sábado, 20 de junho de 2009

SEIS MESES DEPOIS...

Passados já quase seis meses de administração Atalíbio Pegorini nos negócios públicos de Guajará-Mirim, é chegada a hora de falar sobre o que está sendo visto pela população e pelas autoridades com poder para fiscalizar a esculhambação em que se transformou esta administração. Das propostas de campanha de que iria mudar a cara da cidade, priorizar o sistema de saúde e melhorar de forma radical o setor de educação, hoje o que se percebe é que a atual gestão além de acabar com diversos programas sociais, conseguiu piorar o sistema de saúde deixando faltar até esparadrapo no Hospital Regional e dar “ipsis literis” as costas para a educação fazendo com que professores, diretores e demais funcionários trabalhem na base do mutirão, tendo que fazer rifas, feiras da pechincha e brechós para poderem manter a limpeza das escolas ou até para comprar material básico como giz e em alguns casos a própria merenda para os alunos.

A alegação para a perda dos programas e para a situação de abandono a que se relegou à cidade, segundo os gestores, seria de que a prefeitura não tem dinheiro. Por isso o corte de gratificações de funcionários, demissão de emergenciais, redução salarial do servidor através do corte no plano de insalubridade e a perda de convênios tão importantes. Diz o prefeito que isso se deve à contenção de gastos, uma vez que a prefeitura estaria com dificuldades financeiras. Então por quê o prefeito Atalíbio e seus secretários não dão o exemplo cortando pela metade os seus salários? O que ocorre hoje é uma covardia tacanha com o servidor municipal, quando o prefeito ganha 12.000 pratas, isto fora as diárias para não se resolver nada, o vice-prefeito ganha oito mil e os secretários 3.500 reais. Se resolvessem abaixar seus vencimentos, o primeiro escalão do governo teria moral para negociar com o funcionalismo municipal que além do salário de fome, ainda teve alguns direitos riscados do contracheque.

É sabido que alguns secretários jamais ganhou um salário de 3.500 reais na vida. Por isso é que eles se matam para ficar no cargo. A grande maioria, é claro, já teve alguma “boquinha” na vida pública, ou seja, já se acostumou com a mamata do emprego político. Mas a mais estapafúrdia das evasivas esfarrapadas até agora é a de que a prefeitura não tem dinheiro porque tem que juntar o montante para fazer o repasse da Câmara sob risco do prefeito ser cassado caso não esteja em dias com a vereança.

Sobre a criação dos 2.000 empregos que prometeu na época da campanha, até agora o prefeito não disse uma palavra, mas já teve a desfaçatez de dizer que a crise mundial seria uma das causas da contenção de despesas no município. Hoje, pasmem, nem os vereadores que antes defendiam o prefeito conseguem enxergar virtudes nesta administração.

Mais do que nunca faz-se mister que a sociedade civil organizada exija mudanças neste modelo da administração vigente que no momento é tão prejudicial para Guajará-Mirim. Foram seis meses de desgoverno, de enganação, de desculpas esfarrapadas, de mentiras e de traição ao povo que elegeu esta administração. Seis meses de incompetência, discursos vazios e irresponsabilidade com a coisa pública.

terça-feira, 16 de junho de 2009

FECHADO PARA BALANÇO

Não se sabe ao certo a dimensão dos problemas de caixa da prefeitura, sabe-se no entanto que é grave e que o equilíbrio entre receita e despesa vai ser coisa que não vai dar para sustentar a curto e médio prazo. Em outras palavras, a administração estaria começando a perder o controle sobre o dia-a-dia da prefeitura. Isso no que compete principalmente às contas a pagar. Pequenos fornecedores já não estão mais agüentando ficar sem receber as contas devidas da prefeitura. Alguns inclusive estão correndo o risco de quebrar, enquanto outros já quebraram. Não é possível que esta situação continue assim.

Enquanto isso acontece, correm boatos que nesta administração só recebe quem tem cacife forte dentro da prefeitura. Dizem pelos corredores que tudo passa na mão de um secretário muito chegado do prefeito e que só recebe gente de alto cuturno, aqueles que ajudaram a campanha ou que fazem meio-de-campo junto às conversações políticas do governo estadual “y otras cositas más”. Enquanto isso as estradas vicinais, agora que parou de chover de vez, é a que mais tem sofrido.

A cidade está parada, a gente passa pelo centro comercial e o que paira é aquele clima de velório, grandes lojas estão fechando as portas, os serviços básicos começam a se deteriorar e o estresse e a falta de ânimo tomou conta da população. Tudo isso por conta do descalabro e da falta de comando que estamos vivendo, visto que os atuais gestores da cidade estão mais preocupados com seus interesses pessoais, isto sem falar naqueles que estão com a cabeça à prêmio e podem “rodar” a qualquer momento.

Neste qüiproquó, é bom deixar claro que apenas os pequenos fornecedores estão com os recebimentos em aberto. Os grandes empresários tem recebido rigorosamente em dia e até por serviços a prestar. Seria muito bom que a câmara investigasse o porquê de estar faltando dinheiro no caixa da prefeitura. Porque ao contrário quem irá pagar as contas seremos todos nós através de aumentos nas tarifas públicas.

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O que causa espécie nisso tudo é ter que constatar alguns fatos que revelam que certos apoios á esta administração foi em troca de cargos e favores, ou seja, a vergonhosa política do escambo que permeia em nossa cidade. É claro que toda administração pública precisa de pessoas alocadas em cargos de confiança. O problema é que a maioria das vezes esses cargos são preenchidos por gente sem qualificação necessária. Seria muito bom que as pessoas escolhidas para esses cargos tivessem seus currículos abertos e que as qualificações exigidas fossem devidamente comprovadas, ou por experiência prévia ou por títulos de faculdade.

Em suma: enquanto a cidade perde pela falta de obras e serviços, tem alguns que perdem por ter “quem indica” e outros por ter assumido o que há de pior na sem-vergonhice como o lado bom da política. Isso sem falar naqueles que usam a administração para apadrinhar cupinchas e manter a criadagem empregada. Mas todos são culpados por terem usado o direito de se omitir em troca do dever de denunciar e defender quem os colocou no poder.