terça-feira, 12 de maio de 2009

A CÂMARA E A PREFEITURA

A atual administração tem erros e acertos. Ao Prefeito Atalíbio Pegorini e asseclas cabem exaltar seus acertos. Cabe à Câmara aplaudir os acertos e criticar os erros da administração. Por outro lado a população está de saco cheio de ataques gratuitos e demagogia barata. Ela espera que seus líderes políticos, sejam do poder executivo ou legislativo, apresentem propostas viáveis para tirar Guajará-Mirim do atraso em que se encontra, que sejam sinceros em suas propostas e que deixem de conversa fiada. Acima de tudo é preciso entender que para alcançar objetivos maiores, os menores devem ser dispersos.

À Prefeitura caba a tarefa de administrar os bens e serviços da cidade, assim como gerenciar o diferencial entre receitas e despesas, folha de pagamento, repasses do governo federal, contrato com fornecedores, cuidar da limpeza da cidade, da coleta do lixo, das ruas, praças e logradouros, do encascalhamento, do asfalto e serviço de tapa-buracos, cuidar da educação dando qualidade tanto para o corpo docente e demais funcionários como para os alunos; e da saúde dando melhores condições para os médicos e enfermeiros poderem tratar de maneira digna e condizente o cidadão que busca os postos de saúde para curar seus males físicos e sanar suas enfermidades.

É obrigação da Câmara legislar, fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, servir como porta-voz dos anseios populares, o elo de ligação entre o povo e governo, buscar auxiliar o prefeito no que for preciso para melhorar a cidade, mas também cobrar atitude quando se sente que o mesmo não passa de um "morto nas calças", um reles fantoche, sem poder de decisão ou de mando, um prefeito ausente.

Na relação entre Câmara e Prefeitura seria muito bom que se pudesse remover do discurso entre esses poderes com a sociedade a confusão que se faz entre suspeitas e direito de fiscalizar, este muitas vezes dificultado porque é encarado como ofensa a quem tem o dever de prestar contas à opinião pública. Existe muita hipocrisia nisso, pois considerando-se o interesse da sociedade, é preciso que tudo esteja sob controle, e aí a fiscalização da Câmara é de fundamental importância, mesmo que para isso saiam feridas algumas suscetibilidades. Quem não deve não teme e e nem treme. Se entra dinheiro do povo, miaor deveria ser o rigor no controle dos gastos. Fazer mistério na aplicação das verbas, manter relações no escuro dos porões faz imaginar a existência de coisas erradas.

Para se fazer uma administração séria, honesta e transparente, seria de boa envergadura neste caso, que os indicadores da gestão fossem implantados nas áreas de educação, saúde, limpeza urbana, investimentos sociais e que fossem divulgados de tempos em tempos e que os desvios em relação ao que se prometeu (meta de trabalho) tivessem planos condizentes e com prazos determinados. E mais: que estes fossem auditados por uma consultoria independente ou uma associação da população.

No mais, é ficar na torcida para que vereadores e prefeito (ausente ou não) mantenham distância de falcatruas, falsas declarações, fraudulências, embustes, escamoteações, trapaças políticas, artifícios judiciais, protocolos negativos, furto de processos, mofratas e dizidelas, ilícitos de todos os tipos, abusos de direito, desvio de "bufunfa", violações de promessas, quebras de confiança, cálculos duplos "y otras cositas mas"...

DR. CÉLIO PROPÕE PACTO MUNICIPAL

Com o objetivo de resgatar a cidadania do munícipe guajaramirense que paga seus impostos e no atual momento político não está vendo a aplicação destes emolumentos em forma de bens e serviços para a cidade, o presidente da Câmara de vereadores, Dr. Célio Targino propôs na última sessão ordinária a criação de um pacto municipal envolvendo as entidades com poder de influência na sociedade, tais como a Associação Comercial, a Cúria da diocese, Maçonaria, Rotary, Lions clube, Ministério público e associações de bairro "para juntos podermos discutir e cobrar atitude e iniciativas do Poder Executivo frente ao estado de descaso e abandono que se instaurou em Guajará-Mirim nestes 120 dias de administração Atalíbio Pegorini; haja vista a situação de letargia que tomou conta da cidade tanto nas ruas e logradouros públicos como nos setores essenciais da administração municipal que requerem mais responsabilidade e gente de competência como os de obras e serviços, o da sáude e o da educação".

Com este firme propósito, o presidente do legislativo municipal espera contar com o apoio dos diversos segmentos de Guajará-Mirim para discutir a atual situação do município e propor diretrizes para a formulação e implementação de políticas de desenvolvimento, assim como também cobrar postura da atual administração no que concerne ao início dos trabalhos. "O mais importante na questão desta proposta vai ser a união dos diversos setores em prol do bem comum. Só assim teremos a possibilidade de unir a sociedade para pensarmos uma cidade melhor e cobrar a aplicação dos recursos públicos". Ressaltou o Dr. Célio Targino.