sexta-feira, 16 de abril de 2010

HOMENAGEM A BENTO COUTINHO

Há coisa de mês e meio atrás faleceu em Porto Velho aos 88 anos o cidadão Bento Coutinho. Até então não havia postado aqui nesta coluna minha particular opinião sobre a ocorrência porque achava que outros escrevinhadores que também colaboram para este “Standard”, alguns até com mais “norrau”, gabarito, embasamento da história ou até mais hábeis no manejo da caneta, pudessem fazê-lo. O Bento Coutinho, com quem sempre gostava de conversar, era um grande contador de histórias. E bota história aí no gibi. Se eu fosse enumera-las por títulos, a Coluna Almanaque ficaria pequena. Por isso é que ainda acho que este mister deveria ser deixado para quem tá mais afinado com o “metié”. Mesmo assim tentarei fazer uma breve resenha a respeito deste ilustre cidadão “guajaramirense” do Rio de Janeiro que foi Bento Coutinho.

Carioca da gema, Bento Coutinho aqui aportou por volta dos anos 40. foi sub-delegado em Pedras Negras nos anos 50 e em seguida superintendente do Serviço de Navegação do Guaporé (SNG). Também foi vereador em Guajará-Mirim numa época em que este préstimo à sociedade não tinha remuneração. E levou a termo sua tarefa de vigiar a “res- pública”, a coisa pública. Apaixonado por futebol, foi também presidente da Liga de Desportos de nossa cidade nos anos 70. Vascaíno de paixão, era detentor da carteira de sócio Nº 126 do Clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro, coisa que não é pra qualquer um não, apenas para uma nata seleta.

Irônico, ás vezes sarcástico, o Bento Coutinho tinha o costume de descer o sarrafo nos políticos (todos, sem exceção) e relembrar tempos idos. Um dia já foi boêmio. Sim, o bom Bento Coutinho já foi chegado num birinaite conforme atestam os amigos Sérgio Ribeiro e Clóvis Everton. E segundo estes chegados, o velho Coutinho era um tipo ruim de agüentar, um chato de galochas. “Haja culhões para agüentar o Bento quando ele aparecia lá no Bar Quixadá, Fábio. Parecia contigo quando tá de porre”, revela o grande amigo Clóvis Everton. “Mas era um cara gente boa, da maior paz”, completa o amigo de copo.

Fã incondicional do bom samba de morro, gostava do grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Roberto Ribeiro, Beth Carvalho, Agepê, Luís Airão, Candeias, Dicró e Paulinho da Viola. E parecia detestar os pagodeiros atuais de FM. Católico fervoroso, nos últimos tempos entrou numas de música de igreja, tipo Padre Zezinho, Padre Antônio Maria, Fábio de Melo e outros.

Educou os quatro filhos, hoje todos muito bem formados, uns morando em Porto Velho e outros em Cuiabá para onde migraram em busca de melhoras. Nos últimos tempos morava sozinho na mesma não digo suntuosa, mas aconchegante casa no Bairro Industrial onde criou seus descendentes. Contava com o auxílio de uma fiel secretária que vinha todos os dias arrumar a casa e preparar suas refeições.

Faleceu dia 05 de março de 2.010, sexta-feira. Segundo suspeita-se, devido a complicações no aparelho do Pâncreas.Quem me deu a notícia foi o ex-sargento PM Brás, seu vizinho, no sábado à noite no Bar do Bode no Boca Negra. Participei das exéquias no domingo pela manhã. Fiquei calado o tempo todo, e ao mesmo tempo com uma mensagem na alma: Até o infinito Dom Bento Coutinho!

terça-feira, 13 de abril de 2010

SÉRGIO BOUEZ REIVINDICA COMPLEMENTO PARA AGENTES DO PSF

O vereador Sérgio Bouez (PSB) apresentou na sessão da última terça-feira (06), requerimento à Mesa Diretora daquela Casa de Leis, com cópias para o Governador do Estado e para o Prefeito de Guajará-Mirim, solicitando em caráter de urgência a implantação de auxílio complementar para os municípios que desenvolvem atividades ligadas ao Programa Federal de Saúde da Família (PSF). Segundo o vereador, o repasse do Governo Federal não tem sido suficiente para custear este trabalho, sendo que se faz necessário uma complementação por parte do Governo Estadual, em particular no tocante à manutenção dos Agentes Comunitários de Saúde.

Para o vereador, os agentes que trabalham neste programa do Governo Lula são a mola propulsora para que o Sistema único de Saúde funcione de maneira eficaz e conforme a meta proposta. Sérgio Bouez acredita que o agente comunitário, além de ser a pessoa que vive o dia-a-dia do bairro em que opera sua atuação, é o elo de ligação entre as necessidades de saúde da população e o que pode ser feito para melhorar sua saúde. “Acho necessária uma complementação por parte do Governo Estadual tanto para custeio como para manutenção, pois os recursos do Governo Federal não estão a contento, coisa que tem tido como efeito até atraso nos pagamentos, pois precisa também de uma complementação por parte do município, que por outro lado também tem outras prioridades. Então é que diante deste exposto, pedimos o auxílio do Governo Estadual para que viabilize recursos, haja vista ter o Estado caixa disponível para auxílio que frente às despesas será mínimo, mas para estes agentes fará muita diferença”, concluiu o vereador.

domingo, 11 de abril de 2010

O PAPEL SOCIAL DA IMPRENSA

Considerado o poder dos jornais, sejam eles impressos, falados ou eletrônicos, como fonte de informação na vida das pessoas e sabendo que este periódico é referencial de notícias todo começo de semana, o que lhe confere importância no tocante à atividade da imprensa em nossa cidade, acredito que toda preocupação procede da demanda que cada vez mais resiste à apelação da anti-notícia, da distorção dos fatos e da degradação dos valores que fazem parte da sociedade. A imprensa representa o quarto poder. Por isso é obvio que lhe cabe fiscalizar os outros três. De fato, só o fiscal que não se corrompe e nem teme represálias, pode cobrar responsabilidades e impedir que os seus políticos continuem “rapiando” o bem público.

A imprensa através de seus veículos tem desempenhado um papel de alta relevância no processo histórico. O poder da mídia é infinito. Daí o temor que muitos políticos tem a ponto de tentar calar a mídia e infelizmente algumas vezes alcançam seus objetivos. Hoje mesmo, através do poder da grana, alguns políticos praticam crimes contra o Estado de direito e tentam corromper, calar ou usar a imprensa a seu favor.

Tenho ouvido de muitos lugares e de muita gente consciente, que felizmente representa a maioria, pedindo que a nossa imprensa livre de Guajará-Mirim, salvo da corrupção e acima de interesses que não sejam os da população, reajam em nome dos assaltos que se praticam contra o dinheiro do povo. Esta mesma gente acha que não pode haver tolerância com a bandidagem, seja ela praticada por meliantes de ocasião como pelos que se escondem atrás de mandatos muitas vezes conseguidos pela via da enganação.

É mister pôr em realce que a mídia é uma empresa e como tal, é mantida pelos seus anunciantes, entre eles, Prefeitura, Câmara de vereadores, Assembléia e governo do Estado. No entanto acima de qualquer coisa ela tem o compromisso com a informação e a verdade.

Em nome do jornal O Mamoré, queria aqui também externar minha indignação contra a ética duvidosa de alguns membros da nossa mídia que estão a serviço de coronéis de cabresto à nível de Estado e que de forma imoral e descarada se utilizam de seus meios não para informar, mas para atacar em forma de achincalhes, piadinhas e deboches aqueles que fizeram um opção política diferente das suas , e talvez por se beneficiarem de alguma forma do poder de governo ou na espera de negócios futuros, sempre fizeram enorme defesa de seus “patrões”, ao fazerem vista grossa diante de tantos escândalos, alguns até de repercussão nacional.

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Sendo uma das poucas pessoas desta cidade a levantar a voz contra os salafrários, ás vezes me impressiona a ingenuidade do nosso povão e como ele se presta à massa de manobra. Os assuntos que eu comento aqui, muitas vezes as pessoas por si própria não consegue enxergar, não por ser incapaz, mas pela manipulação que ocorre por parte daqueles que tem a intenção de mascarar a verdade. Sou o oposto dessa gente. Sou um homem livre e falo o que acho que deve ser dito. Doa a quem doer.