Passados já quase seis meses de administração Atalíbio Pegorini nos negócios públicos de Guajará-Mirim, é chegada a hora de falar sobre o que está sendo visto pela população e pelas autoridades com poder para fiscalizar a esculhambação em que se transformou esta administração. Das propostas de campanha de que iria mudar a cara da cidade, priorizar o sistema de saúde e melhorar de forma radical o setor de educação, hoje o que se percebe é que a atual gestão além de acabar com diversos programas sociais, conseguiu piorar o sistema de saúde deixando faltar até esparadrapo no Hospital Regional e dar “ipsis literis” as costas para a educação fazendo com que professores, diretores e demais funcionários trabalhem na base do mutirão, tendo que fazer rifas, feiras da pechincha e brechós para poderem manter a limpeza das escolas ou até para comprar material básico como giz e em alguns casos a própria merenda para os alunos.
A alegação para a perda dos programas e para a situação de abandono a que se relegou à cidade, segundo os gestores, seria de que a prefeitura não tem dinheiro. Por isso o corte de gratificações de funcionários, demissão de emergenciais, redução salarial do servidor através do corte no plano de insalubridade e a perda de convênios tão importantes. Diz o prefeito que isso se deve à contenção de gastos, uma vez que a prefeitura estaria com dificuldades financeiras. Então por quê o prefeito Atalíbio e seus secretários não dão o exemplo cortando pela metade os seus salários? O que ocorre hoje é uma covardia tacanha com o servidor municipal, quando o prefeito ganha 12.000 pratas, isto fora as diárias para não se resolver nada, o vice-prefeito ganha oito mil e os secretários 3.500 reais. Se resolvessem abaixar seus vencimentos, o primeiro escalão do governo teria moral para negociar com o funcionalismo municipal que além do salário de fome, ainda teve alguns direitos riscados do contracheque.
É sabido que alguns secretários jamais ganhou um salário de 3.500 reais na vida. Por isso é que eles se matam para ficar no cargo. A grande maioria, é claro, já teve alguma “boquinha” na vida pública, ou seja, já se acostumou com a mamata do emprego político. Mas a mais estapafúrdia das evasivas esfarrapadas até agora é a de que a prefeitura não tem dinheiro porque tem que juntar o montante para fazer o repasse da Câmara sob risco do prefeito ser cassado caso não esteja em dias com a vereança.
Sobre a criação dos 2.000 empregos que prometeu na época da campanha, até agora o prefeito não disse uma palavra, mas já teve a desfaçatez de dizer que a crise mundial seria uma das causas da contenção de despesas no município. Hoje, pasmem, nem os vereadores que antes defendiam o prefeito conseguem enxergar virtudes nesta administração.
Mais do que nunca faz-se mister que a sociedade civil organizada exija mudanças neste modelo da administração vigente que no momento é tão prejudicial para Guajará-Mirim. Foram seis meses de desgoverno, de enganação, de desculpas esfarrapadas, de mentiras e de traição ao povo que elegeu esta administração. Seis meses de incompetência, discursos vazios e irresponsabilidade com a coisa pública.