Na semana passada tive a grande satisfação de monologar (monólogo sim, uma vez que só uma pessoa falou, eu apenas a auscultei e nem pude me explicar, conforme podem atestar algumas pessoas que estavam presentes) com a vereadora Marileth soares. Na ocasião a vereadora disse que há muito queria falar comigo pois não havia gostado nem um pouco de referências à sua pessoa em matéria sob minha responsabilidade publicada neste jornal.
Ainda em ritmo de campanha, a edil entoou um discurso xiita de palanque repleto de chavões panfletários e no qual ela fez muita questão de frisar e reforçar a importância de seus mais de 12 anos de luta para chegar à Câmara de Vereadores numa empreitada baseada em princípios éticos e morais, e que eu havia tentado colocar tudo por água abaixo em um só parágrafo desta coluna.
Aos fatos e não aos adjetivos. Em primeiro lugar gostaria de transcrever o parágrafo que faz parte da matéria “Uma Tacada de Mestre” e que parece ter causado cólicas nesta nobre edil das causas síndico-educacionais, atos públicos, passeatas e muitas denúncias feitas à imprensa em passado remoto.
“O que ninguém conseguiu entender até hoje, por mais que ela tentasse explicar de todas as formas possíveis, foi o sufrágio da vereadora Marileth Soares do PT que sempre defendeu as bandeiras contra o governo do Estado, de uma hora para outra se bandear para as hostes de um títere do próprio governo que sempre criticou. A julgar pela legenda que defendia princípios éticos e morais, todos pensavam que esta vereadora fosse no mínimo se abster de sua votação e não votar no candidato do governo de plantão”
O que quis dizer com a epígrafe acima foi que o fato de a vereadora ter votado no candidato do governo que sempre denunciou, causou estranheza não só ao autor desta coluna como à grande maioria do povo da Cidade Pérola, povo este que até então a tinha em alta conta. Jamais tentei denegrir a imagem de ninguém. Apenas servi como veículo dos clamores do povo, como porta-voz dos reclamos do populacho. Portanto a vereadora Marileth não tem que provar nada para mim e sim para este povo que muito espera que esta solerte líder sindical não seja vereadora de um só mandato.
Só tenho a lamentar a forma intempestiva como a vereadora Marileth, buscando se situar como vítima de uma situação e dizendo-se atingida por “injustiças, injúrias e mentiras”, deixou bem claro em sua exposição. Tais insinuações, que tiveram como pano de fundo a ante-sala presidencial da Câmara de Vereadores, foram feitas por uma pessoa carregada de rancor e que não levou em conta a integridade do jornalista que apenas expôs os fatos conforme relatos de fontes fidedignas.
Espero que esta intriga não tome maiores proporções, haja vista o hábito contumaz desta senhora em criar casos. Espero também desta forma estar prestando os devidos esclarecimentos tanto à direção do jornal em que mantenho uma coluna há vários anos, como aos meus companheiros de comunicação do rádio de nossa cidade que se solidarizaram comigo e também aos amigos leitores que muito me comprazem com a leitura deste “standart”.