quinta-feira, 7 de abril de 2011

GALEGO, A FERA FERIDA

Na semana passada o vereador Ronald Fernandes, o Galego, fez uma perambulação pelas três emissoras de Rádio da cidade buscando se explicar e arrumar desculpas plausíveis para o rolo em que se encontra metido até o pescoço. Nesta sabatina, o vereador respondeu às indagações dos radialistas a respeito das acusações que pesavam contra sua pessoa através da CPI da Câmara Municipal, onde reclamou à torto e à direito das informações desencontradas que tem chegado à imprensa e insinuou-se vítima de perseguição por parte de alguns vereadores.

Sem o mínimo de “metié” no traquejo político e com alta carência de jogo de cintura, Ronald Fernandes quanto mais falou, mais se enrolou. Acusou vereadores que “só recebem para objetivar suas funções para atrapalhar quem trabalha”. Disse que o objetivo destes vereadores são outros, mas que por ora prefere manter-se calado a respeito e no auge de acusações contra seus pares, vaticinou que tem muita bala no gatilho e que sabe de muitos “podres”. Mais: advertiu que a depender do resultado desta CEI, poderá atirar coliformes fecais no sistema de ventilação da Câmara. Quando indagado sobre a questão de suprimento de fundos que consta do bojo do processo da CPI da Câmara, e que apontou denúncias de compras feitas na Comercial Ana Rita, primeiro concordou com o repórter dizendo ser verdade que “algumas compras se realizaram na “nossa” empresa”. Em seguida procurou consertar dizendo que a “nossa” empresa não era mais “nossa” e sim que pertencia à sua esposa.

Ora, se a tal Comercial não pertence ao vereador, qual seria a sua ocupação naquele comércio? É o gerente, o balconista, o office-boy ou apenas “está de olho na butique dela”? Querer nos convencer que não tem nada a ver com a Empresa neste momento, é mesma coisa que dizer que o claro é escuro, que o dia é noite e focinho de porco é tomada. Quanto ao suposto dossiê que diz possuir sobre um mar de lama que envolve alguns membros do Legislativo, Galego acabou pecando pela falta de decoro ao expor ao escrutínio público toda a Casa de Leis. Parece não saber o vereador, que qualquer cidadão que possua informações sobre ilicitudes tem o dever ético de denunciar ao MP ou à Polícia Federal. Agora dizer que possui informes sobre falcatruas, mantendo-os secretos, é uma conduta imoral que se assemelha à chantagem. A chantagem e a ocultação de informações são irmãs siamesas da corrupção.

Hoje sem nenhum respaldo político, o vereador Ronald Fernandes é tido por alguns de seus pares, como um zero à esquerda e encontra-se isolado no “Bloco do Eu sozinho”. Altamente suscetível às críticas, o vereador conseguiu abrir as portas de seu inferno para tudo e para todos. Esteve criando atritos com a imprensa local, chegando a tachar a maioria dos veículos do ramo de vendidos e que estariam a serviço de políticos para lhe atacar. Ameaçou de morte um colega vereador, conforme boletim da DPC. Já discutiu com o público presente no Plenário da Câmara e hoje suas credenciais nas decisões de relevância daquela Casa de Leis são de muito baixo impacto.

Estes tipos de tricas e futricas, desgastou tanto a imagem do ex-atuante vereador que hoje ele tem vergonha até de defender o povo de Guajará-Mirim contra os desmandos da atual Administração Municipal.