Confesso que já havia me decidido a não fazer mais nenhum tipo de artigo voltado para o âmbito político nesta coluna. Já havia até conversado com a nossa editora chefe Minerva Soto a respeito. Mas muito a contragosto, eis que pela última vez (assim espero) retomo a mesma pauta, haja vista as últimas escroteações que fomos obrigados a assistir pasmos e ao mesmo tempo incrédulos.
Semana passada esteve em Guajará-Mirim chegado de merecidas e gozadas férias o nobre deputado Miguel Sena. Como um tornado, o deputado passou em nossa cidade e provocou um estardalhaço dos demônios na administração Atalíbio Pegorini de tal maneira que todos os calabouços internos da alcadia municipal foram expostos de tal forma que mostraram à toda população todas as suas vísceras, mazelas e malogros. O abalo sísmico na gestão Atalíbio foi de tal magnitude na escala Richter que findou por eclodir um racha fictício na já frágil harmonia da cúpula. Mas enganam-se aqueles que acham que este “tsunami fronteiriço” acabou com a fantasia do poder executivo em buscar amalgamar os escassos vetores que ainda lhe restam para melhorar seus quadros com secretários de peso político e não técnicos a partir das novas nomenclaturas.
Agora por quê racha fictício? Resposta rápida: porque dos secretários que foram exonerados ou pediram “penico”, o único que foi pras “cucuias” de verdade foi o inocente, puro e besta Clezer Lobato, o da saúde. Quanto aos outros, são todos gente do deputado e estão bem pacas, obrigado! E mais: se até o fechamento desta edição ainda não forem trocados pelo pessoal do patrocínio de campanha do Prefeito, com certeza serão. Querem apostar?
Outro dia, em conversa informal com o vice-prefeito Hilter videira na Câmara de vereadores, cheguei a sugerir que ele indicasse ao Prefeito Atalíbio o nome do servidor Domiciano Araújo para substituir o ex-secretário Wainer Oliveira na secretaria de Administração. Dome, como é conhecido pelo amigos, é um profissional exemplar, tem gabarito e “norrau” da área. Mais que isso: Dome é um técnico qualificado e totalmente sem vínculos políticos ou cores de partidos. Outra: já faz parte da equipe, é do time. Na hora, o vice-prefeito concordou comigo e disse que iria falar com o Prefeito, mas como já o conheço bem, acho que ele fez ouvidos de mercador.
Neste mesmo dia tentei uma aproximação com o Prefeito Atalíbio, já que o mesmo se achava no recinto (a sala presidencial da Câmara). Falei: - E aí Prefeito? Nenhuma resposta do lado de lá. O alcaide apenas me fuzilou com olhos irados. Aí vi que o nosso chefia maior, de político não tem nada, uma vez que parece não estar aberto às críticas. As críticas fazem parte da política e quem resolve adentrar para a política tem que estar aberto às criticas, uma vez que a esfera da sua privacidade quase que inexiste. Parece que o nosso burgo-mestre não entende isso, e se entende, parece ignorar esta sentença. Em suma, falta-lhe ainda o traquejo do “public- relation”.
Por fim, não tô aqui para agourar esta administração, mas se garra e vontade de trabalhar parecem não ser o símbolo da atual gestão, o jeito é encontrar outros caminhos que possam garantir para todos uma Guajará melhor (leiam nesta edição a matéria com o deputado Eduardo Valverde). Agora se Prefeitura e Prefeito não querem ou não podem, aí zefinin...