevivem exclusivamente da cooperação voluntária da população e sem nenhuma ajuda por parte do Poder Publico. Num diálogo voltado para idéias e propostas foi firmado um convênio com o Senhor Pedro Rocha, diretor da Casa do Ancião, para entrega mensal de alimentação para esta instituição social. Na associação dos idosos aconteceu a entrega de cestas básicas e discutiu-se a possibilidade de se contribuir com trabalhos sociais.

Seja pela confraternização em si ou pelo debate de idéias, o fato é que este evento também tem servido como ponto de encontro para a atividade política que dá sentido á vida em sociedade. Mas aqui não existe a pretensão de usar estes projetos como moeda de troca política para fechar negócios ou satisfazer as ambições de fulano ou sicrano. Nesta associação, todos, sem exceção, tem espaço para poderem opinar e disputar idéias para construir consensos. Todos sabem que Guajará-Mirim a cada ano que passa está mais abandonada e recebe mais críticas do que aplausos das pessoas que visitam a cidade. E todos acreditam que é preciso fazer alguma coisa para levantar a auto-estima de nossa cidade, mesmo que seja através de promoções de eventos e festejos sócio-culturais desta magnitude e que tem causado efeitos mágicos sobre a memória.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AONDE O POVO ESTIVER

Na semana passada fiquei pasmado ao acessar o site do O Mamoré e me deparar com postagens de leitores que participam do espaço que este jornal concede para críticas e sugestões. As postagens se referiam à matéria “Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante Devem Conjugar Esforços Na Disputa Pela Prefeitura”, e versava sobre a possibilidade de ambos os postulantes ao cargo máximo do Poder Executivo fazerem uma dobradinha política. Matéria esta feita por este escriba e ambientada no Bar do Clóvis. Tirante os prós e contras, me causou revolta encontrar ali no meio de muita coisa inteligente, algumas anotações imbecis e carregada de preconceitos postadas por gente que, por motivos óbvios, preferem não se identificar ou mostrar as caras ao destilar seus potes de veneno enquanto se escondem na tocaia do anonimato.

O internauta mais atento pôde verificar que este encontro entre os virtuais candidatos aconteceu por acaso e sem nada marcado. Os dois políticos, depois de uma semana inteira de intensos e penosos labores, estavam em seus momentos de relax e descontração, coisa que qualquer cidadão com liberdade física, de pensamento, de idéias e opinião e que não seja pau-mandado ou capacho de mulher tem o sacrossanto direito. Qual o problema? Sim. Existe um problema de hermenêutica. E este problema está em algumas pessoas de mentalidade estreita, arcaica e tacanha que não possuem a coragem para caminhar aonde o povo está porque tem que dar satisfações a sociedade. Se preocupam até às pregas e beiradas com o “Status Quo”. Hipócritas, é o que estas pessoas são.

Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante são autênticos e sempre irão estar aonde o povo estiver, seja na rua, na chuva, na fazenda, nas avenidas, nas praias e praças, torneios de futebol, nos bairros, nos distritos, nas aldeias, nas áreas ribeirinhas, nos igarapés, nas associações, nas festas, nos postos de saúde, nas escolas, nas estradas vicinais, nas colocações, nas igrejas, na feira-livre, no Mercado Municipal, nas tabernas, nos bares (e porquê não?) e também nos altos gabinetes das chamadas instituições públicas (Câmara de vereadores, Prefeitura, Ministério Público, Assembléia do Estado, Palácio do Governo, no Congresso de Brasília e onde mais for preciso na procura daquilo que for contribuir para a melhoria de vida da nossa população.

Este papo de que política tem que se reservar a locais exclusivos é conversa de gente com carência de fosfato no cérebro ou de pensamento pequenês. É por causa deste atraso medieval que Guajará não vai pra frente. Mal sabem estes pusilânimes e covardes que são exatamente nestes locais restritos e fechados que se planejam as armações e conchavos que resultam nos desvios aceitáveis e nas falcatruas a olhos vistos que costumam enganar o povão. Este mesmo povão que freqüenta as igrejas, as tabernas, as repartições públicas, as feiras-livres, ruas e praças e também os botecos.

Rodrigo e Igor, não se acanhem diante de criticas nefastas. Continuem fazendo o seu trabalho social junto a este povão que não está nem aí para as convenções de praxe. Vocês são o retrato do povo e é isto que causa inveja e desconforto nos hipócritas e demagogos que plantam ódio, preconceitos, discórdias, infâmias e tudo o que mais há de podre em suas almas animalescas.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

RODRIGO NOGUEIRA E IGOR CAVALCANTE DEVEM CONJUGAR ESFORÇOS NA DISPUTA PELA PREFEITURA EM 2.012

Em encontro ocasional que aconteceu ao meio dia do último sábado (05) no Bar do Clóvis, reduto de políticos, empresários, profissionais liberais, autônomos, intelectuais e boêmios, no centro da cidade, o Superintendente Regional do Ministério do Trabalho, Rodrigo Nogueira e o advogado Igor Cavalcante falaram sobre as especulações políticas, as conjeturas e costuras de acordo que se fazem nesta época pré-campanha e também sobre a boataria em torno das futuras eleições e candidatos que começam a tomar dimensão cada vez maior a cada dia que passa em Guajará-Mirim.

No auge das conversações, estes virtuais candidatos a prefeito chegaram a cogitar uma possível aliança para disputar as eleições de 2.012. Neste diálogo informal e aberto, também não se descartou a hipótese de ambos os postulantes saírem em separado numa disputa acirrada em que, cada qual à sua maneira, irá batalhar palmo a palmo o voto do eleitor guajaramirense. Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante fizeram questão de celebrar este momento de descontração posando para foto da reportagem do O Mamoré. Na mesma mesa, como testemunhas desta provável força conjunta, estavam o ensaísta político Sebastião Félix (Sabazão) e o radialista Lúcio Jorge.

Jovens e idealistas, Igor e Rodrigo, seja em época de eleições ou não, estão sempre à procura do povo de maneira honesta, sincera e sem as falsidades de ocasião, como é comum observar em políticos que caminham no meio das massas somente em proveito próprio em época de campanha. E é na defesa deste povo e na batalha pela sua melhoria de vida, que Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante deverão disputar – juntos ou não – a prefeitura de Guajará-Mirim em 2.012.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PRESIDENTE DA CÂMARA PARTICIPA DE ENTREVISTA NA RÁDIO RONDÔNIA

Na cinzenta manhã da última segunda-feira (31), à convite do radialista Samuel Barros, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Célio Targino (PP) esteve na Rádio Rondônia FM para uma entrevista ao programa Rondônia Repórter, onde respondeu as abordagens dos apresentadores, rebateu as acusações de ouvintes que fizeram perguntas atinentes à atuação do Poder Legislativo e agradeceu as moções de apoio moral da audiência que também participou do programa.

No começo da entrevista, o repórter Samuel Barros aproveitou um gancho em seu editorial e questionou o Presidente da Casa de Leis sobre a problemática situação da superpopulação do cemitério Santa Cruz. Célio disse que “Realmente esta é uma situação preocupante. Várias propostas já foram apresentadas pela Câmara à Prefeitura para resolver esta situação, inclusive de pessoas apolíticas da sociedade que, através da Câmara, chegaram a ofertar terrenos de sua propriedade para que nestas áreas se construa um novo campo santo, mas que nada foi feito por parte do Poder Executivo, que parece não se preocupar com o assunto”.

Quanto à questão urbana, quando indagado sobre o porquê da omissão da Câmara em relação à cidade, segundo relato de um ex-político ficha-suja que esteve nesta emissora de rádio na semana anterior, o Presidente do Palácio Tancredo Neves destacou que “Esta Câmara jamais poderá ser tachada de omissa, uma vez que esta Casa de Leis conseguiu afastar o Prefeito Atalíbio Pegorini, que hoje só ocupa o cargo por imposição de força judicial. O processo que o afastou continua seguindo seus trâmites normais, inclusive junto às instâncias forenses”.

Sobre a participação da Câmara na questão da dívida com o Cadin, segundo anunciou o Prefeito Atalíbio pegorini na sexta-feira (28), Célio Targino disse que aí há apenas meia verdade. “Existe sim, um débito da Câmara, mas este débito não se condiciona à gestão atuante e sim à anterior”. Com respaldo no que manda a Carta Magna de 1.988, acrescentou que débitos passados quem paga é a prefeitura e não a Câmara, uma vez que esta não possui personalidade jurídica nem patrimonial. Ressaltou que neste qüiproquó, “O Prefeito deveria ter um pouquinho mais de honradez e ter falado toda a verdade e não uma verdade pela metade”.

Na questão mais polêmica da entrevista o radialista Samuel Barros perguntou ao Presidente da Câmara, que obstáculos a Casa de Leis estaria opondo para que o Prefeito Atalíbio instalasse um sistema de aposentadoria e previdência privada na prefeitura. O Presidente disse advogar que “Quem deverá decidir sobre este assunto é o próprio servidor público e não o prefeito que quer porque quer enfiar goela-abaixo este regime no lombo do servidor. A nossa maior preocupação é com o servidor público que por falta de garantias, poderá ficar após anos de serviços prestados, com uma mão na frente e a outra atrás caso as empresas gestoras destes serviços resolvam “anoitecer e não amanhecer” como já houveram casos. Por isto é que, esta questão por ser muito polêmica, precisa de uma melhor discussão com a participação dos funcionários da Prefeitura”.

Ao término da entrevista, Célio Targino agradeceu o convite da emissora, disse ter o maior respeito pelas opiniões contrárias, sejam de que matizes políticas forem, enfatizou que a Câmara continua de portas abertas para toda a população e aproveitou para convidar esta mesma população para participar das sessões ordinárias da Casa de Leis que ocorrem todas as terças-feiras.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PAREI CONTIGO!

Há mais ou menos 30 ou 40 dias, todas às sextas-feiras a partir de 7:30 da manhã o prefeito Atalíbio Pegorini tem dado entrevistas à Rádio Rondônia. Nestas audiências o prefeito tem falado sobre a situação do Palácio Pérola com o CADIN, promessas de asfalto e outros serviços que estão chegando, problemas na Saúde e na Educação que, segundo suas palavras, “Não passam de exageros de gente que deseja desestabilizar a administração”, e sobre o Regime de aposentadoria e prevenção para o servidor municipal. Ali naquele espaço que esta empresa de mídia lhe concede através de acerto com parágrafos, cláusulas, rubricas e dinheiro público, o prefeito se aproveita e faz da falação supérflua uma coisa oficial com a má intenção de enganar idiotas e inocentes úteis.

Mas a verdade é que esta entidade chamada Administração Atalíbio Pegorini fracassa em todas as suas atitudes, inferniza a vida dos cidadãos que precisam de seus serviços nas áreas de saúde, educação, obras e serviços, atrasa serviços burocráticos e esculhamba a coisa pública. Nossa cidade está mal tratada e mal cuidada. Nossa acolhedora cidade que sempre esteve de portas abertas para todos os que nos prestigiam ou nos dão o prazer de sua visita, hoje não passa de um lixão a céu aberto. Para chegar ao cúmulo da sujeira só está faltando o povão sair às ruas para aí fazer suas necessidades fisiológicas. Nossa 15 de Novembro, nosso cartão de visitas está às escuras. E o lixo encontra-se em tudo quanto é lugar conforme anunciou um servidor semana passada nesta mesma emissora. Segundo suas palavras, o lixo está esparramado pelas calçadas e amontoado nas lixeiras das casas. Há também muito lixo em quantidades industriais no Mercado Público.

Claro está que o prefeito não conhece nada de administração nem de desenvolvimento sócio-econômico. Nossa prefeitura hoje está sob o comando de um burocrata que adora viajar e passear pelos gabinetes de Porto Velho e Brasília para não resolver nada. Aliás, resolve sim, os seus problemas, as suas dificuldades. Em suma, usa o Poder para poder amealhar grana sem produzir um parafuso sequer. Contribuir para a sociedade, negatofe!

Como se não bastasse todos esses descalabros, a população ainda é obrigada a escutar pelas ondas sonoras da FM Rondônia o descaramento com que esta administração procura se sobrepor à esta falta de atitude e comando diante da situação de caos pela qual passa Guajará-Mirim, quando todos sabem que a culpa principal é do responsável pela caótica administração municipal: o senhor Atalíbio Pegorini.

Tecnicamente sem preparo para o cargo que ora exerce, ninguém nunca ouviu falar até agora de alguma coisa ou discurso que tenha feito capaz de marcar sua carreira de homem público. Sua formação de academia e de homem de negócios parecem não o credenciar a criar políticas públicas que possam tirar Guajará-Mirim deste estado de estagnação em que se encontra. Por isso tudo é que a constante deste governo é o fracasso. E bota fracasso nisso! A cidade está parada. Este prefeito precisa levantar da cadeira e fazer alguma coisa. Acorda Atalíbio! A cidade inteira está danada com você! Saia dessa posição e faça alguma coisa!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

F#DIDOS E MAL PAGOS!

Criado na administração Bader Massud com o objetivo de desenvolver de maneira comercial a cidade de Guajará-Mirim com impacto direto na economia devido a atração de capitais e investimentos com geração de empregos e movimentação na cidade, o entreposto comercial acabou tornando-se um imã de empresas e também um incômodo para lojistas e políticos da BR e até de Porto Velho que passaram a atuar em forma de lobbies junto a representação federal do Estado em Brasília com a intenção de acabar com este “paraíso fiscal”.

Com a concepção deste zênite comercial, a maior empresa atacadista do Estado, o Mercantil Nova Era aterrissou em Guajará-Mirim com toda sua infra-estrutura. E na sua esteira vieram o Armazém Coimbra, o Irmãos Gonçalves, a Pato Branco de Vilhena e outras. Muitas se mudaram apenas para tornarem-se empresas de “faz-de-conta”, montando um pequeno escritório numa sala alugada, mas que garantia um registro legal na cidade e passaram a usufruir dos incentivos fiscais do município. O importante é que metade destas empresas se instalou de verdade em Guajará-Mirim.

Pra entender: muito embora algumas empresas fossem de fachada, elas garantiam emprego para muita gente, ocupavam pontos comerciais, casas ou residências e distribuía renda na cidade. É claro que estas empresas instaladas na cidade também lhes garantiam a faculdade de pagarem imposto muito mais baixo, até porque a sua rotina comercial ocorria em outra cidade. Mas e daí? Qual o problema?

Com o seu entreposto, Guajará-Mirim não atraia somente empresas de gêneros alimentícios como as já citadas. Empresas de informática, cosméticos, embalagens, medicamentos, cereais, transportes, gráficas, papelarias, materiais para padarias e até bombonieres se aproveitaram das vantagens fiscais. Agora acabou-se o sonho. E Guajará retorna ao estado de estagnação e miséria.

Guajará-Mirim é uma cidade com muitas carências. Aqui há demanda por saúde, escolas de qualidade, saneamento, asfalto, iluminação pública, falta de prefeito, falta de associação comercial e outros itens. Com o caminho andado para se resolver metade destes problemas, agora Guajará-Mirim está fadada a se tornar uma cidade fantasma e com muita gente de bem sendo obrigada pelas circunstâncias a adentrar o caminho do crime e do tráfico de drogas, partindo para o ilícito para sustentar suas famílias.

Bons tempos em que tínhamos um prefeito como Bader Massud, técnico em economia e administração e não este arremedo político que hoje está no comando, e uma associação comercial atuante e com gente de firmeza como Toninho Nogueira, Letfalah Badra e Maximahon Torres e não esta que aí está há alguns anos com muita conversa bonita e blá-blá-blás e muito pouco ou quase nada de ação concreta.

O que acontece é que em Guajará-Mirim ocorre muito excesso de zelo. Há excesso de fiscalização, excesso de polícias, excesso de forças-tarefas, excesso de operações de fronteira e excesso de ignorância por parte de alguns órgãos públicos. Tudo em constante batalha contra a cidade e sua gente. Concomitante a isto, bandidos de verdade estão passando rios de cocaína bem debaixo de seus narizes.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

RUMO ÀS MUDANÇAS

Há exatamente um ano das eleições municipais políticos e grupos já começam a especular, negociar, fecharem acordos e fazerem contas e pesquisas. Esta é a época em que costuma-se acentuar os conchavos políticos em detrimento das questões administrativas e da política em nível superior. Adversos aos interesses da sociedade, hoje se sobrepõe os interesses de partidos e conjuntos políticos. A verdade é que a maioria dos políticos, independente de partido, não são dignos da sociedade que os escolhe.

Portanto esta é a época do ano em que se faz necessário uma maior atenção do eleitor para com as propagandas enganosas e falsos profetas a bordo de mandatos que costumam anunciar serviços e obras faraônicas. A mentira vai correr solta daqui por diante e seria de bom alvitre que o povão ficasse de antena ligada. Se estamos a poucos meses de entrarmos em ano eleitoral, é preciso que o povão faça suas cobranças a estes políticos que hoje se anunciam como virtuais candidatos sobre o que a população espera deles. A cidade está cada dia mais abandonada, mas o prefeito insiste em suas entrevistas à Rádio Rondônia, que tudo vai às mil maravilhas.

Nas especulações que se fazem nas conversas de bares, tabernas, praças e repartições públicas, não há favorito às eleições para prefeito em 2.012. Mas uma coisa é patente: a sucessão municipal, no que depender destas coalizões e alianças que se fazem na calada da noite poderão ter potencial para alavancar de vez as estruturas de desenvolvimento da cidade ou enterrar para o fundo do poço qualquer proposta de progresso.

Entre tantos desafios que o próximo prefeito vai ter que enfrentar, entre os quais o caos na Saúde, problemas na Educação, transporte escolar, Trânsito, Obras e serviços, Promoção Social e Entreposto Comercial, o maior entrave vai ser encarar o problema da folha de pagamentos. Hoje a Prefeitura conta com quase 1.500 funcionários que consomem quase dois milhões de reais todos os meses. O próximo prefeito de Guajará-Mirim, seja lá quem for, vai ter que ter coragem para enxugar a administração municipal, implantar um programa de demissões voluntárias e aposentar parte do pessoal. Se há excesso de funcionários na empresa pública, tem que se mandar embora um número fixado para a coisa funcionar. Como fazer isso? Baixando um pacote com medidas para a redução de despesas e ao mesmo tempo oferecer vantagens e benefícios para o servidor público, que uma vez de posse de suas indenizações poderão investir num negócio mais rentável para o sustento de suas famílias.

Outro problema da administração é quanto aos cargos de comissão. Cargos de primeiro escalão deveriam ser ocupados por gente com competência técnica e não por conchavos e favores. É preciso acabar com estes vícios políticos que são arcaicos e prejudiciais. É preciso acabar com a “dinastia’ na política. É preciso que se governe com respeito aos deveres e direitos dos cidadãos. É preciso que o próximo prefeito faça esta autópsia na política a fim de retirar estas fétidas vísceras que apodrecem qualquer administração e são nocivas à sociedade como um todo.

E isto é só o começo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

NA PRÁTICA A TEORIA É DIFERENTE

Nas conversas de bares, tabernas, padarias, nas ruas e nas praças, em casa ou no trabalho as pessoas do nosso convívio social vivem nos enchendo de conjeturas e teorias. E de tanto encherem nosso cérebro com as mais altas teorias, às vezes chegamos a pensar que devemos ser teóricos do mais alto quilate. Mas o que de fato ganhamos com tanta teoria? O que é que de fato nós temos conseguido agora que somos mais teóricos? Melhoramos nosso meio ambiente? Melhoramos nossa qualidade de vida? Melhoramos nossas relações interpessoais? Que conversa! Ou seguimos arrastando as mesmas privações de sempre, ou quando não, temos impostos outras novas.

Quase que em ritmo contínuo temos sido convocado por razões diversas, a foros, encontros, seminários, simpósios e jornadas de estudos e reflexões em que os organizadores acabam nos impondo novas e maciças doses de teorias. Desses certames tão diversos saímos mais teóricos do que nunca. Mas que proveito real e material tiramos para nós mesmos ou para a sociedade da qual fazemos parte deste priscas eras?

Todos nós temos uma idéia mais ou menos clara e absoluta acerca dos problemas que invadem os céus do nosso cotidiano, das necessidades do nosso povo e do que é preciso para melhorar o aspecto sócio-econômico de nossa cidade. Em suma, temos idéias mais do que suficientes para saber o que é bom e o que é ruim para “nosotros”. Porquê motivo então, possuindo uma bagagem aceitável de conhecimentos, ainda querem complicar nossas vidas introduzindo-nos ao infinito campo das teorias?

Me lembro que durante o último encontro de jornalistas de fronteira ocorrido em Guayaramerin, Bolívia, o radialista Wilson Charles me chamou a atenção ao me ver abandonar uma das palestras para me refugiar atrás de um “Paceña” no antigo e extinto Bar Laredo. Rebati ao velho guerreiro que salvo algum imprevisto de última hora eu já sabia de cor e salteado o que iria acontecer naquela reunião: alguém iria dizer que era preciso estreitar os laços de amizade.

Foi dito e feito. É sempre a mesma conversa. Depois eles dizem que a troca de pontos de vistas tanto do lado de lá como do lado de cá foi altamente positiva para ambas as partes. Que existem, é claro, pontos de vistas diferentes em relação à questão aduaneira, acordos de comércio e respectivos subsídios, mas que foram dados passos importantes para resolver e intensificar um intercâmbio comercial mutuamente proveitoso e que os dois povos, seguindo suas gloriosas tradições, saberão afastar todos os obstáculos no caminho da concórdia e da boa convivência.

Para nós que temos o domínio sobre todos os conceitos básicos da nossa realidade, não faz sentido as cansativas jornadas em que se propõe teorias a torto e a direito, faz-se análises e pesam na balança a fim de que possam surtir efeitos positivos e deletérios na cabeça dos partícipes. É preciso atuar, trabalhar e tomar posições firmes com a determinação de sustentá-las. Acreditamos em nossa administração? Que políticas públicas devem ser criadas para a criação de novas fontes de emprego em nossa cidade? Somos realmente capazes de mudar a mentalidade do nosso povo? Então deixemos de teorias, de foros, simpósios e de discursos vazios. É chegada a hora de parar de falar e passar a ação antes que seja tarde demais.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O PROTESTO, A BADERNA E AS REIVINDICAÇÕES

No artigo de hoje gostaria de deixar manifesto meu repúdio ao protesto de alunos e catedráticos da UNIR que aconteceu semana passada e que “a priori” tinha todo um corredor de motivos e justas reivindicações para percorrer com irrestrito aval da sociedade, não fosse o escorregão já em sua reta de chegada que ocorreu na Câmara Municipal. O legítimo direito de reivindicar e fazer cobranças jamais poderia se confundir com a falta de respeito às autoridades constituídas e às arruaças e atitudes condignas de marginais e não de estudantes que pleiteiam serem futuros doutores ou PHDs.

Maldito do povo que precisa de heróis para sobreviver. O manifesto da UNIR, que segundo relatos teve início no fim de semana, prosseguiu em sua via-sacra até a Câmara Municipal na última terça-feira, dia em que ocorrem as sessões ordinárias da Casa do Povo guajaramirense. E foi ali naquela arena que bandidos e heróis mostraram a cara. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os grevistas da UNIR, de maneira agressiva tomaram de conta do Plenário e em total desobediência aos parâmetros internos que regem aquela Casa de Leis, atrapalharam os trâmites normais da sessão e fizeram um atentado ao Estado Democrático de Direito.

No auge da anarquia, chegaram a desligar a caixa de energia geral do edifício, deixando toda a Câmara no escuro. Esta atitude cretina de um imbecil que procurou desestabilizar o “stablishment” da ordem vigente, acabou mostrando às cara o caráter de alguns participantes deste levante popular e o perfil de seus manda-chuvas, isto além de envergonhar o cidadão comum que ali estava para assistir a reunião e se atualizar acerca dos relevantes problemas da cidade naquela Casa em discussão.

O presidente do Legislativo, Célio Targino, com o maior respeito à causa e suas reivindicações, chegou a quebrar o protocolo do estatuto interno da Câmara e até concedeu espaço para uso da palavra para dois representantes deste movimento. O problema é que ao fazerem uso dos microfones, estes o usaram sem o menor respeito com a platéia. Nem sequer um “Boa noite” foi ofertado aos presentes. Seus estultilóquios estavam focados apenas nas suas justas reivindicações e interesses.

Mas pêra aí Cacilda! Que justas reivindicações? A UNIR, segundo nos consta, é um órgão que recebe receitas do governo federal. E receitas que hoje ultrapassam a casa dos 70 milhões de reais conforme orçamento exposto no Portal Transparência. Então que diabos o governo municipal tem a ver se nesta unidade federal está faltando computador, wireless, extintor de incêndio, seguranças, limpeza dos pátios, quadra de esportes, refeitórios, auditórios, bebedouros, banco 24 horas, mini-shopings, salão de beleza, spa-eco-resorts, casa de massagens e o c#r#lho a quatro?

É claro que todos devemos preservar o direito de cada cidadão de expor seus descontentamentos e indignações, sejam elas quais forem. Só que este direito nunca poderá dar margem a ferir o direito que ao outro lhe compete. Ao avacalhar os rituais parametrais da sessão da Câmara, os grevistas da UNIR, além de não souberem respeitar seus limites como cidadãos, por outro lado também mostraram-se indignos do convívio social.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

AUGUSTINHO DO DRM

A lerdeza nos serviços básicos em execução feitos pela atual Secretaria de Obras e Serviços e a total desorganização do comando geral destes serviços que acabam deixando a cidade e áreas vicinais à mercê deste estado de coisas em prejuízo da população, foi o que levou Augustinho Figueiredo, mais conhecido como Augustinho do DRM, a lançar sua candidatura à vereança nas eleições municipais de 2.012. E com justo motivo. À época em que esteve na direção daquele órgão, a cidade não estava tão solícita de soluções para tantos problemas nas áreas de iluminação pública, encascalhamento, operação tapa-buracos, limpeza das ruas, estradas vicinais, etc...

Filiado ao PDT, Augustinho Figueiredo, 45 anos, tem manifesto aval do cacique do partido em Guajará-Mirim, Rodrigo Nogueira, de quem é particular amigo. À época em que atuava na Secretaria de Obras, era chamado pela mídia local, em especial pelo radialista Samuel Barros, de “Pulmão do DRM”, graças ao seu alto potencial e eficiência operacional. “Pau pra toda obra”, Augustinho conhece como poucos os problemas de atoleiros, buracos nas ruas, bueiros, pontes, áreas de alagação e estradas vicinais. “Quando alguma Caterpillar dava pane em alguma operação, não tinha este negócio de mandar para a oficina de imediato não. Ele mesmo botava a mão na massa graças aos seus estudos práticos de mecânica de motores e em pouco tempo fazia o conserto da máquina”, recorda com saudades um antigo servidor da Prefeitura.

Nascido nas cercanias do encontro dos Rios Pacaás Novos e Mamoré, o menino Augustinho desembarcou em Guajará-Mirim somente aos 14 anos, exatamente no dia 10 de Abril de 1.979. Como menino, aqui empinou papagaio, jogou peteca, colecionou álbum de figurinhas, brincou da “pira” nos igarapés do Triângulo e também de pião, currimboque e baladeira. Para ajudar na renda familiar vendeu saltenha, croquete, tortilhas e picolé pelas ruas da cidade. Também foi cobrador de ingressos das antigas catraias que faziam a travessia Brasil-Bolívia antes de ir trabalhar na oficina do Ida no conserto de motores de lanchas e barcos pesados.

No Bairro Triângulo fez muitas amizades. E amizades cujos contágios continuam em expansão Guajará-Mirim e arredores. Sua vida pública começou com o segundo mandato do ex-prefeito Isaac Bennesby (1.993-1.997), que lhe colocou no antigo DRM. Mecânico prático, acabou como varredor do pátio daquele órgão. Sempre humilde, fazia o que lhe mandavam fazer. Continuou na Secretaria com o Governo Bader Massud (1.997-2.000), chegando a dirigir o órgão graças ao seu desempenho e obstinação. Se manteve na direção nas administrações Cláudio Pilon e Dedé de Melo.

Mantendo-se sempre à distância de balcões de negócios, troca de favores e negociatas, Augustinho não obteve espaço na política do atual prefeito Atalíbio Pegorini voltando a consertar bielas, platinados, válvulas e pistões como autônomo. E o resultado está aí: ruas às escuras, cidade suja, avenidas esburacadas, estradas vicinais sem acesso e máquinas e tratores em estado de desmanche nos galpões da Secretaria de Obras.

Com a pretensão de fiscalizar “in loco” esta situação e colocar “os pingos nos iis” é que Augustinho vem colocar seu nome à disposição da sociedade guajaramirense para disputar um cargo de vereador nesta cidade. E tem bagagem para tal mister.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

HÁ ALGO DE NOVO NO FRONT

Ordenar a retomada do progresso e do desenvolvimento da Cidade Pérola e melhorar a afirmação e a auto-estima do povo de Guajará-Mirim. Com estas propostas na prancheta, é que o ex-procurador do município, Doutor João Soares pretende resgatar a justiça e a decência na coisa pública e se anuncia como candidato em potencial ao cargo de Prefeito de Guajará-Mirim em 2.012.

Natural de Coari, no Amazonas, João Soares viveu algum tempo em Manaus antes de vir para Guajará-Mirim, onde, pelas mãos do saudoso médico Doutor Rizaldo Pamplona, acabou chegando em 1.979. E aqui fez amigos, constituiu família e construiu sua história. Formado na cátedra de administração na Escola Rocha Leal, no começo dos anos 80 prestou serviços no Posto de Saúde Carlos Chagas antes de trabalhar na Secretaria de Educação, aonde graças aos seus méritos chegou a ser secretário interino por 6 meses. Ingressou em definitivo na vida pública em 1.988 a convite do ex-prefeito Chico Nogueira que lhe incumbiu a missão de assumir a chefia de gabinete da Prefeitura Municipal, e fez jus a responsabilidade que o cargo lhe exigia. Em 1.990, a pedido do recém-eleito deputado Dedé de Melo, teve que desocupar a pasta e ir procurar por melhoras na capital Porto-Velho, onde foi trabalhar como assessor parlamentar e concluir o curso de direito no qual também é formado.

Após exaustivos 12 anos de trabalho na Assembléia Legislativa do Estado, João Soares foi trabalhar como procurador geral do Instituto de Previdência e Assistência do Município (IPAM) em Porto Velho, chegando a presidir aquele estamento burocrático antes de retornar a Guajará-Mirim em 2.005 para chefiar a procuradoria da Prefeitura na gestão Dedé de Melo. Assim que assumiu esta empreitada, conseguiu ajeitar as coisas na Prefeitura, consertou os estragos deixados pela ruinosa gerência do ex-prefeito Cláudio Pilon e colocou as contas da Casa em dias. Foi o maior responsável pela condução daquele governo em todos seus percalços e obstáculos. Servidor do quadro federal, hoje exerce cargo técnico na FUNAI de Guajará-Mirim.

Altamente humano, ético, honesto, amigo sempre disposto a ajudar aqueles que necessitam e também disposto a incentivar as diversas práticas desportivas, de vez em quando também se aventura no mundo do futebol nas peladas com o grupo de amigos de Guajará ou com a turma do Zé Regino. Com domínio da matéria, aqui e acolá faz seus golzinhos. Ah, o Doutor João Soares também arranha um violão vez por outra em parceria com o músico Da Hora em encontro de amigos tocando desde Roberto Carlos e Renato e Seus Blues Caps até os clássicos da MPB. Dizem também que é um excelente Chef de cozinha e “expert” em pescados e frutos do mar.

Embora plenamente realizado na vida, João Soares vê com muita tristeza e perplexidade os caminhos que a cidade vai tomando a cada dia que passa. Esta visão inquieta frente a estes caminhos foi o que o levou a se interessar de novo pela política, apesar de político nato no bom sentido do termo. Com suas propostas, João Soares aparece como um agente da promoção da mudança social que Guajará-Mirim precisa, além de, no meio de tantas candidaturas, como um nome à altura de um povo e de uma cidade digna de ter um melhor governo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SOLUÇÕES E NÃO DIAGNÓSTICOS

Com muita gente dando palpites e lançando mão de diagnósticos até não mais parar sobre a situação calamitosa em que se encontra nosso município e com uma porrada de porta-vozes da sucursal de Satanás nesta cidade que anunciam sandices e disparates sob forma de torpes vaticínios de que neste momento a irresponsabilidade e o descaso com a coisa pública atinge um clímax e em que também já se pode observar às claras que em todos os setores da administração municipal é a mesma falta de critérios, levando a cidade ao caos, faz-se mister que busquemos soluções e sugestões pragmáticas com extrema urgência para Guajará-Mirim. Propostas para tudo. Desde como criar novos atrativos turísticos que gerem divisas e empregos para o nosso povo até incentivos e incrementos para a alavancagem do nosso comércio local que hoje se encontra – ipsis literis – às moscas.

Se fôssemos somar a montanha de dinheiro que se tem gastado em congressos, simpósios, seminários, e estudos sobre a nossa situação e no quanto faturam os artífices, organizadores e mentores desses projetos de reflexão só para dizerem o que todos nós já sabemos: que estamos no fundo do poço, que não há luz no fim do túnel, que estamos lascados e precisamos sair deste marasmo investindo em cultura, turismo, comércio, agronegócios, indústrias, e que para isso seja possível temos que procurar fomentar uma paz social e estabilidade política estancando de vez a cultura corrupta do toma-la-da-cá daqueles que nos governam, buscando cimentar um consenso interno que nos dê garantias de dias melhores; é claro que a bufunfa que se gasta nestas reuniões de ensebados que querem nos enfiar goela abaixo tamanhas teorias e receitas, já dava para resolver grande parte dos nossos múltiplos problemas.

Sim, pois para quem não sabe, aqui em Guajará-Mirim se gasta quase que todos os meses uma porrada de grana com esses tipos de eventos. E haja sociólogos, doutores, políticos interesseiros, intitulados PHDs da nossa realidade social que, computadores ou notebooks debaixo do braço, celulares à mão, internet, fax, telex, rádio-telégrafos, sinais de fumaça, carros último tipo, hotel e restaurantes pagos, secretárias boazudas e assessores de porra-nenhuma que tomam nota da nossa situação e acabam fazendo novos diagnósticos da quadratura do círculo que envolvem nossos obscuros meandros sociais e econômicos.

Guajará-Mirim está precisando em caráter de urgência urgentíssima de soluções cabíveis para a ampla gama de coisas erradas que se efetuam nos dias de hoje em nosso “frontier”. Propostas sérias, honestas, claras e concretas. Acho até que deveria haver uma secretaria ou chefatura de alguma coisa sob jurisprudência desta administração com o objetivo de receber propostas e sugestões da população com um letreiro bem na entrada: “Proibido apresentar diagnósticos”.

Isso, por si só, já iria definir os rumos da dita repartição que com toda certeza não ia ter concorrência partidária e muito menos funcionários recomendados. Haveria sim, um reduzido pessoal da gente dita normal, avisada para detectar intervenções fracassadas da Alcadia Municipal ou até receitas bonitas mas sem fundamentos, o que iria garantir que este correio popular não se converta em um simples depósito de papéis.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CLUBE HELÊNICO LIBANÊS PEDE SOCORRO

Com sua localização nas cercanias do antigo centro nervoso de Guajará-Mirim à época em que “corria dinheiro” nesta cidade, o Clube Helênico Libanês, que em décadas passadas abrigou os grandes bailes dançantes, coquetéis e encontros, hoje amargura dias de abandono e desleixo por parte de seus responsáveis e associados. Com sua fachada envolta pelo matagal, buracos no forro e restante prestes a desabar, cobertura com telhas quebradas, madeirame deteriorado pela ação de sol e chuvas ocasionais, muros caindo aos pedaços, estrutura com rachaduras e faltando portas e janelas que foram levadas por meliantes que ocupam o local à noite para praticar diversos ilícitos, o antigo casarão hoje nada mais é do que um espectro de si mesmo.

Fundado em fins dos anos 50 por uma associação composta de famílias de descendência grega e árabes que chegaram junto com a fundação da cidade, o Clube Helênico Libanês era tido como o cenário das grandes festanças da sociedade guajaramirense. Aconteciam naquele salão o baile do Réveillon, a festa do Hawai, os bailes de carnaval, a festas das bruxas, o baile das máscaras, festa da fantasia, bodas festivas, festas de debutantes, desfiles de moda, além de celebrações de aniversários e casamentos. Nos meados dos anos 80 o clube esteve fechado para uma reforma que até hoje não aconteceu. E o fato é que hoje esta arena se encontra ao Deus-dará.

Embora sempre marcado pelo segmento com menor poder aquisitivo da sociedade pelo rótulo de clube de elite ou de “gente metida”, o Clube Helênico, pelo seu passado, faz parte do cenário, história, cultura e tradição de Guajará-Mirim. Aliás, este mesmo segmento da sociedade que hoje se indigna com o seu atual estado de penúria e abandono.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

RIBERALTA, SEIS DE AGOSTO

O poeta Vinícius de Moraes dizia que a vida é arte do encontro, embora ocorram tantos desencontros. Mas são nos imprevistos circunstanciais que acontecem as coisas mais inusitadas e ocasionais. Com uma natural desorganização que fazem parte das improvisações de praxe quando antes ocorrem reuniões com detalhes esmiuçados acerca de horários, locomoção e pontos de encontro, a caravana de peladeiros e festeiros da antiga e também nova geração do futebol guajaramirense chegou à Riberalta em dois distintos comboios. A primeira levada partindo ainda na sexta-feira a fim de fazer a anatomia da situação, e a segunda pegando a rodovia no sábado, dia 06 de agosto, efeméride em que se celebra a criação do Estado da Bolívia.

Como a maioria das cidades da Bolívia, Riberalta ainda conserva nos desenhos de suas construções, traços e influências hispânicas que em muito nos reavivam lembranças dos filmes da capa e espada do Zorro e do Sargento Garcia. Com uma colossal basílica que mais parece antigos monastérios espanhóis, uma feira enorme aonde se encontra de tudo, desde folha de coca, chouriços, chicharons, cosméticos, até os últimos lançamentos de informática, e um trânsito de motocicletas ininterrupto, Riberalta está contando hoje com uma população de 120 mil almas cuja economia é baseada no comércio, na exportação de “almendra” (castanha), indústria de palmito, na exploração do ouro e na produção de madeira.

Em conversa com o Presidente da Câmara Municipal da Riberalta, Concejal Arturo Costa, pudemos constatar que o ritmo do progresso e do desenvolvimento, aos poucos vai mostrando sua cara à população. Antigas artérias de ligação como a Chuquisaca e Beni-Mamoré se transformam em grandes avenidas de duplo sentido com canteiros centrais. Onde antes havia piçarra e poeira, hoje há concreto e asfalto. Construções para tudo quanto é lado despertam nos passantes a gana de investir em melhorias, dos habitantes locais.

Ao longo do trajeto de 90 quilômetros que interliga guayaramerin a Riberalta, pudemos observar quase uma centena de máquinas pesadas, tratores e caçambas fazendo o serviço de recapagem, terraplenagem, aterro e construção de enormes galerias para o escoamento das águas fluviais e pluviais. O asfalto bancado pelo consórcio Brasil-Venezuela conforme promessas para desenvolvimento e integração dos povos, do ex-presidente Lula e do presidente Hugo Chávez é uma realidade.

Ficamos, quase toda a delegação, no Hotel Campos, no centro nervoso da cidade. É claro que não vou poder citar todo mundo de cor aqui na Coluna, até porque faltará espaço, mas lá estavam o Coronel Matos, a senhora Sara Ribeiro, o Assumpção e esposa, o Casca-uva e família, o Sérgio Coalhada, o Sátiro do Incra e Família, o Clóvis do Bar SOS, o Charles do croquete, o Leonardo do Incra e esposa, professora Olga Mejia, o Chico da Pestalozzi, o Robson da Ciretran e outros.

No domingo pela manhã, visto e revisto todos os aspectos comerciais, culturais, políticos, cívicos e sociais daquela aldeia, pegamos o poeirão da “carretera” de volta a Guajará. E aqui estou jogando conversa fora através destas mal tecladas linhas. Talvez semana que vem eu esteja em Porto-Velho. De lá mandarei notícias. Passem bem!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

VEREADORES APRESENTAM PROPOSTA DE REFORMA DA LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

A Comissão Especial formada pelos vereadores Sérgio Bouez (PSB), Gerônima Melo (PSDB) e Paulo Nébio (PMDB) apresentou na última terça-feira (02) na sessão ordinária da Câmara Municipal, uma proposta de revisão da Lei Orgânica de Guajará-Mirim. O Projeto da proposta de mudanças na Lei Orgânica levado ao Plenário pelo triunvirato de vereadores foi exposto para apreciação e aprovado de forma unânime pelo parlamento municipal.

O Presidente da Casa de Leis, Célio Targino (PP) ressalvou que o texto com as novas adequações estará a disposição de todos os vereadores para reajustes, exame técnico e até elaboração de novas propostas. Segundo o que manda o Regimento Interno da Casa, uma vez feitas as análises, as prováveis mudanças ainda terão que passar por votação em dois “rounds” subseqüentes.

Instrumento maior do município, a Lei Orgânica é uma lei genérica. Na Lei Orgânica estão contidos os mais diversos parâmetros que norteiam a vida da sociedade, visando o bem- estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo. É uma espécie de constituição do município.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FUNCIONÁRIOS DA SEMOSP PROCURAM CÂMARA PARA AJUDAR A RESOLVER IMPASSE

Ao ficarem sabendo que a Prefeitura quer retirar benefícios de seus pequenos salários, funcionários do serviço de limpeza e obras públicas de Guajará-Mirim buscaram a Câmara de Vereadores na manhã de segunda-feira (01) com o objetivo de reivindicar uma intermediação por parte daquele parlamento junto ao Poder Executivo para contornar esta situação.

Na companhia dos vereadores Sérgio Bouez (PSB) e Francisco Quintão (PDT), o presidente da Câmara Municipal, Célio Targino (PP), uma vez ciente dos fatos, convocou em caráter de urgência o controlador municipal Ivaldo Fernandes para uma reunião com estes funcionários, a maioria garis e auxiliar de serviços diversos, a fim de dar explicações sobre reclames acerca de uma eventual retirada da gratificação de campo destes servidores. No calor das discussões, ânimos mais acirrados se fizeram exaltar. “Como se não bastasse a defasagem dos nossos salários, a prefeitura agora se ocupa em tirar favorecimentos que a gente poderia ter”, desabafou ao final da reunião um servidor que, temendo represálias, não quis se identificar.

Atento a todas as questões em debate e disposto a conciliar, o presidente da Casa de Leis disse acreditar que talvez esteja havendo uma má interpretação das leis e prometeu conversar com o Prefeito Atalíbio Pegorini a respeito dos fatos. Uma outra reunião foi marcada pelo presidente para a próxima segunda-feira (08) com toda a representação da SEMOSP, o próprio controlador Ivaldo Fernandes, prefeito e vereadores a fim de discutir, além de assuntos como adicional salarial, ganhos de horas-extras, gratificações, lei de penosidade, melhores remunerações e condições de trabalho; direitos, deveres e obrigações do servidor público municipal.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CÂMARA TEM CASA CHEIA NA 1ª SESSÃO DO 2º SEMESTRE

O Plenário da Câmara Municipal recebeu um grande número de guajaramirenses para acompanhar a primeira sessão ordinária após o recesso de Julho. Segundo o Presidente da Casa de Leis, vereador Célio Targino (PP), esta audiência reflete a relevância dos trabalhos desenvolvidos pelos vereadores.

Nestes dois anos e meio de legislatura, mais de 1000 requerimentos com reivindicações de obras e ações foram propostas pelos vereadores em todos os bairros da cidade e também nos distritos. “O diferencial desta Câmara é o compromisso dela com a sociedade e a incessante busca de atender os desejos do povo. A população tem sentido isso e confiado no trabalho dos vereadores, por isso esta interação e participação nas sessões da Câmara”, disse o Presidente.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

SEM CENSURA

Com o objetivo de dar provas cabais à sociedade de que este jornal não faz regulação de mídia e dá apoiamento incondicional à liberdade de expressão, é que hoje esta epístola deverá sair totalmente sem cortes. É claro que aqui e acolá no meio de algumas palavras mais pesadas vão aparecer uns “jogos-da-velha”, mas todo mundo vai entender.

No momento estou tentando escrever um livro, na verdade um romance baseado em fatos, intrigas, cornagens e outras coisas cabeludas. Também estou buscando alguém com poder de capital que queira investir no livro bancando a impressão. Mas no dia da festa de lançamento quero que ele seja apresentado por uma p#t#. Mas p#t# mesmo, não prostituta de ocasião, dessas que passam a noite nos bares da moda, dão umas ficadas com alguns polícias que são habitués do local e depois vão contar tudinho para suas colegas. Também vou querer um drogado. Mas não um drogado de fim de semana. Vou querer um desses que a sociedade cospe em cima, urina em cima e recebe de volta uma lágrima, um sorriso, a mão direita pedindo uns trocados para mais uma parada ou simplesmente para apertar nossa mão. Também vou querer um v##do. Mas não um v##dinho qualquer. Um v##daço mesmo. Vai ser uma festa regada a Chivas Regal, Lafitte Rotshield, Bacalhau “Gadhus Morrua”, e patê de foie Grass. Se forem rasgados preconceitos, meus comensais não ficarão com cara de pasmos. Depois de tomado todas, como sei que c# de bêbado não tem dono e eu pretendo continuar sendo o proprietário do meu, me sentarei de costas para a parede com uma garrafa na mão a fim de utilizar contra quem se atrever a engrossar o engrosso.

Costumo escrever nas noites em que as loucuras que nos habitam acabam tirando de nós ruídos que não pedimos para escutar, nas noites em que qualquer barulho lá fora de casa, de carro, moto e até bêbados passando e falando sozinhos na rua repercutem em nossos tímpanos como um chute nos c#lhões, nas noites em que sentimos os demônios dançando dentro da gente, nas noites em sentimos a sensação de uma vida próxima que se descola de dentro da gente mas que a gente não consegue compreender que p#rra é essa, nas noite em que sentimos a sensação de que o nosso corpo não nos pertence, embora seja nossa matéria-prima, nas noites em que o lençol sobre o qual buscamos afastar a insônia, embora grudado em nosso corpo parece abrigar entre o pano e a pele aranhas e escorpiões, por fim, nas noites em que sinto solidão. E a solidão é f#da, a solidão devora.

Tudo isto faz parte da angústia cotidiana do escritor, mesmo que este escritor nunca tenha escrito p#rra nenhuma na vida. Se ele absorver tudo que esta energia cósmica relampeja, confiante no seu público, ele passará da inação para a ação imediata. Caso contrário, baterá muita p#nh#t# até que o sono se restaure. E gozará um gozo de m#rda que com certeza depois irá se arrepender. Jamais irá conseguir vencer seus fantasmas.

Espero terminar este livro até dezembro. Enquanto isto, continuo na eterna batalha contra a ignorância de mentecaptos, recalcitrantes, cavernais brucutus e bronco-encefálicos com problemas cérebros-escatológicos. Lembrete: vai ser um livro maldito.

terça-feira, 19 de julho de 2011

COMO É QUE É, PREFEITO?

Para quem escutou a entrevista com o Prefeito Atalíbio Pegorini na Rádio Rondônia FM na manhã da última terça-feira, a impressão que todos tiveram foi que Guajará-Mirim é uma cidade sem problemas, com ofertas de postos de trabalho, bons empregos, índices de desenvolvimento acima do patamar, saúde pública de qualidade, educação em tempo integral e acima de tudo, sob o comando de um prefeito honesto que não mente nem engana o povo.

Esta foi a Guajará-Mirim que o Prefeito Atalíbio apresentou para a população naquele programa de rádio. E mais: sob o absoluto silêncio dos repórteres responsáveis pela entrevista e dos ouvintes que não puderam participar para perguntar o porquê deste desastre gerencial desta administração onde se mistura falta de competência, desculpas esfarrapadas, mentiras sobre projetos e investimentos, abandono da saúde, atos de desvios de conduta e falta de ética. É mais ou menos como se todo esse processo de desmandos e mentiras fosse uma coisa muito normal e aceitável.

Entre tantas mentiras, o Prefeito disse que a suposta privatização do Hospital Regional era invenção de alguns vereadores que procuram a todo custo desestabilizar seu governo. A verdade é que nossa saúde hoje encontra-se em estado de caos e é necessário que toda a sociedade entenda este estado de calamidade pública. Já se passaram dois anos e meio de administração Atalíbio Pegorini e nada, mas nada em absoluto aconteceu até agora. Por este motivo, pela total falta de atitude deste governo é que não podemos cobrar as promessas de campanha levadas ao povo de forma leviana, uma vez que hoje estão todas provadas como logro e enganação.

Por outro lado, temos o direito sim de escancarar os erros e omissões desta administração, e acima de tudo, apontar a total inoperância deste governo em conseguir soluções para os problemas essenciais da cidade, tais como a limpeza urbana. É incrível como a prefeitura não consegue nem limpar as ruas da cidade. O Prefeito, junto com seu “staff” de secretários, a maioria sem domínio da matéria sob as quais são responsáveis, não ouve ninguém, faz ouvidos de mercador, deixando Guajará-Mirim abandonada como se não tivesse prefeito. Aliás, não tem.

É preciso, pelo exposto, um exaustivo exercício de reflexão para a gente entender o que se passa em Guajará-Mirim e procurar alcançar os motivos que levaram todos os serviços municipais a se regredir em níveis inaceitáveis para qualquer cidadão que reside nesta cidade. Não podemos ficar calados diante de tanta corrupção de princípios. O que aconteceu naquela rádio naquele dia foi nada mais que uma enganação e um absoluto desrespeito ao cidadão que votou e acreditou naquele em quem votou e prometeu dois mil empregos diretos. Um prefeito não deveria poder mentir. E se mentisse e esta mentira fosse provada, perderia o cargo. Um prefeito administra o dinheiro do povo e as esperanças deste povo por uma cidade mais justa. Por isso, por ter sido eleito pelo voto popular, não poderia mentir.

E assim caminha Guajará. Miserável, abandonada e obrigada pelas circunstâncias a fazer de uma ambulância um instrumento de poder e sobrevivência política, pois não consegue oferecer empregos e acabam sobrando doentes nas filas dos hospitais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O CAOS NA SAÚDE

Na semana passada a Comissão de Saúde da Câmara realizou audiência pública com o objetivo de discutir com a população a situação caótica em que se transformou a saúde municipal. Neste simpósio, que contou com a participação de vários segmentos da sociedade, classe médica, enfermeiros, funcionários, empresários, representantes de associações e povo em geral, diversos tópicos foram levados à superfície do contexto referente à matéria em discussão no plenário da Casa de Leis. A falta de atendimento, o mau atendimento, a falta de remédios e material hospitalar, a insuficiência de infra-estrutura e a batalha por salários mais dignos e melhores condições de trabalho fizeram parte deste festival de conversações, reclames, análises e conjeturas.

Uma cidade só pode se considerar saudável quando todos os fatores ambientais que repercutem na saúde, higiene e bem- estar social estão em sincronia com as boas condições de vida da população. A saúde da cidade é a condição necessária para a saúde de cada cidadão. Hoje em dia, as filas intermináveis na sala de espera do Hospital Regional, onde a Prefeitura só disponibiliza um médico plantonista para atender toda a sociedade, arredores da cidade e população ribeirinha é coisa de impacientar muitos pacientes. Isto quando não sobrecarregam com enfermos de Nova Mamoré e da Bolívia. Aqui e acolá acontece casos de morte por falta de socorro rápido.

Em visita de vistoria ao Hospital Regional na quarta-feira, os vereadores Francisco Quintão e Marilete Soares puderam averiguar que a saúde municipal encontra-se em coma profundo. Sala de cirurgia com aparelhos arcaicos, com remendos e que só funcionam na base do empurrão, lavanderia com aparelhos quebrados e do tempo das cavernas, arquivos com caixas umas jogadas por cimas das outras, mulheres com crianças chorando no colo, gente gemendo pelos corredores e por aí afora. Como arrumar soluções para o caos que se instalou na saúde pública de Guajará-Mirim?

No Hospital Bom Pastor, unidade privada de saúde, mas que atende ao sistema público, e que segundo consta, estaria com suas instalações adequadas para atender casos de necessidades e emergências, a coisa não é diferente. Mostrando que não tem comando de nada, a responsável pela direção do hospital, ao receber a visita dos vereadores da Comissão de Saúde, primeiro exigiu uma solicitação pró-forma da Câmara Municipal, e em seguida quando a solicitação lhe foi passada em mãos, disse que assinava o recibo mas não autorizava a inspeção. Esta atitude fez parecer aos vereadores que existem coisas erradas naquele complexo médico. Tudo isso aconteceu após o chá-de-cadeira que os vereadores tiveram que se submeter, isto por causa da confusão de informações por parte de funcionários que parecem não ter o menor respeito pelos seus chefes, exatamente por isso. Por eles não terem comando de nada.

Estamos nesta situação. Hoje sem nenhuma condição de trabalho e operação, o ambiente em que se encontram nossos hospitais e postos de saúde parece um ambiente de guerra. Começa pela falta de medicamentos, materiais, equipagem e carência de pessoal, passando pela falta de responsáveis para dar qualquer satisfação para a população, chegando até os pacientes, que gemendo de dores esperam na fila abandonados e humilhados pelas salas principais.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UM DIA NA FAZENDA

Á convite do amigo Leo Nogueira, no último domingo passei o dia na fazenda do não menos grande amigo Toninho Nogueira, progenitor de meu já citado particular amigo, empresário do ramo de material básico para construção. Aliás, foi o próprio Toninho Nogueira quem passou em minha humilde tenda, a qual é quase vizinha à sua grandiosa residência, às nove horas da manhã para juntos seguirmos viagem até o destino de nosso passeio.

O que podemos falar de Toninho Nogueira? Para resumir, apenas que é um cidadão que conquistou tudo o que tem na vida por méritos e esforços próprios e às custas de muito trabalho, suor e lágrimas também. Ao contrário de muitos daqueles que se auto-intitulam “fazendeiros” e se vestem à caráter com calças Faroeste, botas, cinturão e chapéus de cowboy, Toninho Nogueira não possui como alguns, passagem pela polícia e muito menos dívidas com o FNO do Basa. Se veste como pessoa simples, como simples ele continua sendo até os dias de hoje. Talvez Toninho Nogueira nem tenha participado de nenhuma cavalgada que algumas associações promovem, mas tenham certeza, é muito mais honrado do que muitos os que delas participam.

Chegamos à estância por volta das dez horas, isto depois de atravessar o interminável abre-e-fecha de porteiras regado ao inconfundível cheiro de floresta, campos verdes e de bosta de vacas nelore. Também transpomos um grande açude e mais quatro tanques pesqueiros com tambaqui e pirarucu que fazem parte do projeto de manejo deste guerreiro criador.

Contando hoje com mais de 2.500 cabeças de gado, Toninho Nogueira é sabedor que a indústria de carne bovina é um dos setores que mais cresceram nos últimos anos e portanto está sempre buscando novos mercados para a sua produção. Hoje sua fazenda fornece gado para grandes frigoríficos de Porto Velho e de Ariquemes, o que lhe confere Status de produtor de gado para abate tipo exportação. Mas a “menina dos olhos” deste mega-empresário é a piscicultura. Seguindo a proposta básica do manejo, Toninho já fez crescer o estoque de pirarucu e tambaquis na vastidão de águas existentes em seu açude e nos tanques pesqueiros. “Fabão, a tecnologia é que é a palavra-chave para o desenvolvimento dos pescados e para a geração de riqueza de maneira responsável e sustentável”, segredou-me no caminho.

Por volta do meio dia, estávamos já na casa de veraneio na companhia do Léo Nogueira, que esteve por lá com um engenheiro da Delta Construções, empresa que está trabalhando na reforma da BR 425. Enquanto os homens de negócios falavam de “agrobusines”, futebol e até sobre política, eleições municipais e especulações acerca dos futuros prefeituráveis, muito bem acompanhado de meu amigo “Jhonny que caminha” faixa preta 15 anos, eu estava dando uma ajuda para Dona Jenny, esposa de um dos caseiros, na churrasqueira onde douravam um tambaqui de 8 quilos, metade de um cabrito, costela de porco, uma picanha e algumas toscanas.

No descair da tarde voltamos, mas não sem antes dar um mergulho nas águas geladas da piscina natural da estância. Às seis da tarde, sob a trilha sonora do mugido das vacas deixamos para trás este final de semana inesquecível.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CTM DEFENDE HONRADEZ E PROBIDADE DA CÂMARA

Em entrevista ao Programa “Rondônia Repórter” da Rádio Rondônia FM na manhã da última quarta-feira (15), o Presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, Célio Targino (PP), submeteu-se à uma avalanche de perguntas dos apresentadores. Foram 50 minutos de interpelações – algumas incisivas – em que o vereador, sempre seguro e mostrando preparo acerca dos assuntos em pauta, conseguiu sobressair de maneira inteligente, honesta e com inteireza dos fatos.

No início desta sabatina, Célio Targino foi indagado sobre a divulgação de matéria divulgada em um site de Porto Velho que deturpou a notícia e apontou que a Câmara teria que devolver dinheiro cujos repasses foram indevidos. O Presidente disse acreditar que esta notícia deva ter sido plantada por gente da cúpula alta da Prefeitura Municipal que comumente se utiliza destes expedientes para denegrir a imagem da Casa de Leis. Aproveitou para colocar a população a par de que os subsídios a maior que constavam dos salários dos vereadores foi taxado em decisão da gestão passada desta instituição, que à época tinha como administrador o ex-vereador Vanderlei Oliveira. Disse que o que aconteceu foi que a assessoria contábil daquela época, através de informes inexatos cometeu um erro de cálculo na hora de reajustar os números, mas que após adequação de praxe imposta pelo Tribunal de Contas, a coisa hoje se encontra em seus devidos parâmetros.

Sobre a CPI da Câmara que investiga supostos esquemas e fraudes na Prefeitura e que foi suspensa por ordem judicial, CTM disse não entender o “porquê de tanto o Prefeito Atalíbio pegorini teme ser investigado. Qualquer pessoa de bem jamais criaria obstáculos se estivesse sendo objeto de investigação”. Por outro lado, o Presidente elogiou a atitude da Justiça em querer apurar a verdade das coisas exatas.

Em relação à Imprensa, Célio Targino declarou que acha de extrema importância o trabalho da mídia guajaramirense em relatar, divulgar e debater as atitudes dos políticos da cidade. Reiterou que este trabalho social é salutar para a estabilidade da democracia e que tem respeito por todos os órgãos da Imprensa de Guajará-Mirim. Disse ainda que as opiniões contrárias e a batalha em campos políticos opostos jamais deveriam ser obstáculos para uma relação de amizade e respeito entre Imprensa e políticos.

Ao término desta conversa, o Presidente fez uma explanação acerca da atual Câmara de vereadores. Explicou que ao contrario de antigas legislaturas, hoje há uma maior abertura na Casa de Leis. “A sala da Presidência, por exemplo, é uma casa de portas abertas para toda a população que nos procura. Temos hoje uma assessoria muito bem treinada e que nos auxilia naquilo que reivindicam os apelos da população. Outra coisa: “panela” na Câmara, nem pensar. Todo vereador tem acesso à Sala presidencial e está a par de tudo o que ali se discute; e isto quer queira quer não, é uma conquista. Hoje a nossa Casa está com todas as suas contas regulares e os serviços previstos estão sendo realizados de forma efetiva. Toda a Câmara hoje também conjuga esforços no trabalho de capacitação do servidor público com práticas de relações humanas, dando assim uma maior relevância para as perspectivas futuras do Legislativo Municipal.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LACUNAS DA LEI

A redação forense que suspendeu os trabalhos da CPI que investiga supostos esquemas e fraudes na administração municipal acabou criando embaraços e atropelos entre os três poderes que hoje se engalfinham em constante batalha. Neste samba do crioulo doido a Prefeitura encontra-se sob investigação da Câmara, cuja ação processual obteve embargo judicial. Caberia aqui à Imprensa a obrigação de investigar os três poderes. O povo só deseja uma coisa: que justiça seja feita.

Montesquieu dizia que não há nada mais prejudicial para a sociedade do que a burrice cheia de boas intenções com poderes de justiça. A grande vergonha da nossa sociedade está nos atalhos judiciais, nas brechas da Lei. Ladrões “barrelas” são presos e passam uma porrada de tempo em cana, pessoas pobres são presas por roubar uma lata de sardinha no supermercado para saciar a fome enquanto muitos pilantras a bordo de mandatos estão por aí livres e soltos. Como num teatro do absurdo, nada mais faz sentido. É a banalização do crime em todas as suas nuances, a ética no fundo do poço. A corrupção nas entranhas do poder faz tudo parecer normal, nada demais.

A verdade é que o povo é quem de fato deveria fazer justiça. E se não for possível a este povo governar por si próprio, que o faça através de sua representação na Câmara. Aqui em Guajará-Mirim, quando se fala em votação para prefeito, sempre acontece de o povo cair na desgraça quando aqueles em quem votaram, querendo esconder a própria corrupção, procuram corrompê-lo. E para que o povo não perceba sua ambição e mesquinhez, começam a falar da grandeza do povo. A corrupção de todo governo – voltando à Montesquieu- começa pela corrupção dos princípios.

Vale ressaltar que a CPI da Câmara ainda está sub-judice, ou seja, ainda não foi objeto de decisão; muito embora o Prefeito Atalíbio Pegorini tenha obtido o beneplácito da força judicial que se interpôs às justas respostas que o processo da CPI buscava, causando efeitos lesivos em toda a sociedade. Outra coisa: a medida cautelar posta em prática pelo Fórum Nelson Hungria objetiva apenas prevenir ou pleitear a eficácia futura do Processo da CPI ante a produção de provas e conservar o estado de coisas e pessoas antes da coisa julgada. O problema é que enquanto isto não acontece, a esculhambação na administração municipal se regulariza, se desenvolve e se transforma em ordem pública.

Mas ainda bem que o que o move este planeta não são as respostas e sim as perguntas, e é a partir das perguntas que a gente começa a peneirar as nossas necessidades do dia-a-dia. Todos sabemos que esta medida judicial teve o objetivo de resguardar direitos antes da discussão “in loco” da pendenga. A lógica forense quer apenas aplicar as leis de forma correta e, através da conexão de métodos e critérios, procurar a verdade, a certeza exata das coisas, ou a certeza das coisas exatas.

Por fim, mas não por último, lembremos o que Leibniz advertia: As leis da lógica forense deveriam obedecer em primeira instância ao bom senso e a razão crítica postas em ordem e por escrito.

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“Um juiz é condenado quando um criminoso é absolvido” (Publílio Ciro).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

PRESIDENTE DA CÂMARA DEVE DISPUTAR PREFEITURA

Jovem, da nova safra política, e no exercício de seu terceiro mandato consecutivo no Palácio Presidente Tancredo Neves, o vereador Célio Targino, presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, é virtual candidato a prefeito do município.

Filho de Guajará-Mirim, cirurgião-dentista, membro da tradicional família Melo e do quadro de servidores públicos do Município, o vereador admite nas conversas informais e entre amigos, que está pronto para disputar o Palácio Pérola do Mamoré na eleição de 2.012.

A verdade é que o povo está cansado de fazer comparações entre aquilo que dizem alguns políticos em campanha e aquilo que fazem como políticos após a posse. Votar é escolher, calcular e raciocinar. E mais: é uma decisão que implica um exercício de imaginação política. Após 10 anos na Câmara, o que lhe propiciou enorme know-how acerca dos problemas de Guajará-Mirim e também cansado de discursos vazios, CTM se prepara para a difícil missão de governar a Cidade Pérola.

“É preciso retomar o crescimento de Guajará-Mirim e é de extrema importância que se saiba como fazer isso, ou seja, criar as condições. Hoje o eleitor não quer mais saber de conflitos de idéias e projetos. O povo quer melhoras para a cidade, e por conseqüência, para suas vidas. A minha história pessoal, a competência e capacidade para redesenhar o futuro, acredito que me credenciam a disputar o cargo de prefeito de Guajará-Mirim”, afirmou o presidente da Câmara.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

NA CONTRAMÃO DO PROGRESSO

Há mais de vinte anos a situação política do município – todos sabemos - é caótica. Mas nada se compara com o que acontece hoje. A situação política está fora dos parâmetros nunca antes vistos. Esta situação faz com que sintamos vergonha de vivermos em uma sociedade onde os valores éticos e morais já não mais existem. E mais: faz com que sintamos até um pouquinho de ódio de nós mesmos por sermos representados por algumas espécies de “Homo Sapiens” que hoje são os artífices e mentores da politicagem guajaramirense.

Refém do atraso sócio-econômico desde 1.990, Guajará-Mirim também vem sofrendo com políticos que se aproveitam da ignorância política do povão para fazer discursos cheios de demagogia e promessas que nem eles mesmos acreditam. E como tem gente que acredita em demagogias! Passaram-se os anos, trocaram-se prefeitos, mas só uma coisa permanece imutável. Nada muda, nada melhora! Quando falo em mudanças, me refiro a progresso e desenvolvimento. Me refiro à criação de empregos, de melhores escolas, melhor saúde pública e melhor qualidade de vida.

Hoje a cidade está às voltas com os conflitos entre Executivo e Legislativo com desgastes para ambos os lados e prejuízo para a sociedade. O atual prefeito Atalíbio Pegorini tem aberto contra si uma CPI para que responsabilidades sejam apuradas. Especula-se nos bastidores que conforme sejam os caminhos a serem seguidos pela Comissão de investigação, o prefeito poderá renunciar ao cargo ante a evidência do pedido de “impeachment” que se formula nesta CPI.

Os vereadores que fazem parte da Comissão fazem somente o seu trabalho, que é o de fiscalizar os atos do Executivo e denunciar eventuais atos falhos, Toma-la-da-cá, nepotismo, apadrinhamento no serviço público, conchavos, cartas marcadas e favores oficiais. Aliás, a troca de favores na atual administração faz parecer que a Prefeitura se transformou num balcão de negócios pessoais. Não executam políticas públicas voltadas para o progresso e desenvolvimento. A política, para o atual prefeito, nada mais significa do que pedir dinheiro para o governador do Estado.

Vale ressaltar que progresso e desenvolvimento não se caracteriza pela reforma de um hospital e muito menos pelos falsos anúncios da chegada de novos empreendimentos. Progresso se faz com a prancheta de orçamento com planilhas que deverão ser voltadas para o bem estar da população com todos os recursos aplicados em tempo integral na educação, na saúde e em saneamento básico. Progresso também se faz através da pressão política com prefeito e vereadores agindo em prol da cidade e buscando implantar políticas que induzam grandes empresas, fábricas e usinas a virem se instalar aqui, investir em Guajará-Mirim e não pedindo “verbinhas” ou emendas junto a governador ou deputados de Porto Velho ou de Brasília.

Riquezas naturais em Guajará é o que não falta. Incentivos fiscais também não. O problema é que nossas riquezas só servem para tornar os povos da BR mais ricos ainda. Seus caminhões destroem nossas avenidas e nos deixam comendo “ipsis literis” poeira e cada vez mais na pobreza.

O que guajará-Mirim precisa é de grandes projetos que se traduzam em Efetivo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ELEIÇÕES 2.012: PRESIDENTE DA CÂMARA PREFERE MANTER CAUTELA

A despeito dos últimos acontecimentos políticos e da onda de boatos dando conta de pretensos candidatos à Prefeitura de Guajará-Mirim, nas eleições do próximo ano, o presidente da Câmara Municipal, vereador Dr. Célio Targino, disse que o processo sucessório não deve ser acelerado e que vai esperar o momento adequado para anunciar se será ou não candidato a prefeito.

Em público e nos bastidores, o vereador Célio mantém a mesma postura e ressalta que o momento não é de especulações sobre candidaturas, mas de lutar para que Guajará-Mirim volte à normalidade política, evitando-se novos e eventuais problemas para o município.

O presidente da Câmara disse que aguarda o desenrolar dos acontecimentos e reconhece que tem plenas condições para, no futuro, lançar sua candidatura, se esta for a vontade de seus companheiros, de aliados políticos e dos próprios eleitores.

Indagado sobre uma eventual troca de partido político, CTM disse que estuda a possibilidade de ingressar no PSD (Partido Social Democrático), sigla que está sendo fundada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Se isto acontecer deixará o PP (Partido Progressista), legenda a qual pertence.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O ADVOGADO DO DIABO

A liminar que o Juiz desembargador de Porto Velho concedeu ao Prefeito Atalíbio Pegorini para a permanência no cargo de chefia do Executivo Municipal, obteve efeitos mesquinhos e colocou mais uma vez Guajará-Mirim em colapso político. Algumas vezes acontece de o Estado e seus agentes, com todas as suas leis e instâncias de controle, tomarem decisões tão nocivas à sociedade que ao invés de ajeitar as coisas, acabam fazendo o contrário em prejuízo de todo um povo. Ao conceder licença para o retorno do Prefeito Atalíbio, o togado desembargador não só cometeu um erro crasso, talvez por desconhecimento da realidade municipal, como reabriu as portas mais uma vez para a negligência e a desordem na coisa pública guajaramirense.

À um Juiz de Direito se pede que além do notório saber e da ilibada moral, que como indivíduo também tenha um bom coração capaz de discernir entre o justo e o injusto, o certo e o errado. Aliás, um bom coração jamais deverá servir como obstáculo para o exercício da carreira de Juiz de direito. Ao contrário, toda a filosofia do Direito se orienta no sentido de que só pode exercer a carreira de Magistrado quem for altamente humano, sensível e compreensivo. Um jurista não deve se limitar a somente conhecer as leis. Deve também ser sociólogo e político antenado nas coisas da vida em todos os seus aspectos.

Um Juiz de Direito também deve ser filósofo para entender que o código das leis reclama uma virada para melhores dias. Deve ser humano ao extremo para que se torne guardião dos interesses coletivos contra os privilégios de alguns; e por último, um Juiz deve dar às leis e ao direito um sentido de justiça “ipsis literis”, deixando de lado as soluções amargas que causem a destruição. Quem faz direito deve aprender não só a se amparar ou a executar as leis, mas também questiona-las. Os ditames da moral e da justiça devem estar sempre inscrito na dinâmica forense, alguns desde o útero materno.

A decisão levada a cabo pelo ilustre magistrado da capital não considerou o pesadelo político pelo qual passa nossa cidade e muito menos as denúncias dos vereadores que, com amparo em estudos técnicos do Tribunal de Contas, apontou o estoque de descontrole, atropelos e muitas outras coisas abusivas. Diante deste frenesi, não faltam prognósticos que anunciem mais conflitos pessoais e políticos acima das conveniências sociais.

Todos os dias a Câmara Municipal e o MP recebe denúncias de malversação na coisa pública onde podem estar envolvidos secretários, empresários e até funcionários públicos. Existem indícios de emprego irregular de verbas públicas, estelionato, manipulação de concorrência e até formação de quadrilha. Ora, se há problemas com a serventia da Prefeitura na consecução dos negócios, caberia ao Prefeito, por tabela, a responsabilidade por alguns delitos lesivos à coisa pública e aos interesses da sociedade.

Verdade seja dita: aqueles que pela forma do voto deram respaldo e passaporte para que Atalíbio Pegorini pudesse chegar ao cúmulo de chefe maior da Cidade Pérola, hoje têm consciência de terem vendido seus sonhos e anseios por melhores dias à um embuste, à uma farsa; isto porque puseram suas esperanças em simples promessas.

Last but not least, estamos f#didos e mal pagos!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A GUAJARÁ QUE NÃO PODE PARAR

Nesta semana quero prestar uma homenagem a você, cidadão trabalhador, que acorda às seis, seis e meia da matina, toma um café correndo com a família, para depois pegar sua bicicleta e partir para a batalha do dia-a-dia, às vezes sem nem ter como reclamar por este aperreio, porque não pode chegar atrasado no emprego, pois às sete e meia tem que estar no batente.

Quero prestar minha homenagem a você cidadão, que saiu de casa atrás de um emprego e acabou voltando de cabeça baixa, pois não encontrou vaga nem para limpar privada, mas ainda tem fé e amanhã vai levantar bem cedo e tentar de novo.

Desejo de coração prestar uma homenagem ao cidadão que sai de casa todos os dias com enxada e ciscador à mão para prestar serviços em casas de gente como a gente, que lhes dá o devido valor porque sabem que estes trabalhadores também são nossos iguais, apesar de tão desiguais, portanto à você que trabalha no serviço de capina ou poda de árvore, a minha singela homenagem.

Quero prestar minha homenagem ao cidadão que acorda todos os dias triste, deprimido, quase sem rumo diante da “paradeira” que ocorre em nossa cidade onde falta de tudo, desde os serviços mais básicos até perspectivas de dias melhores para este povo. Este mesmo povo que quando tenta se acudir junto a alguns políticos, sempre dão com os “burros n’água”.

Quero prestar minha homenagem ao cidadão que levanta bem cedinho para enfrentar as filas dos postos de saúde ou na própria secretaria no intuito de conseguir uma ficha para consulta ou guia de internação, a maioria destes constituída de gente sofrida, velhos e mulheres com crianças no colo. Muitos deles já passaram humilhações nos corredores do Hospital Regional, mas que mesmo com estas cacetadas da vida ainda conservam a arte de sorrir mesmo quando o mundo diz não.

Quero prestar minha homenagem a estes cidadãos trabalhadores de todas as classes sociais, o professor, o pedreiro, o servente, o taxista, o taberneiro, a lavadeira, o garçom, o balconista, os “chapas”, o catador de latas, o vendedor ambulante, o peixeiro, o feirante, o mecânico, o soldador, o encanador, o eletricista, o vigia, o servidor público e outros; muitos passando por dificuldades financeiras, alguns não raro até sem dinheiro para garantir o mínimo de conforto para a família.

Desejo prestar esta homenagem ao cidadão que leva esse tapa na cara todos os dias e nem por isso desanima. Falo dessas pessoas que não podendo ser exaltadas como empreendedor ou às vezes por falta de oportunidade ou de estudo, nem por isso enveredaram pelos caminhos tortuosos do crime e da violência ou ainda de querer levar vantagem, passando por cima de quem estiver no caminho. Aqueles que mesmo sendo anônimos, nem por isso deixam de ser importantes para Guajará-Mirim. Aliás é na batalha destes anônimos que se encontram os grandes super-heróis de nossa cidade.

Por último quero prestar minha homenagem à todo o povo da Cidade Pérola, hoje abatido e atônito pelos últimos acontecimentos políticos, mas que apesar de tudo ainda conserva a consciência de que a todo desafio a gente responde com um maior empenho em defesa de nossos valores morais e éticos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CAÇA E CAÇADOR

Conforme me disseram fontes confiáveis, um vereador com as têmperas nas alturas, esteve à minha procura pelos arredores da cidade na última sexta-feira. Esteve na Câmara, no boteco de minha predileção e por último, em minha humilde tenda. De lá fez algumas ligações em meu celular e disse que iria aguardar minha chegada.

De retorno ao lar pude observar sua pick-up parada em frente e resolvi encarar a situação. Cumprimentei-o assim que fui entrando. Ele, de cara amarrada, apenas rebateu: - A gente precisa conversar. Em seguida mostrou-me a matéria de minha autoria que saiu na edição passada e perguntou-me “que porcaria era aquela” que eu havia escrito. Disse ao vereador que aquilo nada mais era que o exercício do meu sagrado direito de opinião e expressão que a Constituição me oferece e ampara. Coloquei-o a par que ele também tinha direito de resposta, caso fizesse petição à Justiça, inclusive para dizer que tudo que estava impresso naquele pergaminho não passava de distorção da notícia, mentiras e factóides.

No auge da conversa, perguntou-me quem estaria me pagando para publicar aquele tipo de matéria. É claro que fiquei p#to nas calças, mas me contive e lhe respondi que nunca tive que recorrer a este tipo de artifício e que jamais pretendia recorrer. E mais: que aquele emaranhado de palavras mal escritas eram o resumo e relato de tudo que o vereador andara falando nas rádios da cidade, com adaptações para a linguagem jornalística (o chamado copydesk); e que aqui e acolá eu havia exposto minha análise a respeito. Em sua manifesta pobreza de espírito político, rechaçou dizendo que aquilo era coisa de gente irresponsável, que não tem o que fazer, sem ocupação e cheio de más intenções.

Expliquei ao nobre edil, que o mesmo hoje exerce função pública, e como pessoa pública, já deveria estar mais aberto às críticas, afinal a Política também é a arte de “engolir sapos”. Disse-lhe ainda que não foi minha intenção atacar a honra de ninguém. Somente coloquei na prancheta o que se ouve nos bares, tabernas, nas ruas e calçadas. Ao término da conversa, acompanhei-o até seu carro e pedi-lhe desculpas pelo eventual transtorno que porventura tivesse causado á sua família, mas que por outro lado, estava tranquilo comigo mesmo por haver cumprido minha obrigação de jornalista. De cara fechada, deu partida na ignição de sua pick-up e foi embora.

Existem políticos que nunca irão aprender a lidar com a Imprensa. Sou consciente que às vezes não agrado ao expor de maneira nua e crua as estruturas. Sim, às vezes também cometo injustiças com pessoas públicas. Mas são poucas vezes. Em geral a exposição de pessoas públicas é mais que normal. Até porque elas são públicas. Então temos o direito de critica-las e até a obrigação de expor suas vidas ao máximo. Tudo o que falo nesta Coluna, reitero mais uma vez, assino embaixo e quem discordar tem o mesmo espaço, através de direito de resposta para se defender.

Mas ainda bem que mandatos terminam e acabam levando junto com o seu término políticos, que dado seus atropelos, jamais deveriam um dia ter posto os pés na política. E o que fica? A sociedade, tendo que se reciclar, se renovar e constituir-se no caminho do tempo e no espaço.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

GALEGO, A FERA FERIDA

Na semana passada o vereador Ronald Fernandes, o Galego, fez uma perambulação pelas três emissoras de Rádio da cidade buscando se explicar e arrumar desculpas plausíveis para o rolo em que se encontra metido até o pescoço. Nesta sabatina, o vereador respondeu às indagações dos radialistas a respeito das acusações que pesavam contra sua pessoa através da CPI da Câmara Municipal, onde reclamou à torto e à direito das informações desencontradas que tem chegado à imprensa e insinuou-se vítima de perseguição por parte de alguns vereadores.

Sem o mínimo de “metié” no traquejo político e com alta carência de jogo de cintura, Ronald Fernandes quanto mais falou, mais se enrolou. Acusou vereadores que “só recebem para objetivar suas funções para atrapalhar quem trabalha”. Disse que o objetivo destes vereadores são outros, mas que por ora prefere manter-se calado a respeito e no auge de acusações contra seus pares, vaticinou que tem muita bala no gatilho e que sabe de muitos “podres”. Mais: advertiu que a depender do resultado desta CEI, poderá atirar coliformes fecais no sistema de ventilação da Câmara. Quando indagado sobre a questão de suprimento de fundos que consta do bojo do processo da CPI da Câmara, e que apontou denúncias de compras feitas na Comercial Ana Rita, primeiro concordou com o repórter dizendo ser verdade que “algumas compras se realizaram na “nossa” empresa”. Em seguida procurou consertar dizendo que a “nossa” empresa não era mais “nossa” e sim que pertencia à sua esposa.

Ora, se a tal Comercial não pertence ao vereador, qual seria a sua ocupação naquele comércio? É o gerente, o balconista, o office-boy ou apenas “está de olho na butique dela”? Querer nos convencer que não tem nada a ver com a Empresa neste momento, é mesma coisa que dizer que o claro é escuro, que o dia é noite e focinho de porco é tomada. Quanto ao suposto dossiê que diz possuir sobre um mar de lama que envolve alguns membros do Legislativo, Galego acabou pecando pela falta de decoro ao expor ao escrutínio público toda a Casa de Leis. Parece não saber o vereador, que qualquer cidadão que possua informações sobre ilicitudes tem o dever ético de denunciar ao MP ou à Polícia Federal. Agora dizer que possui informes sobre falcatruas, mantendo-os secretos, é uma conduta imoral que se assemelha à chantagem. A chantagem e a ocultação de informações são irmãs siamesas da corrupção.

Hoje sem nenhum respaldo político, o vereador Ronald Fernandes é tido por alguns de seus pares, como um zero à esquerda e encontra-se isolado no “Bloco do Eu sozinho”. Altamente suscetível às críticas, o vereador conseguiu abrir as portas de seu inferno para tudo e para todos. Esteve criando atritos com a imprensa local, chegando a tachar a maioria dos veículos do ramo de vendidos e que estariam a serviço de políticos para lhe atacar. Ameaçou de morte um colega vereador, conforme boletim da DPC. Já discutiu com o público presente no Plenário da Câmara e hoje suas credenciais nas decisões de relevância daquela Casa de Leis são de muito baixo impacto.

Estes tipos de tricas e futricas, desgastou tanto a imagem do ex-atuante vereador que hoje ele tem vergonha até de defender o povo de Guajará-Mirim contra os desmandos da atual Administração Municipal.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A IGNORÂNCIA E SEUS EFEITOS

Na semana passada Guajará-Mirim mais uma vez surpreendeu-se com alta levada de barbárie e selvageria que vem tomando de assalto nossa antes tão pacata cidade. A notícia do latrocínio que ocorreu em uma soparia às margens da BR 425 na saída da cidade foi passada em primeira mão pelo site do O Mamoré e outros. Até aí tudo ok! A imprensa esteve cumprindo a obrigação que está enraizada em seu DNA. Relatar os fatos e procurar detalhes buscando sempre falar o máximo com o mínimo de palavras. O que ninguém ou pouca gente ficou sabendo foi como uma simples notícia se transformou num qüiproquó sem tamanho e que acabou por colocar em prejuízo toda a imprensa guajaramirense.

Acontece que por causa de um arremedo de radialista que sabe-se lá porque, achava que até então detinha o monopólio da informação e com alta crise de ciumeira, talvez pelo motivo de sua audiência estar em declínio em comparação a outros meios de mídia da Cidade Pérola, também acabou achando que tinha o direito de intervir naquilo que podia ou não ser notícia, e com “história de malandro pra delegado” encontrou legitimação para suas causas e aplicou o chamado “conto do vigário” de maneira a manipular seus “insights” e também defender seus notórios interesses embasados em estereótipos ignorantes. Resumo: de agora em diante está proibido a toda a imprensa guajaramirense o acesso à equipe de perícia da Polícia Civil a fim de recolher dados, detalhes e material visual.

Pela idiotice do mentecapto fica explicitado o quanto o mesmo é uma besta, um energúmeno que deveria assinar atestado de burrice. Sim, é tão burro que conseguiu atirar no seu próprio pé e contrariar a si mesmo. Não conseguiu até hoje reconhecer que os serviços da Polícia e da Imprensa devem caminhar em sincronia em favor de toda sociedade. Talvez isto deva-se ao fato de que o que raciocina seja apenas o espelho de sua mente que não pensa adiante, apenas tem relâmpagos de sub-inteligência. Como dizia meu pai: “Meu filho, a quem lhe falta caldo de cultura, a humildade deveria deixar de ser apanágio para se tornar requisito essencial”. Neste caso acrescento que acima de tudo, para evitar atropelos a respeito das normas parametrais que regem nossa imprensa escrita e áudio-visual e a intromissão de alguns “fakes” neste mercado de trabalho, neste momento é de extrema urgência discutir o papel do jornalista na sociedade, avaliar critérios, discutir os limites da profissão, estabelecer parâmetros éticos para o exercício da mesma e fazer avaliações sobre se de fato os meios de comunicação de Guajará-Mirim estão cumprindo o papel social que deveriam ter.

Em jornalismo existe uma condição básica: informação é poder. Nas outras profissões as pessoas que tem informações as segura para si. O jornalista não. O gosto do jornalista é contar para os outros, é a psicologia do furo da matéria.

É claro que existem alguns canalhas no meio da imprensa, assim como existem canalhas na política. É mister explicar que o jornalismo não pertence a fulano nem a sicrano. O jornalismo pertence ao Povo. Este povo não está nem aí para as “birrinhas’ do radialista, do assessor de imprensa ou do diretor da Rádio. O povo quer saber da verdade dos fatos. E é nisto que o bom jornalista deve concentrar seu trabalho.