Como cidadão consciente de seus deveres e obrigações e com um mínimo de vergonha nos cornos, é que estou torcendo para que o Governador eleito Confúcio Moura faça de seu governo uma administração que, diferente do governo medieval que ora se afasta, e que através de uma atmosfera de ameaças ao servidor, enganações de palanque e guerrilhas politiqueiras, manteve com mão de ferro o Estado de Rondônia em permanente estado de tirania por oito anos, agora tenhamos um governo aberto ao diálogo, coordenação e cooperação entre Estado e municípios.
Hoje, passada as eleições, é normal que as conveniências de protocolo estejam em evidência. A confusão formada pelos interesses tem gerado um clima tenso e carregado de críticas e objeções tanto de quem faz parte da conjuntura como de quem está nos bastidores. É muita gente querendo. É muito cacique pra pouco índio. Não se ouve mais falar em projetos e propostas, na alta de qualidade de vida do cidadão, na estabilidade social da nossa região, na necessidade da prática do desenvolvimento sustentado, na necessidade de expansão comercial, nas características sócio-culturais ou mesmo na valorização do homem e seu modo de vida.
Quem escolhe a vida pública como profissão de fé tem que se antenar que vida pública significa antes de tudo trabalhar com a coisa pública. E a coisa pública representa os bens materiais, éticos, culturais e sociais que pertencem a todos os cidadãos, os quais vez por outra são chamados, para através das eleições, escolher aqueles que deveriam tomar de conta e cuidar bem dela. Então por melhores que sejam as vigas que sustentem qualquer caráter, os meios de atuação e os bons modos políticos é que irão amplificar as bandeiras ditas honestas. Há de se lembrar que um governo para alcançar suas promessas tem que estar servido de pessoas capazes e não de gente simpática. Ficará a critério de Confúcio Moura a atitude de compartir ou não o Poder com gente honesta ou com notáveis fichas-sujas.
Em relação a Guajará-Mirim, sabe Confúcio que nossa cidade apresenta um enorme potencial econômico sob forma de recursos naturais aliados ao turismo ecológico e à Área de Livre Comércio, e que o momento é oportuno para implementar políticas para o desenvolvimento destes segmentos. Como fazer isto? Dando incentivos para empresas de fora que queiram se instalar aqui, estímulos à navegação através da construção de portos modernos, dando ênfase à integração com o País vizinho e pondo a agricultura como um grande desafio, podendo implantar um setor agroindustrial para a manufatura dos produtos da nossa região.
Outra questão de extrema importância para “nosotros” diz respeito ao sistema de Saúde. A implantação de mais um hospital em um bairro suburbano e a conclusão da reforma da maternidade do Hospital Regional são prioridades. Mas de nada adianta construir ou reformar hospitais se não houver equipagem com UTI, remédios, farmácias e serviço médico de todas as áreas. Isto também faz parte do pacote de sugestões.
Quanto ao restante do Estado, pouco me importa o que Confúcio Fizer. Se este Governo escolher ser honesto, já estará de bom tamanho.