À Prefeitura caba a tarefa de administrar os bens e serviços da cidade, assim como gerenciar o diferencial entre receitas e despesas, folha de pagamento, repasses do governo federal, contrato com fornecedores, cuidar da limpeza da cidade, da coleta do lixo, das ruas, praças e logradouros, do encascalhamento, do asfalto e serviço de tapa-buracos, cuidar da educação dando qualidade tanto para o corpo docente e demais funcionários como para os alunos; e da saúde dando melhores condições para os médicos e enfermeiros poderem tratar de maneira digna e condizente o cidadão que busca os postos de saúde para curar seus males físicos e sanar suas enfermidades.
É obrigação da Câmara legislar, fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, servir como porta-voz dos anseios populares, o elo de ligação entre o povo e governo, buscar auxiliar o prefeito no que for preciso para melhorar a cidade, mas também cobrar atitude quando se sente que o mesmo não passa de um "morto nas calças", um reles fantoche, sem poder de decisão ou de mando, um prefeito ausente.
Na relação entre Câmara e Prefeitura seria muito bom que se pudesse remover do discurso entre esses poderes com a sociedade a confusão que se faz entre suspeitas e direito de fiscalizar, este muitas vezes dificultado porque é encarado como ofensa a quem tem o dever de prestar contas à opinião pública. Existe muita hipocrisia nisso, pois considerando-se o interesse da sociedade, é preciso que tudo esteja sob controle, e aí a fiscalização da Câmara é de fundamental importância, mesmo que para isso saiam feridas algumas suscetibilidades. Quem não deve não teme e e nem treme. Se entra dinheiro do povo, miaor deveria ser o rigor no controle dos gastos. Fazer mistério na aplicação das verbas, manter relações no escuro dos porões faz imaginar a existência de coisas erradas.
Para se fazer uma administração séria, honesta e transparente, seria de boa envergadura neste caso, que os indicadores da gestão fossem implantados nas áreas de educação, saúde, limpeza urbana, investimentos sociais e que fossem divulgados de tempos em tempos e que os desvios em relação ao que se prometeu (meta de trabalho) tivessem planos condizentes e com prazos determinados. E mais: que estes fossem auditados por uma consultoria independente ou uma associação da população.
No mais, é ficar na torcida para que vereadores e prefeito (ausente ou não) mantenham distância de falcatruas, falsas declarações, fraudulências, embustes, escamoteações, trapaças políticas, artifícios judiciais, protocolos negativos, furto de processos, mofratas e dizidelas, ilícitos de todos os tipos, abusos de direito, desvio de "bufunfa", violações de promessas, quebras de confiança, cálculos duplos "y otras cositas mas"...