sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AMEAÇA DE MORTE

Um grande problema para algumas pessoas de nossa cidade é que elas se preocupam muito com as coisas que converso. Não sei se elas me têm como um intelectual de alto cuturno,dono da verdade ou no mínimo inteligente e formador de opinião, o fato é que toda fórmula de pensamento que ganha corpo através de minhas palavras é motivo de repercussão na quadratura do círculo que envolve os sombrios horizontes do nosso Frontier. Tem gente inclusive que faz questão de sentar na mesa ao lado da minha só para escutar minhas conversas com o intuito de passar para diante. Esta semana sofri ameaça de morte por parte de um servidor da Receita que obteve informações truncadas de que este signatário junto com amigo Leonardo Nogueira estariam "enxovalhando" (sic) sua dignidade, moral e cabedal. Vocês me conhecem, eu vou lá me preocupar com um imbecil desses... Mas de uma coisa tenha certeza meu nobre carrasco: O seu complexo de inferioridade não é inferior ao de ninguém.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

HAY PRENSA LIBRE EM ESTA CIUDAD?

O amigo Chico Nery pediu-me que eu fizesse um artigo como pro-forma de colaboração para o Jornal “A Fronteira”. A começo esquivei-me alegando falta de tempo, indisposição, ressaca ou outro mister qualquer. Depois de alguma relutância por parte do fotógrafo e jornalista desta briosa gazeta, perguntei de pronto: “Quanto ganho nisto?”. O amigo contra-atacou dizendo que era uma colaboração e que colaboração, como o nome já diz, não se paga, é de graça.

Ali foi um chute nos ovos. O bom Chico Nery sabe melhor que eu que a gente que escreve, às vezes passamos agruras. Pô bicho, será que esse pessoal que banca o jornal não sabe que nós também temos as nossas necessidades? Será que a gente não precisa comer, beber, se vestir, comprar desodorante, sabonete, pasta de dentes e papel higiênico? Ou acham que é só sentar à frente de uma máquina Olivetti que as idéias começam a reluzir?

Pois bem, ao fim e ao cabo acabei me dando ao luxo de mandar este “textículo” para o jornal, mas não sem antes perguntar qual era a linha editorial do tablóide. Me disse que eu teria total liberdade. Perguntei : “Será?”. “Pode escrever que eu garanto”. Respondeu o editor-redator. Tá bem. O Atalíbio não vai ficar puto? Tá bem. A Receita, a Polícia Federal, a Maçonaria e as igrejas não vão encher o meu saco? Então tá bem. Mas antes queria dizer que essa coisa de jornal independente em Guajará-Mirim não funciona. Faço aqui um parágrafo para tomar uma cerveja e depois explico. Parágrafo.

Corria o ano de 2.005 quando o ex-prefeito Dedé de Melo me chamou para conversar e no resumo da reunião me disse que tinha uma gráfica à minha disposição e que eu podia arrumar gente qualificada e de gabarito para montar a equipe daquilo que seria o meu jornal. Os termos seriam os seguintes: eu teria carta branca para apontar os erros de sua administração, mas também ouvir o outro lado e apresentar sugestões. Foi o que fizemos. Nisto me deram suporte o amigo Aluízio da Silva, o ex-vereador Xavier e o designer gráfico Aderson Vieira.

Querem saber o resultado? Eis que uma bela tarde, depois de um quebra-pau que o ex-secretário de obras do desgoverno Dedé (que também era o dono da gráfica) tivera com o advogado do ex-prefeito no gabinete da procuradoria, me aparece na oficina e põe as cartas na mesa: - Coloca aí na manchete do jornal: PROCURADOR DO MUNICÍPIO ROUBOU O IPHAN. Disse a ele que até poria a chamada de capa sim, mas que ele me desse a salva-guarda de documentos, provas cabais, enfim, papéis... “Não tem!”. Vociferou o ex-secretário. “Então “neca” de manchete”. Redargui. “Então acabou o jornal”. Decretou o imediato do ex-prefeito.

É claro que existem outros que também foram para a sepultura neste ínterim, mas não vem ao caso. Agora afora isto, pelo que vi nos primeiros exemplares, há muita matéria com prefeito, deputado, vereadores, gente da Câmara alta de Brasília e até curas eclesiais. Então meus amigos, não me venham com esta falácia de independência.

Olha, não estou aqui pra desanimar ninguém não. Mas se este grandioso jornal for mesmo independente, acho que como o meu extinto finado impresso, não vai durar nem seis meses. E se durar mais que isto, aí não é independente. Mesmo assim, longa vida ao jornal. De coração.