terça-feira, 3 de novembro de 2009

COLETIVA À IMPRENSA

A convite da Srta. Joseana Cavalcante, relações públicas da prefeitura de Guajará-Mirim, foi que semana passada tive a satisfação de participar de uma coletiva que o prefeito Atalíbio Pegorini concedeu à imprensa desta cidade. Na ocasião, a “promoter” me disse que o prefeito queria conversar com a classe de jornalistas locais a respeito de assuntos de grande relevância para a cidade. Aceitei o convite por dois motivos: primeiro pelo interesse público e em defesa dos interesses maiores de Guajará-Mirim. E em segundo, para ver se punha de vez uma pá de cal em algumas farpas e escaramuças em forma de fatos que esta coluna publicou e que já estão pra lá de batidas.

Nesta reunião o prefeito falou sobre suas propostas, metas de trabalhos e planos de governo que ele e sua equipe técnica mantém em sua prancheta. Confesso aos amigos leitores que me vejo obrigado a concordar que são verdadeiras obras primas; isto, seria mister realçar, se fossem postas em execução. Mas não há como negar que na teoria há muita coisa boa em fase de estudos em sua gestão, inclusive podendo ser melhorada, inovada e continuada. Mas na prática, o que se viu até aqui é que a teoria não funcionou.

Quando alguém lhe indagou sobre o atraso no pagamento dos servidores municipais, em bom economês o prefeito explicou que tão logo a arrecadação das finanças públicas volte a ter um superávit de receitas dentro da espiral da planilha de orçamento e os recursos do FPM estejam mantidos dentro dos níveis normais da renda “per capita”, a prefeitura iria ter uma maior folga de meios para colocar em dia a folha de “pro labore” do funcionalismo municipal. Em língua de gente, o prefeito Atalíbio quis dizer que Guajará-Mirim estará para sempre condenada a ver sua economia estagnada por causa das modestas cotas do fundo de participação, cujos recursos servem apenas para oxigenar a folha de pagamentos. E nada mais. Isto, anotem aí, é a mesma coisa que condenar toda uma população à pobreza na autonomia. Em suma, estamos todos lascados pelos próximos 20 anos.

Fiz-lhe duas perguntas: uma sobre quando ele pretendia pôr em prática suas promessas de campanha e outra sobre que políticas públicas o prefeito teria em mente para melhorar a situação do nosso caótico trânsito. Em relação a primeira, em vez de ir direto ao assunto e dizer que iria ao menos tentar buscar os mecanismos necessários, o prefeito preferiu tergiversar sobre a crise mundial, que segundo seus critérios, seria fator gerador da falta de investimento nos diversos setores da administração. Quanto à questão do trânsito, nosso alcaide disse que independe da prefeitura tomar as rédeas da situação e que caberia a ela somente requerer aos órgãos técnicos a nível estadual uma completa ação laborial neste sentido. Enquanto isso não acontece, a gente vai continuar vendo as carretas e caminhões pesados transitar nas ruas centrais da cidade, quando em outras administrações eles seriam proibidos sob pena de multa pesada para aqueles que causassem tal infração.

Toda a entrevista demorou cerca de duas horas. Ao término da reunião o prefeito agradeceu a presença de todos. Em seguida retornei para a Câmara onde havia deixado minha bicicleta. E de lá para casa.