sábado, 13 de junho de 2009

CRISE NO PMDB? CANDURY FALA À IMPRENSA:

Após o encontro entre o senador Valdir Raupp com a cúpula e a base do partido nesta cidade, um espectro parece rondar as hostes do PMDB guajaramirense. Há rumores de que o PMDB estaria passando por um conturbado momento de crise dentro de sua estrutura interna. O que é que está acontecendo com o PMDB em Guajará-Mirim?

À procura de sinais de fumaça nem sempre fáceis de decifrar, o jornal O Mamoré esteve na semana passada em conversa com o presidente do diretório municipal do partido, Almir Candury em buscas de informações que dessem respostas para este impasse. E foi com o seu corpanzil roliço e andar arrastado, mas com um grande sorriso matreiro nos lábios que o cacique do PMDB deu a entrevista, que diga-se de passagem, está circunstanciada de detalhes que descem a níveis escabrosos. Uma coisa ficou patente: o PMDB guajaramirense hoje está dividido em feudos com objetivos difusos e irreconciliáveis com acusações de todos os lados. O imbróglio está formado e a guerra interna dentro do partido está descambando para outros níveis de discurso bem abaixo do patamar político. Na entrevista, Almir Candury disse que não há nenhuma espécie de crise dentro do PMDB como se especula e que o problema do partido era somente com o senador Valdir Raupp. À entrevista.

O Mamoré: Qual é o problema do PMDB?

Almir Candury: Nenhum, não há problema com o PMDB. Há sim um problema particular do PMDB desta cidade com o senhor Valdir Raupp e que está ancorado na questão do apoio partidário que não houve nas últimas eleições municipais porque o senador já estava compromissado com outro candidato de uma outra legenda. E isto porque a vice desse candidato era a esposa de seu assessor direto nesta cidade. E agora eu pergunto: É bonito esse senhor vir agora pedir apoio do PMDB de Guajará-Mirim? É bonito?

O Mamoré: A julgar pelas suas palavras, o próximo capítulo deste processo poderia ser uma desintegração dentro dos quadros do partido?

Almir Candury: Sim, eu creio que sim. Até porque a nível estadual o partido já está se esfacelando. Algumas lacunas impreenchíveis estão saindo em debandada. Sueli Aragão já se desfiliou. Também devem estar de saída o ex-senador Amir Lando e outros líderes de peso. Alguns deputados só não saíram porque se saírem, eles perdem o cargo.

O Mamoré: E quem no seu entender estaria fomentando esta perturbação dentro do partido?

Almir Candury: Ora quem... O Valdir Raupp. Ele quer comandar o partido com mão de ferro. Agora eu pergunto: quem é o senhor Valdir Raupp a nível nacional? É um dos senadores mais ficha-sujas do congresso, e isso quem tá dizendo não sou eu não, é a revista Época, a revista Veja e a Isto É. Aí esse cara vem aqui dar uma de bacana. Eu acho que pra mim esse senhor tinha que ser afastado da presidência do partido, se limpar com a justiça e depois, aí sim, voltar a assumir a presidência do partido.

O Mamoré: E qual poderia ser o desenlace dessa refrega?

Almir Candury: Veja bem, eu não saio. Vou brigar com o Valdir Raupp dentro do partido. Tenho mais de quarenta anos de PMDB. Quando aqui cheguei este rapaz não estava com esta “panca” toda. Eu já vi muitos “pancudos” passarem por aqui e depois terem que vir comer aqui na minha mão. Quando ele chegou aqui eu já pertencia ao PMDB. Então ele pra mim é um pupilo, é um menino pra mim. Quero dizer que em Guajará-Mirim este cidadão não tem mais o apoio do PMDB para o que quer que seja. E isto é de consenso geral. Eu vou apoiar esse cara? Só se eu fosse um imbecil.

O Mamoré: Pra terminar, quais seriam os caminhos do PMDB daqui por diante?

Almir Candury: Olha, nós vamos começar a trabalhar as nossas candidaturas próprias tanto para deputado estadual como para deputado federal. Já temos algumas pessoas engajadas neste processo e que tem amplo apoio da maioria do partido. E vamos definir o que será do PMDB daqui pra frente. Lamento muito que essas picuinhas internas do partido tenham que vir à público, mas alguém tinha que tomar alguma atitude. E como presidente do diretório esse alguém seria eu. Termino dizendo que não tenho medo do senhor Valdir Raupp, não vivo às custa dele e que apoio do PMDB nesta cidade ele não tem mais.

domingo, 7 de junho de 2009

RECEITA FEDERAL PRECISA MELHORAR ATENDIMENTO AO PÚBLICO, DIZ VEREADOR

O vereador Francisco Quintão apresentou na sessão ordinária da última terça-feira (02) requerimento com cópias para o senhor João Adelar, inspetor chefe da Receita Federal em Guajará-Mirim, reivindicando àquela autoridade humanização no atendimento ao público na alfândega desta cidade. Segundo o vereador, são inúmeras as reclamações que chegam todos os dias de pessoas que visitam a vizinha cidade de Guayaramerin no intuito de fazer compras de produtos importados. Elas reclamam da forma “ultra-vires”, grotesca e descabida como são tratadas por alguns fiscais aduaneiros que se sobrepõe à lei, acobertados pelo cargo que ocupam, denegrindo de forma acintosa a dignidade das pessoas, inclusive autoridades do próprio município. “As pessoas estão indignadas com a péssima conduta no trato pessoal de alguns energúmenos. É inadmissível que um agente da lei cometa abusos, quaisquer que sejam. A Receita hoje trabalha como se fosse adversária da população e não sua aliada. Diante dessas humilhações o povo fica sem saída”. Disse Quintão.

Em conversa com a reportagem deste jornal, o vereador falou que vai sugerir ao chefe da Receita Federal que viabilize um curso de relações humanas para sua equipe de trabalho a fim de recuperar o prestígio e a eficiência desta instituição junto à sociedade. Salientou ainda o edil que não são todos os agentes deste intemerato órgão que faltam com a boa educação e polidez no trato pessoal. “É claro que é de bom alvitre frisar que também existem nesta instituição bons agentes fiscais e que até ficam perplexos com a péssima imagem que seus colegas passam para a população”. Ressaltou Quintão.