terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AINDA É CEDO

Em todos os recantos da cidade já fervilham a cada dia com mais freqüência, as especulações acerca das eleições municipais de 2.012. Conjeturas de todas as espécies costumam costurar as conversações a respeito de virtuais candidatos ao pleito que deverá decidir quem será o próximo Prefeito de Guajará-Mirim. Nomes aos montes, alguns já conhecidos e outros que ainda soam estranhos aos ouvidos do povão.

Neste festival de análises uma coisa é unânime: a insatisfação geral com a atual administração municipal. Também pudera! Hoje em dia é público e notório que as alianças políticas que puseram esta administração no patamar gerencial da cidade, acabou se desfazendo após seis meses de comando. Hoje o prefeito está só e isolado e a cidade entregue aos próprios infortúnios. Espera-se daqui por diante que isto sirva de lição para que o nosso povo aprenda a votar em candidatos mais compromissados com os anseios populares, porque aqui sempre acontece de o povão votar nos candidatos bancados pelos coronéis com alto poder de grana ou marketing e depois lamentam quando estes tipos, uma vez eleitos, lhes viram as costas. Ainda bem que a reeleição de Atalíbio Pegorini, ao menos nestas conversas informais, está fora de cogitação.

Quanto à nominata, esqueçam as já passadas e arcaicas peças da política local como Isaac Bennesby, Dedé de Melo, Cláudio Pilon, Almir Candury, Dúlcio Mendes e Vanderlei Oliveira. Os tempos mudaram. Em sua ânsia por mudanças concretas e até radicais, o povo hoje em dia só ventila novidades como CTM, Dr. Igor Cavalcante, Rodrigo Nogueira, Dr. Oliveira do DNIT, Dr. Venceslau, Valsiro Pedro, Profª Cristina França (?) Dorosnil Alves (?) e outros. Eis o somatório deste circo de vaidades.

O que dá para perceber pela aparição de algumas figuras, é que a sociedade guajaramirense está cansada de esperar por melhoras que nunca vêm e de votar nos políticos de profissão que nunca criaram um parafuso sequer, mas que sempre tiveram tudo de mão beijada na vida. O povão que elegeu políticos deste naipe nesta cidade acabou virando “cliente” do menino prodígio, da esposa dele, da amante, etc. E virando “cliente” sem “direito à fatura”. Pra resumir: sem direito a exigir após as eleições, boas escolas e bons serviços na cidade. Tinha direito à saúde gratuita. Mas desde que chegasse no Posto às cinco da matina e que ficasse na fila de espera por uma vaga. Talvez fosse este tipo de coisa que por mais de vinte anos desestimulou algumas pessoas de bem a pleitear uma vaga a qualquer cargo eletivo em Guajará-Mirim.

Então o culpado desta situação se perpetuar em nossa cidade, maioria das vezes é o próprio eleitor que vota nos políticos chegados a conchavos e gambiarras e que não estão nem aí para os interesses coletivos, questões administrativas e até mesmo para a política em nível superior. Por isso, daqui por diante é bom tomarmos cuidado com o discurso deste ou daquele eventual pré-candidato.

Como bem disse o vereador Célio Targino semana passada: “Ainda é muito cedo para se especular sobre uma eleição que só irá ocorrer no ano que vem”. Porém, esqueceu-se CTM de ressaltar que esta é a época em que no intuito de arrancar votos, mais se procura realizar, embora o que se realize é quase sempre feito nas coxas da enganação. Em suma, abocanha-se o voto através de obras de fachada.