sábado, 26 de dezembro de 2009

A VERDADE A VER NAVIOS

Passado quase um ano sob o manto da administração Atalíbio Pegorini, administração esta que teve endosso do governador do Estado e do deputado Miguel Sena e cujo discurso de campanha teve ênfase na filosofia do “Mudar para crescer”, hoje a maioria do povo eleitor desta gestão já deve ter notado que até agora não houve quaisquer mudanças reais ou efetivas na conjuntura municipal. Tudo continua como antes. O sonho virou pesadelo.

Hoje, medindo muito mal a nossa situação, a extensão do nosso fim de poço, a terrível penúria em que a gente se encontra, este estado de abandono e marasmo que se faz pesar sobre todos nós, imagina-se que tudo isso é coisa passageira e que um dia, mais dia menos dia, as coisas irão se encaixar dentro das engrenagens e que os nossos mandantes gerais da cidade irão melhora-la a fim de que o nosso povo esperançoso prospere e seja feliz. Pura utopia. Basta que qualquer um dê uma olhada de lampejo nas roupas surradas que o nosso povo veste, no semblante das pessoas, na fome sentada na mesa da maioria da população sem emprego de nossa cidade, na cara dos bêbados e seus porres cada vez mais amargos, nas lojas vazias, comércio parado, na própria cidade morta, nas queixas das massas, nas reivindicações das associações e nas promessas dos demagogos para enxergar que é praxe comum dos que regem o Poder não dar nada sem receber algo em troca.

A nossa educação está falida, a saúde está um caos, as nossas ruas estão às escuras e sem sinalização, a nossa malha viária, devido aos inúmeros buracos, faz com que qualquer percurso feito em carro, moto ou bicicleta seja uma verdadeira aventura. E agora com a chegada do inverno serão necessários pelo menos seis meses para que se estabeleça a troca regular de ordens e relatórios, sem o qual a secretaria de obras e seu atrapalhado secretário só poderá atuar de maneira paliativa. Enquanto isso a paralização dos transportes nas estradas vicinais desorganiza o abastecimento de bens de consumos e matérias primas, sejam de ordem pecuária como laticínios e outros víveres, assim como de manufaturas como farinha e carvão vegetal.

O problema é que ainda paira no ar cultural da nossa gente guajaramirense aquele sossego de espírito, aquela psicologia do silêncio diante de tantos descalabros. É preciso falar em alto e bom som, encontrar as pessoas e atenta-las para o sufoco em que estamos metidos até o pescoço por causa dos desmandos da atual administração, se extasiar, se abrir com as pessoas diante dessas perspectivas negativas que se aproximam, faze-las sair desta hipnose das ilusões às custas de falatórios de palanque que resultou neste mal-entendido. É preciso reagir ante este estado de coisas.

Se falo em reagir, estou falando no potencial do nosso município, no valor de sua gente, no patrimônio moral de Guajará-Mirim. Essa atual administração foi um acidente de percurso. É preciso ter consciência disto. Guajará-Mirim perdeu o bonde da história e a retomada do progresso não se dará se antes não se expurgar este bando de inoperantes do Poder Municipal. 2.000 empregos podem ser gerados se existir planos e projetos em forma de política econômica e industrial que possam impulsionar de forma comercial a economia local.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CÍCERO NORONHA DISCURSA NO CONGRESSO NACIONAL E DEFENDE ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO

Definir critérios e prioridades e estabelecer metas e propostas com o objetivo de dar maior consistência ao elo de ligação que deve existir entre Câmara, Prefeitura e Associação Comercial; estas seriam, segundo o publicitário Cícero Noronha, as diretrizes em que os Poderes públicos deveriam se apoiar a fim de impulsionar a economia do município e conseguir com que Guajará-Mirim atinja o tão sonhado zênite comercial. O publicitário, que também é porta-voz da Associação Comercial de Guajará-Mirim, esteve recentemente em Brasília juntamente com o presidente da Câmara de vereadores, Célio Targino e o prefeito Atalíbio Pegorini participando de audiência pública para desenvolvimento da Amazônia Legal.

Neste encontro, Cícero pôde fazer uma exposição minuciosa no Congresso Nacional acerca dos problemas e empecilhos que dificultam o progresso da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim e apresentou às autoridades do Parlamento da capital federal sugestões e reivindicações em busca de soluções viáveis para a atual situação de marasmo comercial que vive a Cidade Pérola. “O que tem se observado nestes 20 anos da instalação das áreas de livre comércio em toda a Amazônia é que elas, à exceção de Manaus, não tem funcionado da maneira como foram propostas. Há 20 anos sob os ditames da Suframa, não houveram quaisquer incentivos no que se refere à política cambial, infra-estrutura, meio-ambiente e turismo. Então tudo isso precisa ser revisto”, disse Noronha.

O simpósio, intitulado Comissão da Amazônia, que ocorreu entre os dias 08 e 10 de dezembro, reuniu entidades ligadas ao comércio da Região Norte e foi presidido pelo deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO). A representação de Guajará-Mirim espera que as autarquias ligadas ao Governo Federal se sensibilizem no sentido de rever o papel das áreas de livre comércio e atender as propostas em questão.