quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

QUE 2.010 SEJA BEM-VIND0!

Às vésperas do término do ano de 2.009, uma sensação de incerteza e vacilo ante o ano que ora se aproxima parece tomar conta de toda a gente de Guajará-Mirim, haja vista estes tempos de infortúnios e discursos vazios de políticos que foi o ano que vai nos deixando. Esta sensação se faz mais presente ainda quando se ouve vaticínios e achincalhes morais na imprensa local de quem empenhou a palavra frente aos palanques para apoiar a atual administração e passados seis meses depois tirou seu time de campo, jogando por água abaixo a tão propagada parceria com o Governo Estadual graças ao tráfico de influência de parte a parte.

Não vamos aqui entrar em detalhes sobre negociatas, acordos de campanha e nem fazer relatos sobre índices, números, porcentagens, datas, diárias e cifras da atual situação. O objetivo aqui é tentar explicar como estão as coisas. E as coisas vão muito mal. A nossa situação política e social é um quebra-cabeças sem tamanho, tanto é que se duvidar vai ser bem capaz da gente repetir mais um ano de sobressaltos.

Nossa cidade está cheia de carências básicas. Existe em Guajará um grande “apartheid” social que muito difícil será extinto. Perspectivas econômicas não existem. Aqui ou se trabalha no comércio ou então no serviço público. Afora isto existem outras fontes de trabalho regiamente pagos mas nem sempre dignificantes, entre elas o comércio informal ambulante e o tráfico de drogas. Muitos pais desesperados, ao se verem diante da miragem desses espectros negativos, são obrigados a mandarem seus filhos estudarem fora, muitas vezes sem terem condições para isso.

E os 2.000 empregos que prometeu esta administração? O povo esperançoso vislumbra que em 2.010 deverão sair. Tomara que sim! Mas este povo precisa de melhores argumentos para apelar para a fé e a confiança no futuro, afinal não existe coisa pior que estar desempregado. A pessoa sem emprego não tem dinheiro para nada. E ficar sem dinheiro é a mesma coisa que estar órfão de pai e mãe. Até os próprios amigos evitam tomar cerveja com o sujeito, porque na hora de rachar a despesa, ele nunca paga a sua parte. Isso quando ele não inventa de ir ao banheiro assim que chega a “dolorosa”. Em suma, é foda!

Mas por outro lado, Guajará-Mirim ainda é uma cidade de dois extremos: Num dia a gente acredita que está à beira do abismo, que não há mais solução para os problemas da cidade, que os nossos políticos são todos uns bandos de pilantras e que o povo é mais pilantra ainda por votar nestes safados que vivem de fazer conchavos na calada da noite. No outro dia, somos uma gente alegre, da maior paz, trabalhadora, cheia de esperanças por dias melhores e que vive na mais pacata e maravilhosa cidade do Estado, a Cidade Pérola.

E é esta gente pacata e honesta que deseja que os Poderes Públicos trabalhem no sentido de conjugar esforços para melhorar a investidura sócio-econômica do município em 2.010, caso contrário não haverá motivos para esperar um ano novo de mudanças reais no tocante à melhoras sociais.

Ainda assim, fazemos votos!

sábado, 26 de dezembro de 2009

A VERDADE A VER NAVIOS

Passado quase um ano sob o manto da administração Atalíbio Pegorini, administração esta que teve endosso do governador do Estado e do deputado Miguel Sena e cujo discurso de campanha teve ênfase na filosofia do “Mudar para crescer”, hoje a maioria do povo eleitor desta gestão já deve ter notado que até agora não houve quaisquer mudanças reais ou efetivas na conjuntura municipal. Tudo continua como antes. O sonho virou pesadelo.

Hoje, medindo muito mal a nossa situação, a extensão do nosso fim de poço, a terrível penúria em que a gente se encontra, este estado de abandono e marasmo que se faz pesar sobre todos nós, imagina-se que tudo isso é coisa passageira e que um dia, mais dia menos dia, as coisas irão se encaixar dentro das engrenagens e que os nossos mandantes gerais da cidade irão melhora-la a fim de que o nosso povo esperançoso prospere e seja feliz. Pura utopia. Basta que qualquer um dê uma olhada de lampejo nas roupas surradas que o nosso povo veste, no semblante das pessoas, na fome sentada na mesa da maioria da população sem emprego de nossa cidade, na cara dos bêbados e seus porres cada vez mais amargos, nas lojas vazias, comércio parado, na própria cidade morta, nas queixas das massas, nas reivindicações das associações e nas promessas dos demagogos para enxergar que é praxe comum dos que regem o Poder não dar nada sem receber algo em troca.

A nossa educação está falida, a saúde está um caos, as nossas ruas estão às escuras e sem sinalização, a nossa malha viária, devido aos inúmeros buracos, faz com que qualquer percurso feito em carro, moto ou bicicleta seja uma verdadeira aventura. E agora com a chegada do inverno serão necessários pelo menos seis meses para que se estabeleça a troca regular de ordens e relatórios, sem o qual a secretaria de obras e seu atrapalhado secretário só poderá atuar de maneira paliativa. Enquanto isso a paralização dos transportes nas estradas vicinais desorganiza o abastecimento de bens de consumos e matérias primas, sejam de ordem pecuária como laticínios e outros víveres, assim como de manufaturas como farinha e carvão vegetal.

O problema é que ainda paira no ar cultural da nossa gente guajaramirense aquele sossego de espírito, aquela psicologia do silêncio diante de tantos descalabros. É preciso falar em alto e bom som, encontrar as pessoas e atenta-las para o sufoco em que estamos metidos até o pescoço por causa dos desmandos da atual administração, se extasiar, se abrir com as pessoas diante dessas perspectivas negativas que se aproximam, faze-las sair desta hipnose das ilusões às custas de falatórios de palanque que resultou neste mal-entendido. É preciso reagir ante este estado de coisas.

Se falo em reagir, estou falando no potencial do nosso município, no valor de sua gente, no patrimônio moral de Guajará-Mirim. Essa atual administração foi um acidente de percurso. É preciso ter consciência disto. Guajará-Mirim perdeu o bonde da história e a retomada do progresso não se dará se antes não se expurgar este bando de inoperantes do Poder Municipal. 2.000 empregos podem ser gerados se existir planos e projetos em forma de política econômica e industrial que possam impulsionar de forma comercial a economia local.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CÍCERO NORONHA DISCURSA NO CONGRESSO NACIONAL E DEFENDE ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO

Definir critérios e prioridades e estabelecer metas e propostas com o objetivo de dar maior consistência ao elo de ligação que deve existir entre Câmara, Prefeitura e Associação Comercial; estas seriam, segundo o publicitário Cícero Noronha, as diretrizes em que os Poderes públicos deveriam se apoiar a fim de impulsionar a economia do município e conseguir com que Guajará-Mirim atinja o tão sonhado zênite comercial. O publicitário, que também é porta-voz da Associação Comercial de Guajará-Mirim, esteve recentemente em Brasília juntamente com o presidente da Câmara de vereadores, Célio Targino e o prefeito Atalíbio Pegorini participando de audiência pública para desenvolvimento da Amazônia Legal.

Neste encontro, Cícero pôde fazer uma exposição minuciosa no Congresso Nacional acerca dos problemas e empecilhos que dificultam o progresso da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim e apresentou às autoridades do Parlamento da capital federal sugestões e reivindicações em busca de soluções viáveis para a atual situação de marasmo comercial que vive a Cidade Pérola. “O que tem se observado nestes 20 anos da instalação das áreas de livre comércio em toda a Amazônia é que elas, à exceção de Manaus, não tem funcionado da maneira como foram propostas. Há 20 anos sob os ditames da Suframa, não houveram quaisquer incentivos no que se refere à política cambial, infra-estrutura, meio-ambiente e turismo. Então tudo isso precisa ser revisto”, disse Noronha.

O simpósio, intitulado Comissão da Amazônia, que ocorreu entre os dias 08 e 10 de dezembro, reuniu entidades ligadas ao comércio da Região Norte e foi presidido pelo deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO). A representação de Guajará-Mirim espera que as autarquias ligadas ao Governo Federal se sensibilizem no sentido de rever o papel das áreas de livre comércio e atender as propostas em questão.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

DEPUTADO LEBRÃO CONVERSA COM DOM GERALDO E EXPLICA MAL ENTENDIDO

Por volta das 17:00 horas da última segunda-feira (14) o bispo diocesano da paróquia de Guajará-Mirim, Dom Geraldo Verdier recebeu o deputado estadual Eurípedes “Lebrão”, que esteve nesta cidade somente e unicamente com o intuito de pôr fim de uma vez por todas à um festival de informações desencontradas que de tanto que se arrastou, acabou se distorcendo de forma a desvirtuar ou desgastar irresponsavelmente tanto a imagem do político como a do eclesiástico.

A reunião foi a porta fechadas, mas segundo a assessoria do deputado, as conversações se desenrolaram sob o signo das boas intenções e espírito de conciliação de parte a parte. Em entrevista concedida via telefone à Rádio Educadora no dia seguinte o deputado Lebrão esclareceu que nunca houve da parte dele qualquer tipo ofensa ao clérico episcopal de Guajará-Mirim. “Seria uma calúnia muito grande, uma irresponsabilidade sem tamanho dizer tanta asneira, tamanho disparate. Quem me conhece sabe que jamais eu iria cometer tamanha sandice contra esta figura imaculada que é Dom Geraldo”.

Nesta entrevista, Eurípedes “Lebrão”, que na ocasião declarou-se católico fervoroso, disse não ter nenhum tipo de divergência com o Pároco e que estar muito triste com a repercussão de um boato que, segundo ele, pôde ter sua fase embrionária dentro das picuinhas políticas que parecem ter tomado de conta do cenário, haja vista as eleições de 2.010. Ainda nesta matéria o deputado enalteceu o trabalho do Bispo Dom Geraldo em quase quarenta anos de vida ecumência na fronteira Brasil-Bolívia. Em vistas de tais trabalhos sociais, o deputado finalizou a entrevista dizendo qiue acha que já deveria ter sido erigida uma estátua em homenagem a Dom Geraldo a fim de perpetuar a magnitude de suas ações no Vale do Guaporé.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

VEREADOR DENUNCIA SITUAÇÃO PRECÁRIA EM POSTO DE SAÚDE

Atendendo à reclamações de funcionários e usuários, o vereador Francisco Quintão (PDT) esteve na manhã da última quarta-feira (02) visitando o Posto de Saúde Carlos Chagas a fim de constatar “in loco” a falta de estrutura hospitalar adequada nesta unidade médica. A começar pela fachada do prédio, que já é o primeiro indício de que esta construção precisa de uma reforma urgente, as paredes externas e internas do posto estão com mofo, o piso está todo quebrado, o que tem causado quedas e arranhões em pacientes, o forro precisando de reparos, os arquivos estão em situação precárias e várias salas estão com o Ar condicionado danificados ou em reparos. O único setor que está funcionado a contento é a sala de vacinação, isto porque a enfermeira responsável resolveu reforma-la com dinheiro do próprio bolso.

Em conversas com funcionários da casa, o vereador obteve informações mais acuradas sobre as condições de trabalho do Posto de Saúde. Em tom de desabafo um servidor federal à disposição do município reclamou: “Aqui não há nada, falta gaze, esparadrapo, atadura, mertiolate, pomada, não há desinfetante, os vasos do banheiro estão uma imundície só e com coliformes até as tampas. Isto tudo aqui fede! Não há condições de trabalho, tem que derrubar tudo e construir um novo posto”.

A diretora do Centro Médico, Jocinete Aguiar disse ao vereador que afora os itens de primeiros socorros, não há falta de remédios na farmácia básica e que o único problema é a falta de estrutura do prédio. Francisco Quintão prometeu que vai requerer junto ao Poder Executivo em caráter de urgência uma completa reforma no Posto de Saúde.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A BEM DA VERDADE...

Causou rebuliço nos últimos dias o qüiproquó acerca de um suposto discurso do deputado estadual Eurípedes “Lebrão” nas cercanias da cidade de Costa Marques e cujo teor continha ou poderia conter invectivas, heresias e impropérios contra a eclesiastia maior da Paróquia de Guajará-Mirim, Dom Geraldo Verdier. A repercussão do caso foi de tamanha celeuma que levou muita gente do meio midiático e do fervor da idolatria da religião a se instaurar contra a hipotética atitude do ilibado deputado. Houve até caso de gente que a partir de pressupostos “a priori”, nem sequer mediu conseqüências ao manejar a caneta e já partiu com tudo o que tinha direito para uma espécie de Jihad xiita ou guerra santa bem ao estilo dos radicais do Islã, satanizando a figura do deputado.

Mas a coisa não é bem assim. Sempre há que existir dois pesos e duas medidas para tudo o que é público e que deve ser levado à superfície. Em conversas com a assessoria do deputado Lebrão, este colunista pôde obter informações dignas de parecer judicial e que só condizem com a verdade dos fatos. Em primeiro lugar, conforme o próprio deputado já disse à imprensa do restante do Estado, não houve em nenhum momento qualquer tipo de ataque pessoal ao cura diocesano Francês que atua em Guajará-Mirim. Em segundo lugar, houve sim, uma reunião do deputado Eurípedes “Lebrão” com representantes de 1.200 famílias de moradores assentados pelo Incra e que cuja área, algumas Ongs suspeitas querem transforma-la em reserva indígena. Isto é fato.

Inconformado com esta situação e sensível aos anseios e reclamos por cidadania destes setores identificados, e que achavam que as normas propostas por essas missões eram indignas e desrespeitosas, o eminente deputado resolveu reunir a população daquela aldeia buscando uma forma de soluções fecundas, tendo em vista que não se pode negar um histórico de reivindicações em busca de igualdade, respeito, oportunidades e reconhecimento à propriedade dentro do âmbito de direitos e deveres do que manda a constituição.

Acontece que nestes tempos que precedem as eleições que estão por vir, uma indústria de fofocas e tititís começam a aparecer com vistas a enfraquecer ou anular a imagem deste ou daquele candidato que de uma maneira ou de outra vai tomar posições no ranking das disputas políticas. É aí que a pxxrra da inveja de outros candidatos, da ciumeira, da perda daquele eleitor que resolveu se bandear para outro candidato que achava melhor aparece com todas as nuances. E daí também que alguns candidatos com menos pontos no Ibope resolvem apelar para artifícios nem sempre condizentes com a honradez que pregam em seus falatórios.

Não convém aqui citar nomes, mas também está muito claro que nestes falatórios não existe nada que exija uma profunda análise conceitual. Está muito claro também que este tipo de gente que se utiliza desses métodos, é um tipo de pessoa que se arrasta num plano baixo e material de existência. Este tipo de gente faz muita questão de colocar estas distorções apenas para apreciar a falação que vai se desenrolar neste balcão de discussões, sem a obrigação de dizer o que pensa, pois o que pensa é nada. E isto é notório.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SEGUNDO MANIFESTO NA MESA DO BAR SOS

Tendo em vista o número de críticas tanto contra como a favor do artigo “Manifesto na mesa do bar” resolvi dar mais uma queixadinha. Afinal de contas, a função do jornalista crítico é guiar o povo e não ludibria-lo para manter o status-quo, que interessa apenas para alguns canalhas, egoístas e dissimulados. Sim, me refiro aqueles que abandonam seus valores e convicções em troca de prestígio e bufunfa.

Diferente de muita gente, inclusive amigos que considero pacas, não sou desses que ficam se preocupando se o Barrichelo vai ultrapassar o Kimi Raikonen, se a seleção do Brasil vai vencer o sub-17 lá na casa do “Crica” ou se o carro do fulano é mais moderno que o do sicrano. Meu negócio é política, politicagens, cerveja, tira-gosto e boas conversas.

Tenho notado já há algum tempo que a caterva tucana e os bandidos da mala preta a serviço do capital mundial tentam desestabilizar tanto o governo do PT como a vanguarda da esquerda de modo geral. É preciso que se diga que o PT nunca continuou o governo FHC, tanto é que o povo hoje com um salário mínimo compra duas vezes mais o que comprava naquela época. Hoje o povo está comendo mais. Isto é público e notório, dispensa prova em juízo.

Também não é preciso um Roubômetro para avaliar quem roubou mais: FHC com a privataria roubou 10.000 vezes mais do que qualquer possibilidade de desvio do Governo Lula. Tivesse ainda FHC no poder, com certeza a Petrobrás hoje já teria virado American Oil. PSDB: Pornô State Dilapidêite Bíusines. Paus e xoxotas no puteiro da mercância.

Meu amigo César Moretti, perito da Polícia Civil, há algum tempo me perguntou sobre um ex-colega de copo: “Me diz uma coisa, esse teu chegado é PSDB?”. Respondi: “Vamos ter que dar um desconto, o rapazinho nunca teve o engajamento político que nós tivemos. Conheceu política depois que se enturmou com a gente, daí que para se sentir seguro resolveu optar por uma bandeira sem nenhum ideário”. “Mas que toupeira”. disse o perito. “Acho que é tucano”.Corrigi.

Conheço dois tipos de tucanos. Quando vou ao Pacaas Novos costumo ver uns aqui e ali trepados em cima das árvores à espreita. Um outro tipo de tucano a gente vê quando visita o Itaúba Hotel lá na Bolívia. Mas estes estão enjaulados no mini-zoológico que dispõe este balneário. A metáfora explica: quando não estão em cima do muro à espera da melhor chance de tirar proveito, os tucanos estão atrás das grades. Ou pelo menos deveriam estar.

Alvíssaras: o Papa da piscicultura em Guajará-Mirim Toninho Nogueira, depois da ascensão de Acir Gurcacz ao senado, deverá apoiar a candidatura de Rodrigo Nogueira nas próximas eleições municipais. Não que tenha alguma coisa a ver com progênie, DNA de filiação, grau de parentesco, herança espermática, mas sim com a filosofia epistemológica da razão critica. O príncipe-beirense Dr. Célio Targino, que conseguiu levantar uma bandeira positiva na Câmara poderá fazer dobradinha com o garoto-prodígio. Ah Toninho, me emprestas aí 20 pratas...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A IMPRENSA PRECISA SER RESPONSÁVEL

Parece que tem-se tornado lugar-comum em nossa cidade, coisa pra lá de batida, alguns meios de comunicação, darem guarida para pseudos-jornalistas e “traíras” da classe, paridos não se sabe de onde, que de maneira rasteira e sub-reptícia se infiltram nas esferas dos Poderes em busca de informações para depois usa-las como moeda de troca. Não de modo geral também existem aqui e ali respingos na nossa imprensa que tentam desmoralizar a Câmara de Vereadores e seus representantes. Parece que está aberta uma campanha mal disfarçada de difamação e desinformação acerca do Poder Legislativo nunca antes vista em nossa cidade.

Maquiavel dizia que “quando se quer desmoralizar alguém basta aumentar os defeitos e esconder as virtudes. Mentiras, calúnias e difamação também ajudam...”. Segundo estes fazedores de notícias, recai sobre a Câmara Municipal toda a culpa e responsabilidade pelo fato de a cidade estar vivendo o atual estado de caos, penúria e abandono, quando todo mundo sabe que Guajará-Mirim está nesta situação de desespero somente e unicamente por causa da inoperância e dos desmandos da chefia geral do Palácio Pérola.

Esquecem ainda os boquirrotos que à Câmara compete apenas trabalhar as leis da cidade, fazer projetos que beneficiem a população, fiscalizar os atos do Poder Executivo, ouvir os reclamos do populacho e reivindicar seus interesses e denunciar eventuais safadezas políticas que possam vir a ocorrer em todas as esferas do Poder. Não compete à Câmara a tarefa de tapar buracos, sinalizar as ruas, encascalhar e asfaltar as vias públicas, colocar lâmpadas nos postes, cuidar dos doentes do Hospital Regional, prestar atendimento nos postos de saúde, serviço de assistência social, coleta do lixo etc... Estes serviços são exclusividade da Prefeitura. Portanto é preciso que a nossa imprensa se preocupe mais em relatar os fatos sem deturpar a notícia, pois quando a imprensa começa a tomar partido de forma suspeita, algo de podre cheira no ar.

Este tipo de tática de tentar ludibriar o povo com informações que não tem nada a ver, ignorância acerca dos fatos, desconhecimento de causa, distorção da informação com objetivos não explícitos ou então uma mistura de toda essa sujeira jornalística pode resultar num tiro pela culatra. Não se chega a lugar nenhum com este tipo de golpe de Estado que parece estar em voga hoje e que praticam alguns membros do nosso jornalismo. Um bom jornalismo precisa estar aberto para o debate honesto e construtivo que busque visar o bem estar social da cidade. Tem que estar aberto às divergências de opinião e ao pluralismo de idéias no marco do debate público e não na perspectiva abrupta de arrancar comodities financeiros a qualquer custo deste ou daquele poder político.

O caminho então deveria ser o do diálogo e da luta política em termos de construção como reflexo para chegar ao equilíbrio que deve existir entre imprensa e demais poderes. Portanto faz-se necessário discutir o papel da mídia na sociedade a fim de que se acabe de vez com o terreno fértil das distorções e manipulações que alguns inventam para engessar o saudável hábito da discordância.

Sem nenhum ressentimento ou maniqueísmo para com os colegas de profissão.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA PREGA TRANSPARÊNCIA NOS ATOS PÚBLICOS

Em entrevista ao programa Rondônia Repórter da Rádio Rondônia FM na manhã da última terça-feira (24), o presidente da Câmara de vereadores de Guajará-Mirim, Célio Targino, mostrou-se muito à vontade para responder às questões condizentes aos direitos, deveres e obrigações do Poder Legislativo Municipal.

Numa prestação de contas para a sociedade, o presidente da Casa de Leis falou sobre a PEC dos vereadores, justiça eleitoral, metas de trabalho, concurso público da Câmara, Escola do Legislativo, cursos e oficinas para atualização do servidor, repasse de verbas públicas e aplicação dos recursos, diárias dos vereadores, folha de pagamento e relação entre Câmara e Prefeitura.

Sobre as críticas que a Câmara tem recebido por conta de alguns meios de comunicação, o vereador disse que “as críticas fazem parte do processo político da sociedade cuja base está calcada na democracia. Então este questionamento por parte da mídia sobre o trabalho dos vereadores, desde que não esteja provido de despautérios, é salutar, é saudável para o exercício da liberdade de opinião de cada um, mas no que compete às obrigações da Câmara, gostaria de salientar que estamos sim, todos os vereadores, fazendo a nossa parte”.

Sincero em suas palavras, franco e aberto em suas respostas e seguro em suas considerações, o presidente do Legislativo ainda enalteceu o papel da imprensa em sua atuação pertinaz de cobrar dos poderes posturas condizentes com suas obrigações. Lembrou que conseguiu a unanimidade de todos os vereadores na Câmara graças a um trabalho austero, com amparo no que manda a constituição e voltado para o bem comum do povo de Guajará-Mirim. “Hoje o povo de Guajará-Mirim pode ter certeza que a nossa Câmara, apesar das diferenças partidárias está mais aberta para o debate institucional. De todas as Câmaras que participei em todos esses anos de vida pública, com certeza esta é a mais responsável”, finalizou Célio Targino.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

NOVO CHEFE DA FUNAI TRAÇA METAS E PLANOS DE TRABALHO

Há pouco mais de 40 dias a frente do comando da Fundação Nacional do índio (Funai) em Guajará-Mirim, o indígena Joel oronão, 42 anos, natural da Baía da Coca no baixo Guaporé, é o primeiro de sua etnia a assumir um posto de administração deste setor em todo o Estado de Rondônia. Joel conseguiu alçar este cargo “devido a insurgência da população indígena em vistas do caos que gerou a desordem que culminou na saída do último gestor”. Diante desta crise, uma comissão especial de Brasília esteve em Guajará-Mirim para apurar os fatos, e durante as investigações, eis que em conversas com diversos líderes das aldeias subordinadas à Funai, apareceu a indicação do nome de Joel Oronão para exercer o cargo de chefia da entidade nesta cidade.

A eclosão da crise que motivou a insatisfação geral dos povos da floresta com os atos da última administração resultou na bonança de Joel Oronão. Agora o novo administrador já começa a desenhar projetos e propostas que pretende implantar de imediato e a longo prazo em sua gestão: “Meu principal objetivo enquanto gestor desta instituição será me dedicar em tempo integral à solução dos mais graves problemas que afetam a população indígena, tanto na área de saúde, como na de educação e programas sociais como saneamento e água tratada para todas as aldeias e também lutar pelo esporte, lazer e entretenimento de todos os nossos povos”, disse Oronão.

O novo chefe do departamento indígena disse ainda que vai pressionar o Governo Federal para aumentar as verbas para os programas de saúde, brigar por postos com médicos e enfermeiros capacitados e por um barco hospital em tempo integral. Joel também pretende reivindicar a inclusão digital (Internet) em todas as escolas e lutar para que estas tenham estudos tanto de 1º como de 2º graus. No quesito transportes, Oronão vai requerer melhorias no sentido de escoar os produtos das aldeias para a cidade sem que os mesmos cheguem a se estragar pela falta ou lentidão no serviço.

Muito à vontade em sua nova empreitada, Joel Oronão finalizou a entrevista dizendo que vai reivindicar por recursos para implementar novas técnicas de cultivo para garantir a subsistência dos povos das aldeias e lutar para que estes tenham mais atividades culturais tais como as Olimpíadas das Selvas, campeonatos inter-aldeias, construção de ginásios poliesportivos etc. “Vou ter que brigar junto aos órgãos públicos lá de Brasília e até do Banco Mundial, se for preciso, para dar maior liberdade para desenvolver as atividades econômicas e culturais em nossas tribos com o intuito de progredir e prosperar”, conclui Oronão.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA RECEBE VISITA DE GUAJARAMIRENSE ILUSTRE

Nascido em Guajará-Mirim de onde saiu em 1.979 a fim de completar seus estudos, o vereador tucano da cidade de Curitiba Francisco Garcez esteve sexta-feira (13) às 10:00 horas da manhã na Câmara Municipal desta cidade onde conversou com o vereador Célio Targino na sala presidencial desta Casa de Leis. Eleito no último pleito municipal com 10.220 votos, Garcez se fez acompanhar nesta entrevista pelo Dr.Igor Cordeiro, assessor jurídico da Câmara de Vereadores da capital do Paraná, também filho de Guajará-Mirim.

Nesta reunião ambos puderam debater idéias e agendas comuns. Conversaram sobre a situação política do município, eleições, potencial turístico, Área de Livre Comércio, eventos setoriais com fins rentáveis e vantagens e desvantagens da posição de Guajará-Mirim em relação às cidades da BR. O presidente da Câmara guajaramirense lembrou que Guajará-Mirim já chegou a ter dois deputados na Assembléia do Estado e que há pelo menos três legislaturas que não consegue eleger nenhuma representação autóctone. O presidente também salientou que “o problema maior pelo qual passa Guajará-Mirim hoje se deve às ultimas administrações que passaram pela prefeitura e que não tiveram nenhum compromisso com a cidade, a não ser com os seus próprios interesses e de apaniguados políticos”.

Ambos concordaram que uma solução viável para tirar Guajará-Mirim do atual estado de marasmo pelo qual passa, seria impulsionar a economia do município através de incentivos fiscais, doação de grandes áreas e terrenos para que empresas e indústrias se instalem na cidade a fim de proporcionar um grande número de empregos diretos e indiretos, investir mais em eventos culturais e fazer um chamamento à população para que ela se conscientize de que o turismo é uma coisa muito boa para a cidade e por isso é preciso tratar bem o turista. “Hoje a economia de nossa cidade é toda baseada no contra-cheque, mas toda vez que acontece um evento de grande proporção, você vai poder observar que a cidade fica lotada. E todo mundo ganha com isso, desde hotéis e restaurantes até o serviço de Táxi e carrinhos de pipoca”, disse Célio Targino.

O vereador do PSDB da capital do Paraná esteve na Cidade Pérola à convite de Igor Cordeiro por ocasião do 8º Encontro dos Amigos de Guajará-Mirim. Francisco Garcez participou de vários ensejos na cidade e prometeu voltar na próxima edição do evento.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

OS SONHOS MORREM PRIMEIRO

Guajará-Mirim passa hoje por um grave momento político. Depois de assistir a ruinosa gestão do ex-prefeito Dedé de Melo, achava-se que o pesadelo passaria com a eleição do novo prefeito. Ledo Ivo engano. Elegeu-se Atalíbio Pegorini para “Mudar para crescer” e tudo continuou como deixou Dedé de Melo ou talvez pior do que estava antes. É o que hoje todo mundo na cidade fala em qualquer boteco, em qualquer lugar. Como o prefeito anterior, o novo prefeito parece que também resolveu perpetuar uma coisa na vida pública que o grande público desconhecia de sua vida privada. A falta de escrúpulos, a enganação, as desculpas esfarrapadas, a omissão e a inoperância. Um estupro na moral, na ética e na história do povo de Guajará-Mirim.

Todos sabemos que nossa cidade está repleta de problemas que nem se faz necessário enumera-los, o tanto que a gente sabe, conhece e sofremos com tal situação. Agora uma coisa há que ser dita: o prefeito, quer queiram quer não, é o mandante maior da cidade, encarregado entre outras coisas de executar acordos, ditar os rumos que a cidade deve tomar sob seu comando a fim de melhorar o bem estar social do povo, a saúde, a educação, o serviço de limpeza, a questão do trânsito e administrar com seriedade as finanças do município. A questão essencial é que a cidade hoje está numa “arapuca” com essa estrutura do poder que se instalou. Das duas uma: ou essa estrutura desmorona ou esse desgoverno vai se perpetuar.

A cidade não deve ficar parada vendo o tempo passar e nada acontecer. A população que votou tem a obrigação de cobrar. E cobrar tudo o que foi dito nos palanques durante a campanha. Hoje o povão que deu 7.000 votos para esta administração anda na rua com cara de otário por ter acreditado que seu candidato seria o menos mentiroso que os outros. Outro engano. Quando se trata de poder e de grana a amnésia se instala e logo logo eles esquecem as promessas de campanha, só voltando a lembrar na época das eleições que ainda estão por vir.

Aí é que eu pergunto: por quê em vez de estar sempre em viagem à Porto Velho para se reunir com meia dúzia de pessoas para fazer nada, o prefeito não vai visitar o Hospital Regional e os postos de saúde que estão ao abandono, inclusive com gente morrendo por falta de atendimento, como foi o caso do passamento do irmão do radialista Ricardo Vilhegas?

Portanto é chegada a hora de sair a luta, temos uma cidade pra cuidar e que agora está em completo abandono. Nossas ruas estão cheias de buracos, nosso hospital não tem atendimento digno, os nossos jovens não têm perspectivas e os velhos também não, estamos vivendo a maior crise moral de todos os tempos. Guajará-Mirim, a nossa querida cidade Pérola acorda todos os dias com um gosto de derrota na garganta. A nossa antiga e próspera Guajará agora parece uma cidade fantasma.

Desculpem-me meus amigos pelo desabafo, mas este desabafo é uma coisa que a constituição me permite. O mínimo que espero com isto é que as entidades responsáveis pelo andamento do “stablishment” ao menos dêem ouvidos às questões em protesto. A historia tem nos mostrado que quando isso não acontece, lamentáveis situações se fazem vivenciar...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

COLETIVA À IMPRENSA

A convite da Srta. Joseana Cavalcante, relações públicas da prefeitura de Guajará-Mirim, foi que semana passada tive a satisfação de participar de uma coletiva que o prefeito Atalíbio Pegorini concedeu à imprensa desta cidade. Na ocasião, a “promoter” me disse que o prefeito queria conversar com a classe de jornalistas locais a respeito de assuntos de grande relevância para a cidade. Aceitei o convite por dois motivos: primeiro pelo interesse público e em defesa dos interesses maiores de Guajará-Mirim. E em segundo, para ver se punha de vez uma pá de cal em algumas farpas e escaramuças em forma de fatos que esta coluna publicou e que já estão pra lá de batidas.

Nesta reunião o prefeito falou sobre suas propostas, metas de trabalhos e planos de governo que ele e sua equipe técnica mantém em sua prancheta. Confesso aos amigos leitores que me vejo obrigado a concordar que são verdadeiras obras primas; isto, seria mister realçar, se fossem postas em execução. Mas não há como negar que na teoria há muita coisa boa em fase de estudos em sua gestão, inclusive podendo ser melhorada, inovada e continuada. Mas na prática, o que se viu até aqui é que a teoria não funcionou.

Quando alguém lhe indagou sobre o atraso no pagamento dos servidores municipais, em bom economês o prefeito explicou que tão logo a arrecadação das finanças públicas volte a ter um superávit de receitas dentro da espiral da planilha de orçamento e os recursos do FPM estejam mantidos dentro dos níveis normais da renda “per capita”, a prefeitura iria ter uma maior folga de meios para colocar em dia a folha de “pro labore” do funcionalismo municipal. Em língua de gente, o prefeito Atalíbio quis dizer que Guajará-Mirim estará para sempre condenada a ver sua economia estagnada por causa das modestas cotas do fundo de participação, cujos recursos servem apenas para oxigenar a folha de pagamentos. E nada mais. Isto, anotem aí, é a mesma coisa que condenar toda uma população à pobreza na autonomia. Em suma, estamos todos lascados pelos próximos 20 anos.

Fiz-lhe duas perguntas: uma sobre quando ele pretendia pôr em prática suas promessas de campanha e outra sobre que políticas públicas o prefeito teria em mente para melhorar a situação do nosso caótico trânsito. Em relação a primeira, em vez de ir direto ao assunto e dizer que iria ao menos tentar buscar os mecanismos necessários, o prefeito preferiu tergiversar sobre a crise mundial, que segundo seus critérios, seria fator gerador da falta de investimento nos diversos setores da administração. Quanto à questão do trânsito, nosso alcaide disse que independe da prefeitura tomar as rédeas da situação e que caberia a ela somente requerer aos órgãos técnicos a nível estadual uma completa ação laborial neste sentido. Enquanto isso não acontece, a gente vai continuar vendo as carretas e caminhões pesados transitar nas ruas centrais da cidade, quando em outras administrações eles seriam proibidos sob pena de multa pesada para aqueles que causassem tal infração.

Toda a entrevista demorou cerca de duas horas. Ao término da reunião o prefeito agradeceu a presença de todos. Em seguida retornei para a Câmara onde havia deixado minha bicicleta. E de lá para casa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A FUNDOS PERDIDOS

Essa é de lascar: a concessão do crédito adicional na suplementação de fundos com percentuais de 3 por centos que a Câmara de vereadores liberou após as conversações de praxe ao Poder Executivo parece que não estava a contento do que almejou Vossa Senhoria, o prefeito Atalíbio Pegorini e parte de seus asseclas. O chefia da prefeitura pretendia em sua proposta ao legislativo fechar um resgate de 20% do orçamento total de R$ 37 milhões de reais, mais ou menos 7 milhões de reais, mas teve mesmo que se contentar com os R$ 1,1 milhão que os vereadores puderam autorizar.

Segundo se pôde apurar, a medida proposta pela Alcadia não obteve o malfadado êxito pela falta de justificativas quanto á aplicação dos recursos, fato este gerador de suspeitas no meio edílico. Um vereador mais exaltado resumiu: “É muito ruim para a cidade quando as pessoas que a governam começam a pensar que o dinheiro público não tem dono e de repente passam a utiliza-lo à seu bel-prazer e sem querer dar satisfações a ninguém. Mas é bom que se saiba que nós estamos cada vez mais vigilantes”.

O que ficou explícito pelas falas de alguns líderes da vereança local é que não existe relação alguma entre a performance da coisa em si e os reais objetivos. É de dar nó nas tripas a teia de gambiarras que se perpetram na Administração Municipal. Mas o pior de tudo é a falta de senso crítico e de bom senso no trato com a coisa pública, ainda mais em se tratando o público como privado e dessa mistura de interesses, acabar agindo em causa própria. É preciso que haja transparência em contas e atos públicos.

Tem gente que me acusa de fazer uso do O Mamoré para agredir pessoas. Mas é só uma questão de enfoque, pois pra mim agressão não se encontra em textos e palavras contra políticos que nada fazem. Para mim agressão de verdade é o que a Administração Municipal promove ao propor à Câmara a cessão de um cheque em branco, é deixar as pessoas à míngua nas filas do Hospital Regional e nos postos de saúde, é permitir que nossos filhos não tenham futuro por não termos uma educação de primeira, o que faz com que muita gente seja obrigado a mandarem seus filhos estudarem fora, agressão é ter que assistir os recursos que poderiam servir para a saúde, educação, encascalhamento e até asfaltamento indo para a boca do lixo, agressão é ver o caos instalado em diversas áreas do serviço público, em especial na saúde, ou vocês não estão vendo o que está acontecendo no Hospital Regional e nos postos? Estão abertos, mas em total estado de calamidade. E isto após 90 dias de intervenção.

O problema é que aqui em Guajará-Mirim o “correto” é ficar todo mundo quietinho no seu canto, não protestar, não acusar, não espernear e nem reagir. Falando o português na lata: não fazer pxxrra nenhuma. Hoje salvo alguns vereadores, não vemos mais as entidades como a Associação Comercial, a Maçonaria, Rotary, Lions e associações de bairros tomarem a frente e pedirem providências. Até agora nenhum líder destas entidades se levantou para reclamar da omissão e inoperância do Executivo Municipal. Claro! Como já foi dito, o correto aqui em Guajará-Mirim é não falar nada, não fazer nada. Parece piada, mas a coisa aqui funciona assim.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TRÂNSITO PREOCUPA VEREADOR PETISTA

Em pronunciamento da tribuna da Casa na sessão ordinária da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, o vereador Roberto de Sá abordou a questão do trânsito na cidade, qualificando-o de caótico e cobrando medidas para que ocorram melhorias no setor. O vereador afirmou que quase diariamente ocorrem acidentes em Guajará-Mirim, ceifando vidas ou deixando-as com seqüelas para o resto de suas existências.

Ele criticou a visível ausência do Estado na questão, principalmente das autoridades de trânsito. Disse que motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres estão entregues à própria sorte. Cobrou melhor gerenciamento do setor como forma de melhora-lo e disse-se favorável a assinatura de um convênio entre prefeitura e Polícia Militar e não se sabe porque até hoje esse convênio não foi assinado.

Em outro trecho de seu pronunciamento o vereador Roberto de Sá disse que a falta de recursos por parte do Poder Executivo Municipal talvez explique mas não justifique a instalação do caos no trânsito de nossa cidade e sugeriu que a prefeitura mantenha contatos junto ao Ministério das cidades em Brasília objetivando de recursos para investimentos na implantação de uma ciclovia e na sinalização das principais vias.

Como forma de buscar soluções para o problema, Roberto de Sá apresentou um requerimento à mesa diretora na Casa sugerindo que a prefeitura mantenha contatos com o Ministério das Cidades em Brasília, pois lá existem recursos para esse tipo de investimento, bastando tão somente a elaboração e apresentação de projetos dentro das normas técnicas e legais.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ORÇAMENTO MUNICIPAL: CÂMARA LIBERA APENAS 3 POR CENTO

Depois de uma ampla discussão, a Câmara Municipal de Guajará-Mirim autorizou a prefeitura a usar apenas três por cento do teto que solicitou na semana passada a pretexto de implementar novos investimentos na gestão da área municipal de saúde dentro da dotação de suplementos de fundos do orçamento municipal.

Segundo o vereador Francisco quintão (PDT) “Os 20% pedidos pelo Prefeito não foram concedidos pela falta de indicadores que justifiquem o destino para quê, para quem, de onde sairiam e para onde iriam os recursos da ordem de R$ 7 milhões”. Ainda segundo o vereador, o prefeito, com esta empreitada pretendia convencer a Câmara a autorizar o remanejamento do teto máximo de 20% do valor global do orçamento do município calculado em cerca de R$ 37 milhões, ou seja, os desejados R$ 7 milhões seriam utilizados sem planilha pré-estabelecida. No entanto a Câmara só concedeu 3 por cento deste orçamento, o equivalente a R$ 1 milhão e cem mil reais.

Para o presidente da Câmara, Dr. Célio Targino, “Caso a estratégia do Prefeito tivesse a chancela da unanimidade dos vereadores, a Câmara estaria assinando um cheque em branco à prefeitura”. Na atual gestão o Poder Legislativo – como nunca ocorreu – tem feito juízo de valor quando se trata do uso indiscriminado de dinheiro oriundo do erário público, “e acabou com a prática utilizada há anos dos dois pesos e duas medidas”, revelou um assessor do alto escalão municipal.

A medida, segundo os vereadores, “não detalhou os fins específicos a que esses recursos serviriam, apenas justificaram no bojo do projeto a origem das fontes, a aplicação do remanejamento a princípio, como a compra de materiais, equipamentos e pagamentos de serviços com aparelhos de raio X, ambulâncias, remédios e outras carências de postos de saúde e do Hospital Regional”.

sábado, 17 de outubro de 2009

MANIFESTO NA MESA DO BAR DO CLÓVIS

Podem até achar que este manifesto não passa de devaneios de um bêbado comunista. Podem até dizer que foi escrito entre a terceira e a quarta cerveja, mas a verdade é que cada dia mais me bate a sensação de que não passamos de meros escravos e lacaios do Poder mundial. O império da falcatrua endolarada atua cada vez mais sobre nós. A gente só vai ser livre de verdade como povo no dia em que a gente conseguir se desprender das amarras da Águia imperial. Afinal, servidão colonial significa impossibilidade de fazer história.

Os “Istêites” não querem ser amigos de ninguém, mas sim temidos, e se possível, pela força de fuzis e napalms. São eles que detém o monopólio da guerra e a supremacia militar. Seu “American-way-of-life” é feito na base do arregaço. A maré montante das gangues americanas é se envolver cada vez mais em conflitos bélicos pelo controle do petróleo moribundo e em fase de extinção. Mas também existe nos anais da Federação do Baixinho Invocado (FBI) e da “Ciaêi” uma tendência irrefreável do deslocamento do eixo geopolítico do Oriente para as florestas tropicais da nossa Amazônia Legal.

Do Alcorão ao Proálcool a ocupação Ianque atingiu o Zênite com a tomada da Vale do Rio doce. Ali tava na cara que era uma ocupação de recursos que visava ao inevitável ocaso do petróleo, cuja espuma flutuante está concentrada no Oriente Médio. Que Alá tenha colocado petróleo ali e que este petróleo tenha se revestido de força mística e étnica é um grozope significante porque o afã de morrer pode ser também um impulso vital. É essa morte como fé e não como temor que deixa de cabelos em pé o Pentágono cocaínico. Petróleo, dólar e bomba sempre vão estar interligados.

Já está na mesa de negociações dos bacanas lá de Washington o genocídio da Raça Brasil. O interesse do capital mundial não vai de encontro com a nossa sobrevivência devido à penúria das matérias primas de lá e do declínio dos combustíveis fósseis que se encontram em poder da rapina Ianque. É de todos sabido que foi o desenvolvimento que gerou o subdesenvolvimento, assim como foi a metrópole que pariu a colônia. As metrópoles lá de “arriba” precisam mais da gente do que a gente deles.

Trampamos todos os dias de sol a sol da Câmara de Guajará até as lojas de calçados lá no Candeias, desde São paulo até Cingapura somente para engrossar as testas de Wall Street e construir os Trade Centers de Nova Iorque. Enquanto isso a burguesia tucana de fortuna espúria e mal adquirida prevarica com o gringo Ianque arreganhado-lhes a bunda em honoris-causa. É de arrebentar o bago ver uma gente que um dia botou pra correr Villegaignon e Maurício de Nassau, de repente se ajoelhar para a Coca-cola.

Por mais sangria que represente a tirania do dólar, o que almejam os donos do capital mundial não é somente dar um tapa na grana, mas sim tomar de conta do nosso território com sol, água, clorofila e fotossíntese. Roubar o solo, como dizia Karl Marx. É muito provável que as “plantations de biopirataria” fiquem sob controle dos “Istaduzunidus”. Vide o Iraque que hoje se transformou num posto de gasolina dos “USA & ABUSA”.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DR.CÉLIO TARGINO DEFENDE ZONA FRANCA DE G .MIRIM

O presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, vereador Célio Targino (PP), em entrevista para o jornal O Mamoré,disse que “está na hora de toda a sociedade começar a reagir contra a ameaça de se perder a Área de Livre Comércio por força de uma manobra dos grandes atacadistas da Capital, Porto Velho”.

O parlamentar demonstrou sua preocupação com o que classificou de “retrocesso da história guajaramirense do século passado, a mesma que penalizou nossos antepassados com os ciclos da borracha, da madeira, do ouro e agora com o advento da criação da Área de Livre Comércio em Porto Velho”.

Segundo Célio Targino, “se a gente não começar a se mobilizar a partir de agora, mais de 500 famílias terão reduzido o seu poder de compra e de sobrevivência com a redução imediata do número de postos de trabalho, além do fechamento de empresas que, certamente, irão trocar a cidade de Guajará-Mirim por outros centros mais atrativos fora da região”.

A coisa é mais séria do que se possa imaginar, disse ainda o parlamentar. Ele lembrou, no entanto, que “a luta para salvarmos nossa Área de Livre Comércio é de todos os cidadãos e não de grupos isolados”. Célio chegou a prever que “com o apoio de alguns políticos e autoridades do próprio município, até mesmo antes do recesso do Congresso, venhamos a ser surpreendidos com a edição de mais uma MP do Governo passando a estender a Zona Franca até Porto Velho”, observou ele.

O vereador informou que, “essa é a hora de darmos às mãos, de sairmos às ruas e discutirmos quais medidas tomar ante a ameaça de perda da ALC de Guajará-Mirim”. Ele propôs, no entanto, que a classe empresarial se una aos vereadores, à Universidade, à Prefeitura e aos segmentos produtivos a fim de que se impeça a realização de mais uma conspiração contra os interesses do povo desta terra.

A extensão da Área de Livre Comércio até Porto Velho, na opinião do parlamentar, “significará a mesma coisa que decretarmos o fim das instituições democráticas no País”, ao ponto de, “Guajará-Mirim reviver seu passado de glória do século passado com os ciclos da borracha, da madeira, do ouro e ficar alijada do novo ciclo econômico que se avizinha a partir de 2010 com os adventos da construção da ponte bi-nacional (Brasil e Bolívia) e das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio”.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A QUESTÃO DA LEI DO MOTO-TAXI

Ao contrário do que poderiam imaginar os mais imaginativos, a Audiência Pública que aconteceu no dia 28 de setembro no Plenário da Câmara Municipal e que discutiu a regulamentação da lei do Moto-Táxi, ocorreu sem maiores transtornos. Afinal, havia fortes indícios e fundos motivos que poderiam levar por água abaixo o caminho da concórdia e das boas intenções no desenrolar desta assembléia. Uma semana antes uma confusão geral havia atiçado os ânimos tanto da classe de taxistas como dos moto-taxistas.

A reunião, que deveria iniciar às 19:30 horas, começou com quinze minutos de atraso. À convite do presidente da Câmara, Dr. Célio Targino, o vice-prefeito Hilter Videira abriu a audiência com um discurso que teve ênfase no sentido de que se achasse uma solução para este impasse com obediência às vigências legais e de forma a conciliar a convivência, a tolerância e o respeito mútuo entre as classes.

Vários líderes de representação de bairros e possíveis futuros usuários desta forma alternativa de transporte fizeram uso da palavra e a questão preço-custo-benefício foi levada em alta consideração por todos os que tiveram a frente dos microfones do Plenário. Na ocasião ressaltou-se que o preço de uma corrida em Moto-táxi chega a ser até cinco vezes mais barato que o táxi convencional. Marcos Soares, representante da Anvisa em Guajará-Mirim enfatizou que é a favor da lei do Moto-táxi, “desde que observados os parâmetros de higienização, saúde e segurança”.

A lei que regulamenta o serviço de Moto-táxi exige que o condutor tenha acima de 21 anos completos, dois anos de prática, habilitação em curso sob a égide do Contran, uso de colete luminoso e além do capacete, colocar na moto uma barra de proteção lateral. Estas normas, uma vez postas em prática, visam a proteção e segurança do usuário. Agora há que se observar que andar de garupa numa moto não vai ser nunca a mesma coisa que sentar num banco de táxi automóvel. Muda muito pra segurança do conjunto se o garupa não souber o que fazer, se for muito pesado etc...

Mas uma vez postos no fiel da balança todos os prós e contras desta batalha que só vem a beneficiar a população mais carente do município, cabe agora trabalhar pela obtenção da concessão das placas que pode ser uma “bóia de salvação” para uma porrada de gente honesta buscando seu sustento, gente com pouco estudo, sem emprego, mas com muita disposição para trabalhar numa cidade como Guajará-Mirim onde o marasmo econômico parece atuar a cada dia mais sobre todos nós.

Também cabe a taxistas e moto-taxistas procurar buscar o máximo respeito ao espaço físico de cada um no exercício de suas funções a fim de evitar confrontos desnecessários. Ganham com isso turistas e o povo em geral pelo direito de livre escolha no uso desses transportes.

domingo, 4 de outubro de 2009

TUDO EM PRATOS LIMPOS

Em conversa recente com o titular desta coluna o ex-vereador e atual presidente do PDT em Guajará-Mirim, Rodrigo Nogueira desenhou de forma clara e objetiva o cenário político municipal, falou sobre as conversações que tem mantido com líderes e ex-líderes do comando político de Guajará, fez previsões alvissareiras acerca dessas conversas e de quebra colocou de vez uma pá de cal no assunto PDT-Dedé de Melo. O presidente do diretório municipal disse que “Nem que este cidadão chegasse de joelhos pedindo sua filiação para as hostes Brizolistas, ele teria meu abono. Até porque se eu fizer isso eu iria ter um aliado só de fachada, e hoje, ao contrário de antes eu já não tenho estômago para digerir tal situação”. A seguir alguns trechos deste bate-papo que envolveu política, eleições, intrigas e traições.

Em relação à atual conjuntura política do município, Rodrigo disse que a administração Atalíbio até o momento não mostrou a que veio. Acha o ex-vereador que sob o manto da atual gestão ainda paira um clima de incertezas, haja vista o discurso de seus porta-vozes quando afirmam que tudo ainda se encontra em fase de estudos. Rodrigo acusa que “Já está na hora de parar de falar do vexame da administração passada, revisar o presente para projetar um futuro promissor para Guajará-Mirim e sua gente”.

Sobre as conversas que tem mantido com o presidente da Câmara de vereadores Célio Targino, Rodrigo disse que achou de extrema importância a proposta do presidente da Casa de Leis de mobilizar a opinião pública e os diversos segmentos da sociedade civil para que assumam uma posição de participação no processo político de Guajará-Mirim. “Mas antes de tudo é preciso que este pacto uma vez formado, além da união, passe a planejar a sociedade e comece a trabalhar, afinal todo movimento social começa no planejamento e este se faz necessário e viável para estas pessoas que estão realmente interessadas no futuro de Guajará-Mirim”, disse Rodrigo.

Quando o assunto passou para o tópico “eleições”, Rodrigo enalteceu que tem andado pelos bairros da cidade numa grande via-sacra e tem ouvido os clamores da sociedade. Disse que a população de Guajará-Mirim está farta da malversação do dinheiro público e já começa a se indignar e tomar posições contra os rumos que a cidade vai tomando. “A maioria do povo que vota nesta cidade é formado por pessoas simples, carentes de tudo, e as cobras políticas do município sabem muito bem disso, e na época das eleições acabam virando os melhores amigos destas pessoas, mas de tanto apanhar o povo já começa a aprender a jogar este “game” da vida real e não está mais entrando no jogo dos seus algozes”.

Pelo teor de seu discurso deu pra perceber que Rodrigo está antenado aos problemas que hoje são inerentes ao pântano por onde se arrastam o cotidiano dos 40.000 habitantes que todos os dias se movimentam no caos de nossas ruas escuras e cheias de buracos, das praças sujas e mal cheirosas, que penam nas filas de um hospital com uma rede de saúde deteriorada, de escolas onde os alunos se espremem em salas superlotadas e caindo aos pedaços e de uma cidade entregue ao Deus-dará. Muito mais maduro politicamente, Rodrigo Nogueira hoje consta de um nome à altura em vistas das eleições gerais de 2.010.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SOS: MUSEU PEDE SOCORRO

Localizado em frente ao porto oficial, o museu da estrada de ferro hoje encontra-se fechado e sofre com o abandono. O museu, que um dia já foi cartão de visitas de Guajará-Mirim, está com seus pilares e viga de sustentação com desgastes em vários pontos e precisando de reparos e manutenção. Diversas áreas da estrutura também estão danificadas por infiltrações, há corrosão e rachaduras nas paredes e o forro e madeirame estão deteriorados pelas goteiras e pela ação do tempo. Um forte cheio de fezes e urina empestam os arredores da construção e camisinhas usadas são vistas com freqüência jogadas nos fundos do casarão.

Segundo o administrador do museu, o senhor Cláudio Furlanetto, que diga-se de passagem, não recebe um centavo para tal mister, umas das principais causas do abandono em que se encontra o museu se deve ao jogo de empurra-empurra das autoridades. “O departamento de cultura da cidade não move uma palha e nem se pronuncia a respeito da problemática. Enquanto isso a prefeitura diz que o museu não é municipalizado e que caberia a união fazer uma reforma e restaurar o acervo do museu”.

Além de antigo, outros fatores agregam valor à construção. O prédio já foi funcionou como ponto de parada do trem na época da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Depois que a Ferrovia foi desativada, nunca foi feita uma reforma de verdade, só remendos e uma ou outra mão de tinta. Fazendo uma vistoria a grosso modo, qualquer leigo pode ver que a construção está correndo sérios riscos, inclusive podendo vir a desabar a qualquer momento. Há uma necessidade urgente dos poderes públicos tomarem uma decisão. “Seria muito bom que a prefeitura criasse um órgão para a proteção do patrimônio com a participação da comunidade”, reclama Furlaneto.

Reestruturar o museu faz parte do resgate da memória da cidade e entre as medidas a serem propostas, depois da urgente reforma do prédio, a ampliação do acervo hoje constituído por objetos em sua grande maioria doados pelo próprio Furlanetto e outros pelos moradores mais antigos da cidade. “O negócio é lutar para reabrir o museu para visitação como era antes”, Finaliza o administrador.

Os museus aprofundam as ações de identidade, educação e pesquisa, que por sua vez vai desencadear o movimento de novas ações de caráter inclusivo. Abandonar o museu ou deixa-la ao Deus-dará é o mesmo que relegar ao tempo e jogar no lixo da historia toda a cultura e identidade de um povo

domingo, 27 de setembro de 2009

DEPUTADO LEBRÃO: DE CATADOR DE PAPEL AO PARLAMENTO DE RONDÔNIA, A SAGA DE UM VENCEDOR.

O paulistano José Eurípedes Clemente conhecido por “Lebrão”, passou por uma epopéia e tanto até chegar ao cargo de deputado estadual de Rondônia. Nascido na cidade de Guaíra, estado de São Paulo, Lebrão deixou sua terra natal aos 28 anos para tentar uma vida melhor em Rondônia. O homem, que hoje é deputado, já revirou lixo e comeu alimentos encontrados nos velhos latões. A infância e adolescência pobres, na linha da miséria foram divididas entre Guaíra e a cidade de São Paulo, onde viveu por doze anos.

Em São Paulo Lebrão foi catador de papel dos 9 aos 13 anos e muitas vezes comeu restos de frutas e verduras nos lixões dos mercados. “Minha mãe Maria Clemente, pedia ajuda nas casas e a gente recebia colaboração de instituições filantrópicas. Éramos mendigos mesmo! Nós moramos em barracos e até dentro de um forno numa olaria. Mas como não existe crise que resista ao trabalho, passamos a plantar hortas em terrenos baldios e a vender a produção. Em quatro anos entramos para o ramo comercial com uma pequena mercearia”, lembra o deputado.

Aos 18 anos, Lebrão foi para o exército. Ao deixar o exército, Lebrão virou caminhoneiro e conseguiu comprar um Fenemê que pagou em prestações para fazer fretes. Em suas viagens pelo Brasil, conheceu Rondônia. “Era um estado novo e promissor. Achei que seria um bom lugar para criar meus filhos e crescer financeiramente, então vim para esta terra, morar em Cerejeiras. Vendi o caminhão e arrumei emprego como saqueiro e comecei a participar da vida política do município”.

Em 1988 Lebrão foi para o garimpo de Bom futuro em Ariquemes. “Lá peguei muita malária, quase morri, mas consegui juntar dinheiro pra comprar uma Scânia 1115. passei a negociar e a transportar madeira como representante de firmas paulistas, quando me estabeleci com minha esposa e meus dois filhos em São Francisco, onde montei minha primeira serraria e continuei no ramo de transportes. Em pouco tempo a empresa se expandiu para Costa Marques e com filial também em Porto Velho. A frota chegou a 10 carretas em quatro anos de trabalho”, recorda Lebrão com orgulho.

Foi nesse meio tempo que Lebrão acabou entrando para a vida pública. Derrubando árvores o empresário teve muitos problemas com os órgãos ambientais. Sua Defesa para o funcionamento das serrarias na região levou-o à uma liderança natural, e em 2.004 a comunidade madeireira o lançou como candidato a vice-prefeito de Costa marques na chapa encabeçada por Élio da Ceron. A dupla foi eleita.

Seu destaque como vice-prefeito já era esperado e, passados dois anos Lebrão já tinha histórico que o levou a traçar um projeto político maior. Em 2.006 candidatou-se a deputado estadual ficando na primeira suplência do partido. Mas em janeiro deste ano Lebrão assumiu a vaga deixada por Alex Testoni, que foi para a prefeitura de Ouro Preto do Oeste.

“Nestes dois anos que tenho pela frente vou fazer um mandato para dar continuidade ao projeto político iniciado em 2.006”. A prioridade de Lebrão continua sendo a defesa do setor produtivo madeireiro, “que ainda tem muito a contribuir com o progresso de Rondônia, com a implantação do extrativismo e manejo das reservas estaduais da nossa região. Estou elaborando um projeto legal e viável para aquecer o setor”, finalizou o deputado.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VEREADOR PETISTA APRESENTA PL OBRIGANDO EMPRESA DE ÔNIBUS A UTILIZAR DOIS MOTORISTAS EM VIAGENS NOTURNAS

O vereador petista Roberto de Sá, que está assumindo a vaga no lugar do titular Ronald Fernandes, o Galego, vai apresentar na próxima sessão da Câmara Municipal de Guajará-Mirim um Projeto de Lei que torna obrigatório a utilização de dois motoristas em viagens noturnas pelas empresas de ônibus intermunicipais que atuam no município de Guajará-Mirim.

No texto do projeto, que tem cinco artigos, o vereador diz que a competência pela fiscalização e fiel cumprimento da lei – se aprovada – será de responsabilidade da Coordenadoria Municipal de Trânsito – CONTRAN.

Na justificativa da matéria, Roberto de Sá diz que um sistema de transporte coletivo deve propiciar mobilidade adequada às pessoas e aos bens, em consonância com as necessidades e objetivos da sociedade. Diz também que a empresa que atua no ramo deve observar a segurança no tráfego e prevenção de acidentes e a capacitação dos recursos humanos.

Relata o acidente ocorrido no último dia 5 de setembro com um carro da empresa Real Norte que vinha de Porto Velho para Guajará-Mirim e que entre os passageiros tinha sua filha caçula, que ficou ferida e esteve vários dias na UTI em hospitais de Porto Velho.

Refere-se ao fato de, segundo informações extra-oficiais, a empresa Real Norte está usando motoristas com sobrecarga de trabalho, o que facilita o surgimento de acidentes dessa natureza. Por isso, quer que seja obrigatório a utilização por parte da empresa, de dois motoristas quando em viagens noturnas.

O vereador Roberto de Sá tem absoluta certeza de que seu projeto de lei será aprovado pela Casa e, a posteriori, sancionado pelo Prefeito Municipal em face da importância da matéria.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AMEAÇA DE MORTE

Um grande problema para algumas pessoas de nossa cidade é que elas se preocupam muito com as coisas que converso. Não sei se elas me têm como um intelectual de alto cuturno,dono da verdade ou no mínimo inteligente e formador de opinião, o fato é que toda fórmula de pensamento que ganha corpo através de minhas palavras é motivo de repercussão na quadratura do círculo que envolve os sombrios horizontes do nosso Frontier. Tem gente inclusive que faz questão de sentar na mesa ao lado da minha só para escutar minhas conversas com o intuito de passar para diante. Esta semana sofri ameaça de morte por parte de um servidor da Receita que obteve informações truncadas de que este signatário junto com amigo Leonardo Nogueira estariam "enxovalhando" (sic) sua dignidade, moral e cabedal. Vocês me conhecem, eu vou lá me preocupar com um imbecil desses... Mas de uma coisa tenha certeza meu nobre carrasco: O seu complexo de inferioridade não é inferior ao de ninguém.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

HAY PRENSA LIBRE EM ESTA CIUDAD?

O amigo Chico Nery pediu-me que eu fizesse um artigo como pro-forma de colaboração para o Jornal “A Fronteira”. A começo esquivei-me alegando falta de tempo, indisposição, ressaca ou outro mister qualquer. Depois de alguma relutância por parte do fotógrafo e jornalista desta briosa gazeta, perguntei de pronto: “Quanto ganho nisto?”. O amigo contra-atacou dizendo que era uma colaboração e que colaboração, como o nome já diz, não se paga, é de graça.

Ali foi um chute nos ovos. O bom Chico Nery sabe melhor que eu que a gente que escreve, às vezes passamos agruras. Pô bicho, será que esse pessoal que banca o jornal não sabe que nós também temos as nossas necessidades? Será que a gente não precisa comer, beber, se vestir, comprar desodorante, sabonete, pasta de dentes e papel higiênico? Ou acham que é só sentar à frente de uma máquina Olivetti que as idéias começam a reluzir?

Pois bem, ao fim e ao cabo acabei me dando ao luxo de mandar este “textículo” para o jornal, mas não sem antes perguntar qual era a linha editorial do tablóide. Me disse que eu teria total liberdade. Perguntei : “Será?”. “Pode escrever que eu garanto”. Respondeu o editor-redator. Tá bem. O Atalíbio não vai ficar puto? Tá bem. A Receita, a Polícia Federal, a Maçonaria e as igrejas não vão encher o meu saco? Então tá bem. Mas antes queria dizer que essa coisa de jornal independente em Guajará-Mirim não funciona. Faço aqui um parágrafo para tomar uma cerveja e depois explico. Parágrafo.

Corria o ano de 2.005 quando o ex-prefeito Dedé de Melo me chamou para conversar e no resumo da reunião me disse que tinha uma gráfica à minha disposição e que eu podia arrumar gente qualificada e de gabarito para montar a equipe daquilo que seria o meu jornal. Os termos seriam os seguintes: eu teria carta branca para apontar os erros de sua administração, mas também ouvir o outro lado e apresentar sugestões. Foi o que fizemos. Nisto me deram suporte o amigo Aluízio da Silva, o ex-vereador Xavier e o designer gráfico Aderson Vieira.

Querem saber o resultado? Eis que uma bela tarde, depois de um quebra-pau que o ex-secretário de obras do desgoverno Dedé (que também era o dono da gráfica) tivera com o advogado do ex-prefeito no gabinete da procuradoria, me aparece na oficina e põe as cartas na mesa: - Coloca aí na manchete do jornal: PROCURADOR DO MUNICÍPIO ROUBOU O IPHAN. Disse a ele que até poria a chamada de capa sim, mas que ele me desse a salva-guarda de documentos, provas cabais, enfim, papéis... “Não tem!”. Vociferou o ex-secretário. “Então “neca” de manchete”. Redargui. “Então acabou o jornal”. Decretou o imediato do ex-prefeito.

É claro que existem outros que também foram para a sepultura neste ínterim, mas não vem ao caso. Agora afora isto, pelo que vi nos primeiros exemplares, há muita matéria com prefeito, deputado, vereadores, gente da Câmara alta de Brasília e até curas eclesiais. Então meus amigos, não me venham com esta falácia de independência.

Olha, não estou aqui pra desanimar ninguém não. Mas se este grandioso jornal for mesmo independente, acho que como o meu extinto finado impresso, não vai durar nem seis meses. E se durar mais que isto, aí não é independente. Mesmo assim, longa vida ao jornal. De coração.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

TODA FÉ NA RAZÃO E NA LÓGICA

Ainda que ninguém vá dar muita atenção para o que vou dizer, quero na coluna de hoje discrepar do ilustre colega Dom Sierra Tigre no tocante ao artigo “A fé remove montanhas” da semana passada. O que li ali foi um dicionário de citações de auto-ajuda e lugares-comuns filosóficos religiosos. Uma associação de missa das seis com crendices de seguidor de procissão. Mas o que mais me surpreendeu na epístola é como um cara que até acho coerente naquilo que escreve conserve essa crença de 2.000 anos atrasada. Religião não se discute? Como não? Verdade absoluta? Vamos discutir.

Pra começar quero deixar explícito que a existência ou não de Deus não vai mudar em nada o acontecer dos fatos. Se ele não existir, como acho que não existe, o nosso mundo vai continuar sendo este inferno em que estamos vivendo. E se ele existir, com certeza não vai ser um canalha pra se preocupar com os meus ridículos pecados amorais e clandestinos do passado. Se Deus existir, ele irá atrás de presas maiores e que causaram dor, morte e sofrimento para uma porrada de gente, não apenas para dois ou três maridos desafortunados, mas para milhões de pessoas como Hitler, Stalin, Idi Amin Dada, George Bush, Collor de Mello e FHC, o nosso pilantra maior.

Quanto ao quesito religião, hoje qualquer um que tenha uma cultura independente sabe que cientificamente um planeta como o nosso tem bilhões de anos, mas a Bíblia sagrada garante que o planeta Terra foi criado por Deus em sete dias e que tem apenas 10.000 anos. A superstição e a fantasia sim, vem desta época. Nesta época remota o Homem quando não conseguiu decifrar os fenômenos da natureza (os raios, trovões, as chuvas, tempestades, meteoros e eclipses) inventou Deus para suprir sua ignorância. De lá para cá o fato é que por causa da ignorância do povo nós temos que carregar Deus nas costas pelos restos dos nossos dias.

Quanto a questão da ignorância, nem é preciso dizer que a religião foi responsável pelo maior atraso intelectual que já houve na face da Terra. A igreja foi contra as teorias de Galileu, pois segundo ela o Sol não poderia ser o centro do universo. Este lugar perfeito, segundo ela, era a Terra, obra de Deus. Foi contra a datação do mundo, o estudo da anatomia em cadáveres e foi contra a invenção do Para-raio, pois para ela as descargas elétricas eram resultado da fúria de Deus pelos pecados do Homem.

O pior de tudo é que para manter seu rebanho sob açoite desta ignorância, a igreja se sujeitou até a deixar um extenso rastro de sangue de envergonhar até os mais ingênuos dos crentes. Exemplos: as cruzadas dos Cristãos, a expansão islâmica à base da espada, a briga entre religiões na Irlanda do Norte, homens-bombas no Irã, Iraque, Sri-Lanka, Paquistão e o escambau.

Em suma, acho que a ausência de uma explicação natural não implica necessariamente numa explicação sobrenatural. Nada contra o escriba da página ao lado, que aliás acho que teve a melhor das intenções naquilo que escreveu, muito embora com a cegueira da fé. Que desperdício. Tivesse no Tibet ou no Himalaia, fosse budista ou muçulmano, nas utópicas cantilenas da religião, mudaria apenas o nome do mito a ser idolatrado: Buda, Maomé ou outro qualquer. Sem querer comparar e com todo o respeito. Palavras, palavras, nada mais...

domingo, 6 de setembro de 2009

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DISCUTE ZONA FRANCA COM VEREADORES

Aconteceu às 10:00 horas da última terça-feira (01) na sala presidencial da Câmara de vereadores uma reunião com a representação da Associação comercial e os vereadores de Guajará-Mirim em toda sua unanimidade com o objetivo de discutir a proposta de expansão da área de livre comércio e colocar o Poder Legislativo a par da medida que pode alterar algumas cláusulas contratuais e que só iriam beneficiar interesses particulares em prejuízo do progresso e desenvolvimento de Guajará-Mirim. Este encontro ocorreu sob o signo do consenso e das boas intenções. Tanto a Câmara como a Associação foram contrários à emenda que altera a lei que concede a Guajará-Mirim a total autonomia sobre a área de livre comércio.

Segundo o presidente da Associação Comercial Alberto Azzi (Teló), em tempos recentes uma comissão de Guajará-Mirim esteve em Brasília e apresentou propostas junto a representação federal do Estado dando ênfase a tal emenda. Pelas falas do presidente da Associação, esta comissão foi encabeçada por um empresário que atua no ramo de lobbies comerciais e nesta ocasião se instou auto-intitulado “Assessor Municipal para assuntos da Área de Livre Comércio”. Ainda segundo o presidente, este “Assessor” teve suporte logístico da diretoria da Unir e do Poder Executivo. Até o fechamento desta edição o jornal O Mamoré não conseguiu apurar se a Prefeitura tem esta assessoria dentro de seus quadros.

Em sua exposição o assessor de comunicação da Associação Comercial Cícero Noronha argumentou que “com a expansão proposta por esta comissão, a área de livre comércio iria se estender até Porto Velho e com isso a economia de Guajará-Mirim que hoje se acha estagnada iria à bancarrota, uma vez que a tendência das empresas que hoje operam em Guajará-Mirim seria migrar para a capital, haja vista a questão custo-benefício no que se refere a frete de cargas e economia de combustível já que entre Porto Velho e Guajará-Mirim são quase 400 quilômetros de distância”. Cícero disse ainda que só quem tem a lucrar com isso são setores do segmento atacadista distribuidor que não se preocupam em melhorias sócio-econômicas para Guajará-Mirim, ao contrário dos quase 800 pequenos comerciantes desta cidade (supermercados, tabernas, açougues, padarias, bares, restaurantes, farmácias, hotéis, lojas de móveis e eletrodomésticos, confecções e calçados) que investem aqui porque aqui tem raízes e família.

A área de livre comércio tem como objetivo a importação e exportação de produtos e mercadorias com livre trânsito através de incentivos fiscais entre países de fronteira, que além de incrementar a atividade comercial tem toda uma política voltada no sentido de estreitar as relações bi-laterais.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

VEREADOR ROBERTO DE SÁ QUER PATRULHA MECANIZADA PARA O MUNICÍPIO DE GUAJARÁ-MIRIM

Através de requerimento apresentado à Mesa Diretora da Câmara Municipal, na sessão ordinária do último dia 25, o vereador petista Roberto de Sá solicitou a intervenção dos senadores Valdir Raupp (PMDB) e Fátima Cleide (PT), e dos deputados federais Marinha Raupp (PMDB) e Eduardo Valverde (PT), para que eles apresentem emendas individuais ou coletivas ao Orçamento da União para 2.010, a fim de que o município de Guajará-Mirim seja contemplado com uma Patrulha Mecanizada composta de 01 trator esteira, 01 moto-niveladora, 01 retro-escavadeira, 02 caminhões basculantes e 01 pá carregadeira.

Em sua justificativa, Roberto de Sá cita as dificuldades do município com relação ao parque de máquinas herdado de administrações anteriores completamente deteriorado e sem condições efetivas de uso. Segundo o vereador, em conseqüência da receita insuficiente do município para adquirir tais bens, faz-se necessário a ajuda desses parlamentares em nível federal, sob pena de paralisação do tráfego nas estradas vicinais quando da chegada da época do inverno.

O vereador petista Roberto de Sá assumiu a cadeira de titular na vaga deixada por Ronald Fernandes, o Galego, que se licenciou do cargo para assumir a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos do município. Roberto de Sá assumiu dia 04 de agosto e já apresentou vários requerimentos e fez alguns pronunciamentos envolvendo a problemática do município de Guajará-Mirim.

sábado, 29 de agosto de 2009

PRECISA-SE DE UM PREFEITO, PAGA-SE BEM.

Em vista do atual estado de coisas pelo qual atravessa a administração municipal e da insatisfação geral reinante em todos os cantos da cidade, começa a tomar vulto, embora de forma aleatória dentro dos poderes com poderes para tomar prumo da situação, uma ação coordenada no sentido de que apurem-se os fatos, investigue-se a omissão e a inoperância de quem deveria estar no mando dos negócios públicos e cumpra-se o que está escrito nos códigos das leis. Esta sanção pragmática, encabeçada por uma vanguarda de vereadores que se preocupam com os rumos que a cidade vai tomando, deverá encontrar ressonância junto à sociedade como um todo nos próximos dias e poderá vir a emergir num manifesto do povo, na chamada pressão popular.

Nas ruas, praças, bares e tabernas não se fala em outra coisa que não seja em CPI ou até mesmo em “Impeachment” do atual prefeito Atalíbio Pegorini. Este falatório quase sempre aparece de forma a desvirtuar e confundir leigos nos assuntos políticos por misturar no mesmo “balaio de gatos” o que parece ser e o que de fato é. A priori há que se entender que CPI não julga ninguém. A ela cabe apenas investigar, apurar denúncias, reunir provas, intimar e ouvir os envolvidos. Nesta fase inicial a Comissão deverá colocar o máximo de empenho na apuração dos fatos a fim de identificar responsabilidades e conforme for o desfecho, adotar as medidas cabíveis.

Muito bem, uma vez feitas as apurações de praxe, a Comissão tem que ter sustentação cimentadas em fatos concretos para a partir daí sim, dar início ou não à um processo de cassação de quem se portou de maneira réproba ou não condizente com a altura do cargo que ora o povo lhe outorga. No caso de Guajará-Mirim, este processo compete à Câmara de vereadores e se destina a destituir do cargo o chefe maior da Prefeitura Municipal, seja por desmandos gerais, descalabros oficiais ou por gestão ruinosa nos negócios da administração.

Portanto CPI a gente sabe como começa, mas ninguém sabe como termina. Aqui no nosso caso especial o que se sabe é que por muitas vezes o vereadores buscaram o prefeito com o objetivo de cobrar satisfações em vista dos reclames da população sobre todos os setores, sejam da saúde, da educação, da área rural, obras e serviços, dentre outros. Mas como bem disse o presidente da Câmara Célio Targino numa das últimas sessões: “Não se tira um prefeito que teve 7.000 votos de uma hora para outra apenas por causa do fracasso de sua administração. A Câmara não pode chegar e falar: - Prefeito, o senhor vai ter que sair porque o senhor não tá fazendo nada. Isso não existe do ponto de vista legal”.

Em suma, é preciso que seja montado um processo com base nos parâmetros da hermenêutica e ao mesmo tempo tendo o apoio conjunto das entidades de representação (Associação Comercial, Maçonaria, Rotary, Lions, igrejas e associações de bairro) e do povo em geral, pois somente com uma atuação positiva da população fazendo protesto e mostrando sua indignação frente à indecência pública é que se poderá por fim a esta situação de caos que hoje impera em Guajará-Mirim.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

EMENDA DO DEPUTADO LEBRÃO ERA PARA OS DOIS BOIS

De acordo com documentação enviada, pelo assessor do deputado estadual José Eurípides Clemente (Lebrão), Dr. Igor Cavalcante, a emenda do deputado estava destinada às duas agremiações dos Bois Bumbas Malhadinho e Flor do Campo.

A verba destinada a cada Boi é de R$ 20 mil reais, e deveria ser utilizada para a quitação de despesas diretas de cada um, entretanto, isto não está ocorrendo. Segundo informações apuradas, o dinheiro alocado por Lebrão foi utilizado para custear despesas com a realização da festa, o que foge totalmente da emenda do deputado autorizada pelo governador do estado Ivo Narciso Cassol.

“Tenho aqui em minhas mãos os ofícios encaminhados diretamente ao Governador Ivo Narciso Cassol, onde solicitei a liberação de R$ 40 mil reais, cuja destinação seria R$ 20 mil reais para o Boi Malhadinho e R$ 20 mil reais para o Boi Flor do Campo. Este dinheiro destinava-se a quitação de despesas efetuadas pelos bois, portanto este dinheiro não era para custear as despesas diretas da realização da festa.

O Governador tem sido um parceiro exemplar e tem atendido minhas solicitações com presteza. O que devemos fazer agora é questionar a Prefeitura Municipal quanto a destinação do dinheiro por mim alocado, pois esse dinheiro, embora não pudesse ser repassado diretamente aos bois, destinava-se a cobrir despesas efetuadas por eles para que pudessem se apresentar no Duelo da Fronteira”. Afirmou o Deputado Lebrão.

O Duelo da Fronteira só foi realizado este ano devido o empenho do deputado estadual Miguel Sena e do deputado Lebrão, Miguel destinou R$ 112 mil reais para custear as despesas da festa, ou seja, para pagar a sonorização, a locação de banheiros químicos, iluminação, locução e outras despesas.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ROBERTO DE SÁ REQUER ATENÇÃO PARA AS ESTRADAS VICINAIS

O vereador Roberto de Sá (PT) encaminhou na última quarta-feira (12) requerimento ao prefeito Atalíbio Pegorine com cópias para o secretário de obras Ronald Fernandes com o objetivo de solicitar o serviço de recuperação e conservação das estradas vicinais que atendem o fornecimento e coleta do leite “in natura” na estrada do Lago das Garças e também no Ramal do Brito, incluindo os trechos que adentram algumas propriedades particulares onde estão alocados os tanques de resfriamento de leite. Segundo o vereador, tais serviços se fazem necessário em razão do cessamento da estação das chuvas que deixou as referidas estradas muito deterioradas, não fornecendo condições de tráfego. “Se as estradas continuarem do jeito que estão, sem recuperação e conservação, poderá acontecer desse modo a não coleta do leite pela única empresa de laticínios que presta este serviço nesta cidade”, argumentou o vereador.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SÍNDROME DE HAMELIN PREOCUPA VEREADORA

Muitas tem sido as reclamações de moradores das cercanias do Hospital Regional que tem chegado todos os dias ao gabinete da vereadora Gerônima melo. Estas pessoas reclamam da infestação de ratos de todos os tamanhos na área inferior da Maternidade Dr. Cláudio Fialho, que hoje se encontra interditada, gerando habitat propício para aqueles roedores, já que é composto de fossas. Como na Hamelin das fábulas, à noite os roedores invadem as residências espalhando medo e pavor em mulheres e crianças, sendo impossível conter o surto que tende a aumentar dia após dia.

Em vistas desses reclames, a vereadora Gerônima Melo expediu requerimento à secretária de saúde Denise Marques pedindo desta administradora a viabilidade de acionar o serviço de vigilância sanitária ou a NUVEPA para realizar um serviço de desratização naquela construção em caráter de urgência. “É preciso atentar que estes animais que vivem no meio do lodo e dos esgotos, transmitem doenças de todos os tipos, inclusive a peste bubônica, que dependendo do caso, benigna ou pneumônica, podem acarretar na morte de todas as vítimas”, alertou Gerônima.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DÊ CIRCO AO POVO!

Uma vez passada a ressaca de pão e circo regada às custas de eventos que recebem dinheiro público tipo festas de rodeio da Acrivale, festivais de bumba-meu-boi e feiras multi-setoriais onde os pobres puderam observar ao vivo e a cores a gastança esnobe dos metidos a besta, é chegada a hora de colocar os pés no chão e voltar nossa atenção para a cidade, que salvo essas enganações, continua indo de mal a pior. O que se vê hoje dentro do ambiente político é um acomodamento das entidades em geral, mas sobretudo da administração municipal.

Fizeram-se as mudanças em alguns setores de gerência da administração cujos anúncios efusivos propagandeados através dos programas de rádio deram a entender que tudo aqui vai de vento em popa, às mil maravilhas, não há desemprego, o atendimento no Hospital Regional vai muito bem, temos médicos especializados até para curar dor de corno, remédios não faltam, assim como também acabaram as filas para a morte que nos espera na entrada da rampa do necrotério no final do corredor dos enfermos à direita.

Não se enganem não, tudo isso continua apesar das mudanças. Mas aproveito um gancho na matéria para dar meus parabéns aos médicos deste hospital que na cara e na coragem, estão prestando um grande serviço para a saúde pública de Guajará-Mirim sem nenhuma estrutura de logística. É sabido que o ambiente ali é de um hospital de guerra, a começar pela falta de medicamentos, passando pela total ausência dos responsáveis para dar sequer uma satisfação para a população, até chegar aos pacientes que gemendo de dores, aguardam para serem atendidos, abandonados e humilhados.

Enquanto o povo não tem acesso ao que lhe é de direito, as entidades que deveriam fazer alguma coisa em prol da solução desses problemas, como uma máfia, preferem agir em forma de cartel para desviar o foco das questões essenciais do município e daí resolvem encobrir nossas mazelas com festanças. E dá-lhe Bumba-meu-boi, bailão de fazendeiros, festival de praia e o diabo-a-quatro. E o pior é o nosso povo que se deixa levar por conversas desta gente que parecem ter lábia até para vender areia para deserto, água para o Rio Mamoré e paisagem para cego.

Quem nunca leu que na Roma antiga tinha aqueles gladiadores se matando, davam os cristãos para as feras comerem naquele circo enorme que o nome era coliseu. Que os Césares, inclusive o Nero que era baitola, ficava colocando o polegar para cima e para baixo somente para que o povo tivesse diversão todos os dias e esquecesse a fome e a miséria que passava? Porque esse negócio de não ter escola, saúde, emprego, bem estar social, porcaria nenhuma que a constituição diz que a gente tem direito já vem de lá há muito tempo. Não muda nada neste filme, a não ser os artistas.

A verdade é esta: somos um povo sem nenhuma idéia política, sem nenhuma cultura sólida. Quantas oportunidades se perderam por acomodação de lutar contra o principal mal que assola Guajará-Mirim: os políticos e suas enganações. Enquanto o nosso povo continuar a se contentar com invólucros vazios, vai trocar pela vida inteira ilusões por verdades. Ou vice-versa.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

EXTRA: VALDIR E MARINHA RAUPP NÃO SERÃO CANDIDATOS AO GOVERNO

Em entrevista exclusiva para o jornal O Mamoré na semana passada, o senador Valdir Raupp (PMDB) confidenciou para este impresso que tanto ele como a deputada federal Marinha Raupp, não irão concorrer ao governo do Estado nas eleições gerais de 2.010. O senador e a deputada irão disputar a reeleição para os respectivos cargos públicos em que ora estão assentados.

Em relação à PEC da transposição dos servidores, Valdir Raupp, que junto com a senadora Fátima Cleide, foi co-autor da proposta, disse que todos os deputados de Rondônia estão empenhados numa comissão especial para acelerar esta emenda, já que a mesma parece estar empacada há três anos na Câmara dos deputados, “Mas assim que for votada e voltar para a análise do senado, nós iremos fazer com que esta proposta seja liberada o mais rápido possível”, disse o senador na ocasião.

Quanto à questão da construção da ponte Brasil-Bolívia, o senador Valdir Raupp disse que esta obra já consta do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula e adiantou que esta construção monumental deverá iniciar-se até meados de 2.010, uma vez que o presidente Lula em seus discursos diz ser questão de honra iniciar este trabalho antes de encerrar seu mandato.

Quando indagado sobre quais benefícios Guajará-Mirim teria por ter 95% de sua área sob proteção ambiental, Valdir Raupp foi enfático: “Até agora Guajará-Mirim só teve prejuízo. Não adianta as ONGs fazerem manifesto ou vir para a mesa discutir que a preservação dá resultado, se o que a gente vê é que no momento não está dando. Pode ser que no futuro talvez sim, quando a floresta for tratada como ativo econômico, ou o governo compensar de alguma forma, até com dinheiro, ajuda financeira, estes povos que estão ajudando a preservar a floresta”.

Seguindo à risca o que mandam os manuais de boas maneiras, o senador Valdir Raupp preferiu não se pronunciar sobre as acusações que o presidente do diretório municipal do PMDB, Almir Candury fez à sua pessoa, tanto no jornal O Mamoré como na Rádio Guajará FM.

domingo, 9 de agosto de 2009

PARLAMENTAR OU PRA LAMENTAR?

Quem teve o saco ou privilégio de acompanhar a TV Senado na semana que passou pôde assistir à um festival de baixarias e despautérios que fez com que a gente lembrasse aquela máxima de que a história se repete muitas vezes, e maioria das vezes de forma grotesca e medieval como se pôde observar na volta do recesso do congresso Nacional. O bate-boca subiu todos os decibéis, só faltaram irem às vias de fato.

Tudo começou na segunda-feira quando o senador Pedro Simon, que é tido como uma reserva moral do congresso, subiu à tribuna para pedir o que hoje todo mundo tá pedindo: a cabeça do presidente do senado José Sarney, haja vista as denúncias que pairam sob sua auréola de “homem santo”. Foi mais ou menos o que o nobre senador Pedro Simon pediu com educação e escolhendo bem as palavras. Disse ainda: “O presidente Sarney deveria entender que a renúncia à presidência desta casa seria um ato de alta nobreza em sua carreira”.

Ah, pra quê! Logo em seguida a tropa pró-Sarney saiu à toda para o campo de batalha. E quem teve papel-chave nesta contenda foi uma das figuras que hoje em dia levam muita gente a questionar se o Brasil precisa mesmo de senado. O indigesto Renan Calheiros. Aquele que foi flagrado pela TV Globo envolvido até as tamancas num esquema de corrupção que mesclavam notas fiscais, empreiteiras e relações ilícitas de lobbies comerciais. Aquele que à época conseguiu negociar sua cassação e hoje sobrevive como senador, e que neste momento é o principal escudeiro de José Sarney. Renan pediu aparte para desqualificar Pedro Simon. E assim como ele fizeram outros. Gritaram, espernearam e chamaram para a porrada. Neste coliseu, o ex-presidente e dublê de ladrão e político Fernando Collor foi o mais agressivo e Renan o mais sonso e cínico. Pedro Simon, ora acuado, ora aos insultos, enfrentou sozinho a ira e o ódio do bloco do “oba-oba”.

E a coisa se estendeu por toda a semana. Na quarta-feira foi dado o veredito do conselho de ética: Pizza à la Maranhão. Em suma, a arena montada neste circo de horrores elencada por atores que não passam de um bando de leprosos morais (Collor, Renan, Sarney, Barbalho, Romero Jucá e outros) esteve assentada na disputa e na perpetuação do poder. De um lado o governo é obrigado a manter relações pouco convenientes e a proteger esta canalha política para poder governar e fazer as mudanças que o país precisa, porque senão ficam empacadas. Do outro a canalha, que um dia já foi governo e tinham o mesmo apoio e num patamar de safadeza muito pior, que vive de chantagens para continuar marcando presença.

Resumo da ópera: o bloco do “Mamãe eu quero mamar” cumpriu à risca a estratégia montada na “Paramount” da sacanagem política e voltou do recesso municiado para atacar as trincheiras da oposição que pedia a renúncia do senador José Sarney. O próprio Sarney que depois de indicar para parentes e aliados que iria renunciar, de uma hora para outra parece que deu para trás e reforçou a corrente do trem da alegria ao negar veementemente que vá largar essa mamata: “Isso não existe, isso não existe”, repetiu o manda-chuva do senado e chefe do bloco do “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

COMO PILATOS, LAVO AS MÃOS

Confesso que já havia me decidido a não fazer mais nenhum tipo de artigo voltado para o âmbito político nesta coluna. Já havia até conversado com a nossa editora chefe Minerva Soto a respeito. Mas muito a contragosto, eis que pela última vez (assim espero) retomo a mesma pauta, haja vista as últimas escroteações que fomos obrigados a assistir pasmos e ao mesmo tempo incrédulos.

Semana passada esteve em Guajará-Mirim chegado de merecidas e gozadas férias o nobre deputado Miguel Sena. Como um tornado, o deputado passou em nossa cidade e provocou um estardalhaço dos demônios na administração Atalíbio Pegorini de tal maneira que todos os calabouços internos da alcadia municipal foram expostos de tal forma que mostraram à toda população todas as suas vísceras, mazelas e malogros. O abalo sísmico na gestão Atalíbio foi de tal magnitude na escala Richter que findou por eclodir um racha fictício na já frágil harmonia da cúpula. Mas enganam-se aqueles que acham que este “tsunami fronteiriço” acabou com a fantasia do poder executivo em buscar amalgamar os escassos vetores que ainda lhe restam para melhorar seus quadros com secretários de peso político e não técnicos a partir das novas nomenclaturas.

Agora por quê racha fictício? Resposta rápida: porque dos secretários que foram exonerados ou pediram “penico”, o único que foi pras “cucuias” de verdade foi o inocente, puro e besta Clezer Lobato, o da saúde. Quanto aos outros, são todos gente do deputado e estão bem pacas, obrigado! E mais: se até o fechamento desta edição ainda não forem trocados pelo pessoal do patrocínio de campanha do Prefeito, com certeza serão. Querem apostar?

Outro dia, em conversa informal com o vice-prefeito Hilter videira na Câmara de vereadores, cheguei a sugerir que ele indicasse ao Prefeito Atalíbio o nome do servidor Domiciano Araújo para substituir o ex-secretário Wainer Oliveira na secretaria de Administração. Dome, como é conhecido pelo amigos, é um profissional exemplar, tem gabarito e “norrau” da área. Mais que isso: Dome é um técnico qualificado e totalmente sem vínculos políticos ou cores de partidos. Outra: já faz parte da equipe, é do time. Na hora, o vice-prefeito concordou comigo e disse que iria falar com o Prefeito, mas como já o conheço bem, acho que ele fez ouvidos de mercador.

Neste mesmo dia tentei uma aproximação com o Prefeito Atalíbio, já que o mesmo se achava no recinto (a sala presidencial da Câmara). Falei: - E aí Prefeito? Nenhuma resposta do lado de lá. O alcaide apenas me fuzilou com olhos irados. Aí vi que o nosso chefia maior, de político não tem nada, uma vez que parece não estar aberto às críticas. As críticas fazem parte da política e quem resolve adentrar para a política tem que estar aberto às criticas, uma vez que a esfera da sua privacidade quase que inexiste. Parece que o nosso burgo-mestre não entende isso, e se entende, parece ignorar esta sentença. Em suma, falta-lhe ainda o traquejo do “public- relation”.

Por fim, não tô aqui para agourar esta administração, mas se garra e vontade de trabalhar parecem não ser o símbolo da atual gestão, o jeito é encontrar outros caminhos que possam garantir para todos uma Guajará melhor (leiam nesta edição a matéria com o deputado Eduardo Valverde). Agora se Prefeitura e Prefeito não querem ou não podem, aí zefinin...

domingo, 2 de agosto de 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA RECEBE DEPUTADO MIGUEL SENA

Depois de longo e tenebroso inverno quase sempre envolto por granizos e tempestades e cercados por maledicências e disse-me-disses que resultou em farpas e arranhões, eis que de uma hora para outra o deputado Miguel Sena, mostrando estar aberto ao diálogo e possuído por uma nobreza de espírito sem par, tomou uma atitude magnânima e decidiu procurar o presidente da Câmara municipal de Guajará-Mirim, Célio Targino para uma conversa franca e aberta acerca das dificuldades e problemas pelo qual ora se faz passar em nossa cidade.

Também disposto a acabar de uma vez por todas com esta sensação de desconforto advindo de disputas políticas com direito a trocas de acusações mútuas e que mais trouxeram prejuízos que benefícios para a população como um todo, o Dr.Célio Targino recebeu o deputado no salão nobre da presidência da Câmara de leis onde num gesto civilizado se deram um efusivo aperto de mãos. Em seguida tiveram uma conversa pautada na diretriz de acabar de vez com estas refregas e no sentido do que for melhor para a cidade daqui por diante.

Neste encontro, ambos concordaram que o colapso maior da atual administração municipal está centrado na saúde pública e que a metástase deste ponto nevrálgico já teria migrado do vetor gerencial para o setor de pessoal. “O grande sonho do povão que habita Guajará-Mirim é não ter mais do que reclamar quando fossem atendidos no Hospital Regional ou mesmo nos postos de saúde”. Disse o Presidente da Câmara na ocasião.

Ao procurar costurar uma aliança com a Câmara de vereadores, o deputado Miguel Sena entende que já é chegada a hora de desmontar o palanque e iniciar a governança, a pensar a cidade daqui pra frente. “A hora é de amalgamar idéias e pessoas em prol de Guajará-Mirim”. Disse Miguel em entrevista à uma emissora de rádio. Por outro lado quem ganha com isso é toda a sociedade guajaramirense que hoje vê seus representantes buscando pontos de consenso que podem permitir a abertura de uma aproximação política para construir um projeto de melhorias para a cidade, um projeto de governo para o povo de Guajara-Mirim.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

CONQUISTAS SOCIAIS MARCAM A MARCHA DOS MUNICÍPIOS

A marcha dos municípios que ocorreu semana passada em Brasília e que reuniu mais de 6.000 pessoas entre prefeitos, vereadores e secretários de todo o país, foi marcada por uma pauta de reivindicações ao Governo Federal e ao Congresso Nacional em prol da cidadania. Ao contrário do que tentou se propagar na cidade de forma irresponsável por pessoas desinformadas que de maneira sub-reptícia tentaram denegrir a imagem dos vereadores de Guajará-Mirim, esta marcha, apesar das demandas legítimas que traduzia a necessidade da cada um dos municípios do Brasil, foi de importância “sui-generis” para o trabalho destes vereadores, que graças ao empenho conjunto pôde conjugar esforços para trazer ganhos e benefícios para a população.

Neste encontro, prefeito e vereadores puderam conversar com ministros de Estado, autoridades federais como deputados e senadores, além de poderem assistir à uma audiência com o chefe maior da nação, Luís Inácio Lula da silva. Os vereadores fizeram reivindicações junto à bancada de deputados de Rondônia e propuseram emendas que viesse a trazer benesses e melhorias para o município.

O projeto Minha Casa Minha Vida foi um dos pontos altos deste encontro. Ficou acertado (e comemorado) que o governo Federal iria financiar Um milhão de casas populares para os municípios com até 50.000 habitantes. Mas o grande momento do evento foi a conquista por parte dos municipalistas da liberação da Emenda 29, que trata do aumento de recursos para o setor de saúde, o que é mais do que justo para toda a população, uma vez que esta mesma população hoje já não pode mais contar com os recursos da extinta CPMF.

terça-feira, 28 de julho de 2009

HOSPITAL BOM PASTOR: PREFEITURA BUSCA CAMINHO DA CONCILIAÇÃO

No final da manhã da última quarta-feira (22) o chefe de gabinete da prefeitura Décio Marques recebeu a reportagem do O Mamoré para se pronunciar sobre o imbróglio que hoje envolve Prefeitura e Hospital Bom Pastor. Na entrevista o chefe de gabinete disse reconhecer a dívida do Poder Executivo com o nosocômio particular, mas que a prefeitura tinha a reta intenção de amortizar ou até mesmo quitar este débito e que este pagamento só estaria dependendo da contrapartida da administração do Hospital Bom pastor em apresentar o relatório da produção e que consta do acordo contratual entre esta unidade de saúde e a Prefeitura. Décio disse ainda que é de interesse deste poder público dar continuidade a este convênio com o Hospital Bom pastor e que a prefeitura inclusive já enviou à direção daquela unidade médica uma carta de intenções com o objetivo de que estes serviços sejam mantidos.

Em relação à reforma da maternidade do Hospital Regional, o chefe de gabinete disse que existe um problema crucial de ordem estrutural onde por falha da engenharia na execução da obra, no desenho original da planta, cometeu-se o absurdo de passarem para o papel desta construção uma maternidade com enfermaria, berçário e outros espaços físicos condizentes, menos com o centro de obstetrícia. A solução encontrada pelo Poder Executivo foi a utilização da antiga e ampla sala de fisioterapia para tal mister, uma vez que a mesma fica adjacente ao restante da obra. O problema é que “o restante da obra” da maternidade só reinicia assim que a Prefeitura regularizar sua situação com o CADIN.

Ao término desta conversa, Décio Marques enalteceu o respeito desta chefia de gabinete e também do Prefeito Atalíbio Pegorini para com o presidente da Câmara de vereadores e elogiou a atitude da Câmara em estar tomando a frente dos problemas e por procurar ajudar o prefeito a superar os percalços e obstáculos pelo qual ora passa Guajará-Mirim.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MATERNIDADE: PREFEITO DEVE TOMAR PROVIDÊNCIAS, EXIGEM VEREADORES

Após a reunião que tiveram com o líder clerical D.Geraldo Verdier no salão paroquial da diocese de Guajará-Mirim, os vereadores Célio Targino, Marilete Soares, Gerônima Melo, Francisco quintão e Guerard Castro, dirigiram-se até a prefeitura no intuito de cobrar responsabilidades da chefia do executivo no tocante à situação de caos que poderá advir caso a maternidade do Hospital Bom Pastor venha a encerrar suas atividades.

Na ocasião o vereador Célio Targino expôs ao prefeito todos os pormenores da conversa que ele e os demais vereadores tiveram com D.Geraldo e colocou-o a par da sanção pragmática que o bispo está disposto a tomar caso não se resolva este litígio com urgência máxima. Algumas sugestões foram conjeturadas durante a reunião. Chegou-se a cogitar que a maternidade municipal poderia funcionar em caráter provisório na sala da pediatria do Hospital Regional, sendo que esta unidade (a pediatria) poderia ser remanejada para o Centro de Saúde Carlos Chagas. Outra alternativa dada pelos vereadores foi a da utilização de uma das salas do centro cirúrgico para a implantação desta maternidade, também em caráter provisório.

Atônito, mas ao mesmo tempo atento às reivindicações dos vereadores, o prefeito Atalíbio Pegorini prometeu aos vereadores que iria buscar soluções cabíveis para resolver este qüiproquó até a manhã do dia seguinte. Em seguida, dando seqüência à esta jornada laborial, os vereadores foram até a Rádio Educadora onde a fim de prestar satisfações à população, deram uma entrevista coletiva ao programa “Tribuna do Povo”.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

MATERNIDADE DO HOSPITAL BOM PASTOR DEVERÁ FECHAR EM AGOSTO

Depois de três reuniões de emergência entre o prefeito Atalíbio Pegorini e o bispo da diocese de Guajará-mirim, D.Geraldo Verdier, a última inclusive sob cabresto de intimação judicial levada à cabo pelo Ministério Público ao atual alcaide, onde se decidiu sob as barras da corte deste egrégio estamento burocrático que a prefeitura teria o prazo de dez dias para pagar a metade do débito em atraso de quatro meses do convênio com o Hospital Bom Pastor, eis que a paciência do pároco eclesial acabou chegando ao limite. Cansado de implorar à chefia do executivo “que não tem o mínimo de respeito para com a nossa situação de emergência, uma vez que utilizam o dinheiro da saúde para priorizar outras áreas, quando a saúde do nosso povo é que é sagrada e tinha que ser priorizada”, o ecúmeno bispo disse não haver mais condições para continuar atendendo os pedidos do Hospital Regional em serviços de Raio X, exames laboratoriais, medicamentos etc... Mas o pior está por vir: com alegações de que o Hospital Bom Pastor hoje se encontra numa situação econômica caótica devido ao não cumprimento das obrigações financeiras da prefeitura com o hospital, D. Geraldo, muito a contragosto, anunciou o fechamento em definitivo da maternidade desta unidade médica em fins de agosto. Os vereadores Célio Targino, Marilete Soares, Guerard Castro, Gerônima Melo e Francisco Quintão, preocupados com esta situação procuraram o bispo na manhã da última segunda-feira a fim de não só prestar solidariedade, mas também de encontrar um mecanismo para que esta dívida seja sanada o quanto mais rápido possível, uma vez que o eclesiástico diz já ter perdido todo o resto de confiança que tinha no prefeito Atalíbio Pegorini. O divisor de águas nesta questão, é que por causa desta desconfiança, D. Geraldo parece não estar disposto a dialogar com o prefeito Atalíbio enquanto não se resolver este impasse. O Cura diocesano quer que o acordo feito com a prefeitura seja cumprido até a data limite de 27 de agosto, caso contrário a maternidade será fechada. Todos sabem que o município de Guajará-Mirim está sem maternidade em seu Hospital Regional desde o embargo da reforma da obra ainda na administração Cláudio Pilon. De lá para cá nada se resolveu a respeito desta querela judicial. Quem segurou as “pontas” das gestantes nestes quase sete anos de pendenga entre justiça e política foi o Hospital Bom Pastor. Guajará-Mirim conclama com urgência para que se construa uma maternidade para atender seus munícipes. Se a maternidade do Hospital Bom Pastor for mesmo fechada, o sistema de saúde que hoje já está um caos, pode se transformar numa catástrofe de conseqüências e proporções trágicas. E quem irá arcar com os prejuízos por causa de tamanha irresponsabilidade?