sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A QUESTÃO DA LEI DO MOTO-TAXI

Ao contrário do que poderiam imaginar os mais imaginativos, a Audiência Pública que aconteceu no dia 28 de setembro no Plenário da Câmara Municipal e que discutiu a regulamentação da lei do Moto-Táxi, ocorreu sem maiores transtornos. Afinal, havia fortes indícios e fundos motivos que poderiam levar por água abaixo o caminho da concórdia e das boas intenções no desenrolar desta assembléia. Uma semana antes uma confusão geral havia atiçado os ânimos tanto da classe de taxistas como dos moto-taxistas.

A reunião, que deveria iniciar às 19:30 horas, começou com quinze minutos de atraso. À convite do presidente da Câmara, Dr. Célio Targino, o vice-prefeito Hilter Videira abriu a audiência com um discurso que teve ênfase no sentido de que se achasse uma solução para este impasse com obediência às vigências legais e de forma a conciliar a convivência, a tolerância e o respeito mútuo entre as classes.

Vários líderes de representação de bairros e possíveis futuros usuários desta forma alternativa de transporte fizeram uso da palavra e a questão preço-custo-benefício foi levada em alta consideração por todos os que tiveram a frente dos microfones do Plenário. Na ocasião ressaltou-se que o preço de uma corrida em Moto-táxi chega a ser até cinco vezes mais barato que o táxi convencional. Marcos Soares, representante da Anvisa em Guajará-Mirim enfatizou que é a favor da lei do Moto-táxi, “desde que observados os parâmetros de higienização, saúde e segurança”.

A lei que regulamenta o serviço de Moto-táxi exige que o condutor tenha acima de 21 anos completos, dois anos de prática, habilitação em curso sob a égide do Contran, uso de colete luminoso e além do capacete, colocar na moto uma barra de proteção lateral. Estas normas, uma vez postas em prática, visam a proteção e segurança do usuário. Agora há que se observar que andar de garupa numa moto não vai ser nunca a mesma coisa que sentar num banco de táxi automóvel. Muda muito pra segurança do conjunto se o garupa não souber o que fazer, se for muito pesado etc...

Mas uma vez postos no fiel da balança todos os prós e contras desta batalha que só vem a beneficiar a população mais carente do município, cabe agora trabalhar pela obtenção da concessão das placas que pode ser uma “bóia de salvação” para uma porrada de gente honesta buscando seu sustento, gente com pouco estudo, sem emprego, mas com muita disposição para trabalhar numa cidade como Guajará-Mirim onde o marasmo econômico parece atuar a cada dia mais sobre todos nós.

Também cabe a taxistas e moto-taxistas procurar buscar o máximo respeito ao espaço físico de cada um no exercício de suas funções a fim de evitar confrontos desnecessários. Ganham com isso turistas e o povo em geral pelo direito de livre escolha no uso desses transportes.

domingo, 4 de outubro de 2009

TUDO EM PRATOS LIMPOS

Em conversa recente com o titular desta coluna o ex-vereador e atual presidente do PDT em Guajará-Mirim, Rodrigo Nogueira desenhou de forma clara e objetiva o cenário político municipal, falou sobre as conversações que tem mantido com líderes e ex-líderes do comando político de Guajará, fez previsões alvissareiras acerca dessas conversas e de quebra colocou de vez uma pá de cal no assunto PDT-Dedé de Melo. O presidente do diretório municipal disse que “Nem que este cidadão chegasse de joelhos pedindo sua filiação para as hostes Brizolistas, ele teria meu abono. Até porque se eu fizer isso eu iria ter um aliado só de fachada, e hoje, ao contrário de antes eu já não tenho estômago para digerir tal situação”. A seguir alguns trechos deste bate-papo que envolveu política, eleições, intrigas e traições.

Em relação à atual conjuntura política do município, Rodrigo disse que a administração Atalíbio até o momento não mostrou a que veio. Acha o ex-vereador que sob o manto da atual gestão ainda paira um clima de incertezas, haja vista o discurso de seus porta-vozes quando afirmam que tudo ainda se encontra em fase de estudos. Rodrigo acusa que “Já está na hora de parar de falar do vexame da administração passada, revisar o presente para projetar um futuro promissor para Guajará-Mirim e sua gente”.

Sobre as conversas que tem mantido com o presidente da Câmara de vereadores Célio Targino, Rodrigo disse que achou de extrema importância a proposta do presidente da Casa de Leis de mobilizar a opinião pública e os diversos segmentos da sociedade civil para que assumam uma posição de participação no processo político de Guajará-Mirim. “Mas antes de tudo é preciso que este pacto uma vez formado, além da união, passe a planejar a sociedade e comece a trabalhar, afinal todo movimento social começa no planejamento e este se faz necessário e viável para estas pessoas que estão realmente interessadas no futuro de Guajará-Mirim”, disse Rodrigo.

Quando o assunto passou para o tópico “eleições”, Rodrigo enalteceu que tem andado pelos bairros da cidade numa grande via-sacra e tem ouvido os clamores da sociedade. Disse que a população de Guajará-Mirim está farta da malversação do dinheiro público e já começa a se indignar e tomar posições contra os rumos que a cidade vai tomando. “A maioria do povo que vota nesta cidade é formado por pessoas simples, carentes de tudo, e as cobras políticas do município sabem muito bem disso, e na época das eleições acabam virando os melhores amigos destas pessoas, mas de tanto apanhar o povo já começa a aprender a jogar este “game” da vida real e não está mais entrando no jogo dos seus algozes”.

Pelo teor de seu discurso deu pra perceber que Rodrigo está antenado aos problemas que hoje são inerentes ao pântano por onde se arrastam o cotidiano dos 40.000 habitantes que todos os dias se movimentam no caos de nossas ruas escuras e cheias de buracos, das praças sujas e mal cheirosas, que penam nas filas de um hospital com uma rede de saúde deteriorada, de escolas onde os alunos se espremem em salas superlotadas e caindo aos pedaços e de uma cidade entregue ao Deus-dará. Muito mais maduro politicamente, Rodrigo Nogueira hoje consta de um nome à altura em vistas das eleições gerais de 2.010.