sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A ARTE DE ENGOLIR “SAPOS”

Na semana passada tive a grande satisfação de monologar (monólogo sim, uma vez que só uma pessoa falou, eu apenas a auscultei e nem pude me explicar, conforme podem atestar algumas pessoas que estavam presentes) com a vereadora Marileth soares. Na ocasião a vereadora disse que há muito queria falar comigo pois não havia gostado nem um pouco de referências à sua pessoa em matéria sob minha responsabilidade publicada neste jornal.

Ainda em ritmo de campanha, a edil entoou um discurso xiita de palanque repleto de chavões panfletários e no qual ela fez muita questão de frisar e reforçar a importância de seus mais de 12 anos de luta para chegar à Câmara de Vereadores numa empreitada baseada em princípios éticos e morais, e que eu havia tentado colocar tudo por água abaixo em um só parágrafo desta coluna.

Aos fatos e não aos adjetivos. Em primeiro lugar gostaria de transcrever o parágrafo que faz parte da matéria “Uma Tacada de Mestre” e que parece ter causado cólicas nesta nobre edil das causas síndico-educacionais, atos públicos, passeatas e muitas denúncias feitas à imprensa em passado remoto.

“O que ninguém conseguiu entender até hoje, por mais que ela tentasse explicar de todas as formas possíveis, foi o sufrágio da vereadora Marileth Soares do PT que sempre defendeu as bandeiras contra o governo do Estado, de uma hora para outra se bandear para as hostes de um títere do próprio governo que sempre criticou. A julgar pela legenda que defendia princípios éticos e morais, todos pensavam que esta vereadora fosse no mínimo se abster de sua votação e não votar no candidato do governo de plantão”

O que quis dizer com a epígrafe acima foi que o fato de a vereadora ter votado no candidato do governo que sempre denunciou, causou estranheza não só ao autor desta coluna como à grande maioria do povo da Cidade Pérola, povo este que até então a tinha em alta conta. Jamais tentei denegrir a imagem de ninguém. Apenas servi como veículo dos clamores do povo, como porta-voz dos reclamos do populacho. Portanto a vereadora Marileth não tem que provar nada para mim e sim para este povo que muito espera que esta solerte líder sindical não seja vereadora de um só mandato.

Só tenho a lamentar a forma intempestiva como a vereadora Marileth, buscando se situar como vítima de uma situação e dizendo-se atingida por “injustiças, injúrias e mentiras”, deixou bem claro em sua exposição. Tais insinuações, que tiveram como pano de fundo a ante-sala presidencial da Câmara de Vereadores, foram feitas por uma pessoa carregada de rancor e que não levou em conta a integridade do jornalista que apenas expôs os fatos conforme relatos de fontes fidedignas.

Espero que esta intriga não tome maiores proporções, haja vista o hábito contumaz desta senhora em criar casos. Espero também desta forma estar prestando os devidos esclarecimentos tanto à direção do jornal em que mantenho uma coluna há vários anos, como aos meus companheiros de comunicação do rádio de nossa cidade que se solidarizaram comigo e também aos amigos leitores que muito me comprazem com a leitura deste “standart”.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

TÁ TUDO ERRADO

Com certeza vocês devem estar achando minhas últimas colunas uma esculhambação só. Eu também tô achando. Mas se vocês derem uma olhada na nossa cidade, vão achar que ela que ela tá mais esculhambada que minhas últimas colunas. Quando o pessoal me vê tomando cerveja no boteco vem logo dizendo: “Você precisa deixar de lado tuas tragédias pessoais e seguir em frente”. Já num outro boteco mais prafrentex , ou seja, com menos moscas e mais hipocrisia, o pessoal me diz: “Por que que com teu talento e “norrau” político, tu não tenta barganhar uma assessoria na prefeitura?”

O cotidiano de nossa cidade, apesar de pacata, revela uma guerra surda, não declarada, mas na qual há muitos feridos. São as pequenas humilhações e cacetadas que a gente enfrenta todos os dias, É a fila interminável na lotérica, nos correios, no Banco do Brasil e no Bradesco, é a nossa situação cada vez mais precária, é o tráfego de carretas no meio da cidade que não para de jeito nenhum, são as nossas ruas esburacadas e as calçadas tomadas pelo matagal, é a falta de medicamentos e atendimento no Hospital Regional e nos postos de saúde, é a esculhambação que está essa administração onde ninguém sabe quem é que manda, é o radialista que acha o máximo dizer no ar que a polícia tem mais é que dar uma “taca” no ladrão pé-de-chinelo vítima da injustiça social, é o biltre do fiscal da receita que sabe que você mora nesta cidade desde que nasceu, mas por questão pessoal ou porque não vai com a sua cara, acha de invocar com você e te expõe ao constrangimento público toda vez que você volta do país vizinho.

Aliás, aqui abre-se um parêntesis: É claro que não são todos os agentes da aduana fronteiriça que são ignorantes no trato pessoal, alguns são até boas pessoas e gente fina pacas. Mas o que não pode mais é o cidadão de bem continuar a mercê dos recalques, problemas e frustrações de um ou outro brucutu que um dia decorou uma apostila e por um acaso passou num concurso público para a partir daí passar a empreender forças com mesquinharias em vez de implementar soluções que agreguem o valor à sociedade.

Outra coisa que também não dá mais pra aturar são os eternos babacas que ficam prestando culto para qualquer cara metido a esperto que aparece por aqui parido não se sabe de onde e que de repente passam a opinar “leseiras” sobre a nossa cidade, mas que no fundo o que querem é se beneficiar de tais mudanças feitas através de suas sugestões. Depois que ludibriam meia dúzia de idiotas, os espertos enchem as “burras” de dinheiro e ficam rindo dos trouxas que passam a conversar entre si: “E aí, o fulano também te enrabou?” “Também, e você?” “Também”.

E o pior é que quando aparece alguém com dignidade para denunciar o lamaçal onde esses “leprosos” chafurdam, logo eles te ameaçam com um processo. É a inversão dos valores. Os caras roubam, corrompem, extorquem, achacam, se metem em mil tretas, constroem suas redes de finanças e armações sobre falsas premissas com efeitos deletérios não para si mesmos, mas para toda a sociedade, e é na porta da minha casa que a polícia vem bater. Muitos poucos se perguntam por que os direitos estão cada vez mais distantes e a erva daninha cada vez mais adubada.