terça-feira, 18 de outubro de 2011

F#DIDOS E MAL PAGOS!

Criado na administração Bader Massud com o objetivo de desenvolver de maneira comercial a cidade de Guajará-Mirim com impacto direto na economia devido a atração de capitais e investimentos com geração de empregos e movimentação na cidade, o entreposto comercial acabou tornando-se um imã de empresas e também um incômodo para lojistas e políticos da BR e até de Porto Velho que passaram a atuar em forma de lobbies junto a representação federal do Estado em Brasília com a intenção de acabar com este “paraíso fiscal”.

Com a concepção deste zênite comercial, a maior empresa atacadista do Estado, o Mercantil Nova Era aterrissou em Guajará-Mirim com toda sua infra-estrutura. E na sua esteira vieram o Armazém Coimbra, o Irmãos Gonçalves, a Pato Branco de Vilhena e outras. Muitas se mudaram apenas para tornarem-se empresas de “faz-de-conta”, montando um pequeno escritório numa sala alugada, mas que garantia um registro legal na cidade e passaram a usufruir dos incentivos fiscais do município. O importante é que metade destas empresas se instalou de verdade em Guajará-Mirim.

Pra entender: muito embora algumas empresas fossem de fachada, elas garantiam emprego para muita gente, ocupavam pontos comerciais, casas ou residências e distribuía renda na cidade. É claro que estas empresas instaladas na cidade também lhes garantiam a faculdade de pagarem imposto muito mais baixo, até porque a sua rotina comercial ocorria em outra cidade. Mas e daí? Qual o problema?

Com o seu entreposto, Guajará-Mirim não atraia somente empresas de gêneros alimentícios como as já citadas. Empresas de informática, cosméticos, embalagens, medicamentos, cereais, transportes, gráficas, papelarias, materiais para padarias e até bombonieres se aproveitaram das vantagens fiscais. Agora acabou-se o sonho. E Guajará retorna ao estado de estagnação e miséria.

Guajará-Mirim é uma cidade com muitas carências. Aqui há demanda por saúde, escolas de qualidade, saneamento, asfalto, iluminação pública, falta de prefeito, falta de associação comercial e outros itens. Com o caminho andado para se resolver metade destes problemas, agora Guajará-Mirim está fadada a se tornar uma cidade fantasma e com muita gente de bem sendo obrigada pelas circunstâncias a adentrar o caminho do crime e do tráfico de drogas, partindo para o ilícito para sustentar suas famílias.

Bons tempos em que tínhamos um prefeito como Bader Massud, técnico em economia e administração e não este arremedo político que hoje está no comando, e uma associação comercial atuante e com gente de firmeza como Toninho Nogueira, Letfalah Badra e Maximahon Torres e não esta que aí está há alguns anos com muita conversa bonita e blá-blá-blás e muito pouco ou quase nada de ação concreta.

O que acontece é que em Guajará-Mirim ocorre muito excesso de zelo. Há excesso de fiscalização, excesso de polícias, excesso de forças-tarefas, excesso de operações de fronteira e excesso de ignorância por parte de alguns órgãos públicos. Tudo em constante batalha contra a cidade e sua gente. Concomitante a isto, bandidos de verdade estão passando rios de cocaína bem debaixo de seus narizes.