sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SOLUÇÕES E NÃO DIAGNÓSTICOS

Com muita gente dando palpites e lançando mão de diagnósticos até não mais parar sobre a situação calamitosa em que se encontra nosso município e com uma porrada de porta-vozes da sucursal de Satanás nesta cidade que anunciam sandices e disparates sob forma de torpes vaticínios de que neste momento a irresponsabilidade e o descaso com a coisa pública atinge um clímax e em que também já se pode observar às claras que em todos os setores da administração municipal é a mesma falta de critérios, levando a cidade ao caos, faz-se mister que busquemos soluções e sugestões pragmáticas com extrema urgência para Guajará-Mirim. Propostas para tudo. Desde como criar novos atrativos turísticos que gerem divisas e empregos para o nosso povo até incentivos e incrementos para a alavancagem do nosso comércio local que hoje se encontra – ipsis literis – às moscas.

Se fôssemos somar a montanha de dinheiro que se tem gastado em congressos, simpósios, seminários, e estudos sobre a nossa situação e no quanto faturam os artífices, organizadores e mentores desses projetos de reflexão só para dizerem o que todos nós já sabemos: que estamos no fundo do poço, que não há luz no fim do túnel, que estamos lascados e precisamos sair deste marasmo investindo em cultura, turismo, comércio, agronegócios, indústrias, e que para isso seja possível temos que procurar fomentar uma paz social e estabilidade política estancando de vez a cultura corrupta do toma-la-da-cá daqueles que nos governam, buscando cimentar um consenso interno que nos dê garantias de dias melhores; é claro que a bufunfa que se gasta nestas reuniões de ensebados que querem nos enfiar goela abaixo tamanhas teorias e receitas, já dava para resolver grande parte dos nossos múltiplos problemas.

Sim, pois para quem não sabe, aqui em Guajará-Mirim se gasta quase que todos os meses uma porrada de grana com esses tipos de eventos. E haja sociólogos, doutores, políticos interesseiros, intitulados PHDs da nossa realidade social que, computadores ou notebooks debaixo do braço, celulares à mão, internet, fax, telex, rádio-telégrafos, sinais de fumaça, carros último tipo, hotel e restaurantes pagos, secretárias boazudas e assessores de porra-nenhuma que tomam nota da nossa situação e acabam fazendo novos diagnósticos da quadratura do círculo que envolvem nossos obscuros meandros sociais e econômicos.

Guajará-Mirim está precisando em caráter de urgência urgentíssima de soluções cabíveis para a ampla gama de coisas erradas que se efetuam nos dias de hoje em nosso “frontier”. Propostas sérias, honestas, claras e concretas. Acho até que deveria haver uma secretaria ou chefatura de alguma coisa sob jurisprudência desta administração com o objetivo de receber propostas e sugestões da população com um letreiro bem na entrada: “Proibido apresentar diagnósticos”.

Isso, por si só, já iria definir os rumos da dita repartição que com toda certeza não ia ter concorrência partidária e muito menos funcionários recomendados. Haveria sim, um reduzido pessoal da gente dita normal, avisada para detectar intervenções fracassadas da Alcadia Municipal ou até receitas bonitas mas sem fundamentos, o que iria garantir que este correio popular não se converta em um simples depósito de papéis.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CLUBE HELÊNICO LIBANÊS PEDE SOCORRO

Com sua localização nas cercanias do antigo centro nervoso de Guajará-Mirim à época em que “corria dinheiro” nesta cidade, o Clube Helênico Libanês, que em décadas passadas abrigou os grandes bailes dançantes, coquetéis e encontros, hoje amargura dias de abandono e desleixo por parte de seus responsáveis e associados. Com sua fachada envolta pelo matagal, buracos no forro e restante prestes a desabar, cobertura com telhas quebradas, madeirame deteriorado pela ação de sol e chuvas ocasionais, muros caindo aos pedaços, estrutura com rachaduras e faltando portas e janelas que foram levadas por meliantes que ocupam o local à noite para praticar diversos ilícitos, o antigo casarão hoje nada mais é do que um espectro de si mesmo.

Fundado em fins dos anos 50 por uma associação composta de famílias de descendência grega e árabes que chegaram junto com a fundação da cidade, o Clube Helênico Libanês era tido como o cenário das grandes festanças da sociedade guajaramirense. Aconteciam naquele salão o baile do Réveillon, a festa do Hawai, os bailes de carnaval, a festas das bruxas, o baile das máscaras, festa da fantasia, bodas festivas, festas de debutantes, desfiles de moda, além de celebrações de aniversários e casamentos. Nos meados dos anos 80 o clube esteve fechado para uma reforma que até hoje não aconteceu. E o fato é que hoje esta arena se encontra ao Deus-dará.

Embora sempre marcado pelo segmento com menor poder aquisitivo da sociedade pelo rótulo de clube de elite ou de “gente metida”, o Clube Helênico, pelo seu passado, faz parte do cenário, história, cultura e tradição de Guajará-Mirim. Aliás, este mesmo segmento da sociedade que hoje se indigna com o seu atual estado de penúria e abandono.