sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O PT NO BANCO DOS RÉUS

Quando o PT alcançou o poder supremo deste País, acreditei que o novo governo estaria mais perto de um regime mais justo que teria que batalhar muito contra a direita, contra o sistema, contra a burguesia. Mas assim que o PT assumiu as rédeas do poder, logo pude constatar que o seu governo não estava lutando contra a direita, nem contra o sistema, nem contra os canalhas, patifes e corruptos burgueses. E mais que isso: o governo do PT estava chamando a direita, o sistema, os patifes, canalhas e corruptos da burguesia para com eles repartir a farinha do mesmo saco.

Em seus 10 anos de governo o PT nada mais fez do que se ajoelhar para os bel-prazeres da cúpula do PMDB. Os projetos de governo do ex-Partido dos Trabalhadores hoje estão muito mais voltados para o Mercado de Capitais e menos voltados para a inclusão social. Aquele PT que no começo metia o cacete nos governos que dividia a máquina pública e distribuía carguinhos, verbinhas e poder para angariar votos, aprendeu que governar é construir maiorias artificiais através de um balcão de negócios sujos onde a gangue petista retalha as estruturas do Estado e partilha a bolada com aqueles que antes combatia, se quiser continuar a mantenção do poder.

Hoje políticos do PT estão submetidos às barras do tribunal, submersos num lamaçal de falcatruas e sem-vergonhices segundo denúncias e perícias que comprovam a gastança com o dinheiro público, gente até então tida como acima de qualquer suspeita enrolada até o pescoço em fraudes e podridões sem tamanhos conforme laudos probatórios, escândalos um atrás do outro, esquemas de todos os tipos, licitações com cartas marcadas, favores oficiais, contratos parados na base do toma-la-da-cá, ladroagem pura e simples. Eis o PT.

Nos países desenvolvidos, quando um político é apanhado com a boca na botija, suicida-se para não ter que passar pela vergonha de encarar um tribunal, fazendo deste método, uma maneira de pedir perdão e evitar o vexame social com o sacrifício da própria vida. Por aqui, os caras-de-pau continuam roubando os cofres públicos e mamando o quanto podem nas tetas do poder com todos os seus cargos e benesses. Por aqui não existe este negócio de vergonha na cara porque a corrupção está se tornando ordem natural das coisas.

Acabou-se o debate de idéias, acabou-se os conceitos de ética política e acabou-se os partidos políticos que hoje se locupletam com as mesmas táticas e técnicas para se manterem no poder e que se aproveitam do aparato do Estado para fazerem conchavos e negócios. A imprensa tem cumprido seu papel que é procurar destrinchar as fraturas da elite política que hoje domina o cenário nacional. Trabalho em vão, pois apesar das denúncias, a Justiça não consegue colocar nenhum desses crápulas na cadeia. Estão todos aí livres, soltos, ricos e felizes.

Pior que a morte da ética e da moral na coisa pública, pior que a morte dos partidos, é a desorganização do Estado e, por conseqüência, da sociedade com todos seus princípios básicos e lastro de valores, para dar espaço para as estruturas da roubalheira, da corrupção, da vantagem a qualquer preço, dos conchavos e das falcatruas que fazem parte da cultura viciada e marginal do PT de hoje em dia.