quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AONDE O POVO ESTIVER

Na semana passada fiquei pasmado ao acessar o site do O Mamoré e me deparar com postagens de leitores que participam do espaço que este jornal concede para críticas e sugestões. As postagens se referiam à matéria “Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante Devem Conjugar Esforços Na Disputa Pela Prefeitura”, e versava sobre a possibilidade de ambos os postulantes ao cargo máximo do Poder Executivo fazerem uma dobradinha política. Matéria esta feita por este escriba e ambientada no Bar do Clóvis. Tirante os prós e contras, me causou revolta encontrar ali no meio de muita coisa inteligente, algumas anotações imbecis e carregada de preconceitos postadas por gente que, por motivos óbvios, preferem não se identificar ou mostrar as caras ao destilar seus potes de veneno enquanto se escondem na tocaia do anonimato.

O internauta mais atento pôde verificar que este encontro entre os virtuais candidatos aconteceu por acaso e sem nada marcado. Os dois políticos, depois de uma semana inteira de intensos e penosos labores, estavam em seus momentos de relax e descontração, coisa que qualquer cidadão com liberdade física, de pensamento, de idéias e opinião e que não seja pau-mandado ou capacho de mulher tem o sacrossanto direito. Qual o problema? Sim. Existe um problema de hermenêutica. E este problema está em algumas pessoas de mentalidade estreita, arcaica e tacanha que não possuem a coragem para caminhar aonde o povo está porque tem que dar satisfações a sociedade. Se preocupam até às pregas e beiradas com o “Status Quo”. Hipócritas, é o que estas pessoas são.

Rodrigo Nogueira e Igor Cavalcante são autênticos e sempre irão estar aonde o povo estiver, seja na rua, na chuva, na fazenda, nas avenidas, nas praias e praças, torneios de futebol, nos bairros, nos distritos, nas aldeias, nas áreas ribeirinhas, nos igarapés, nas associações, nas festas, nos postos de saúde, nas escolas, nas estradas vicinais, nas colocações, nas igrejas, na feira-livre, no Mercado Municipal, nas tabernas, nos bares (e porquê não?) e também nos altos gabinetes das chamadas instituições públicas (Câmara de vereadores, Prefeitura, Ministério Público, Assembléia do Estado, Palácio do Governo, no Congresso de Brasília e onde mais for preciso na procura daquilo que for contribuir para a melhoria de vida da nossa população.

Este papo de que política tem que se reservar a locais exclusivos é conversa de gente com carência de fosfato no cérebro ou de pensamento pequenês. É por causa deste atraso medieval que Guajará não vai pra frente. Mal sabem estes pusilânimes e covardes que são exatamente nestes locais restritos e fechados que se planejam as armações e conchavos que resultam nos desvios aceitáveis e nas falcatruas a olhos vistos que costumam enganar o povão. Este mesmo povão que freqüenta as igrejas, as tabernas, as repartições públicas, as feiras-livres, ruas e praças e também os botecos.

Rodrigo e Igor, não se acanhem diante de criticas nefastas. Continuem fazendo o seu trabalho social junto a este povão que não está nem aí para as convenções de praxe. Vocês são o retrato do povo e é isto que causa inveja e desconforto nos hipócritas e demagogos que plantam ódio, preconceitos, discórdias, infâmias e tudo o que mais há de podre em suas almas animalescas.