sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

SEGUNDO MANIFESTO NA MESA DO BAR SOS

Tendo em vista o número de críticas tanto contra como a favor do artigo “Manifesto na mesa do bar” resolvi dar mais uma queixadinha. Afinal de contas, a função do jornalista crítico é guiar o povo e não ludibria-lo para manter o status-quo, que interessa apenas para alguns canalhas, egoístas e dissimulados. Sim, me refiro aqueles que abandonam seus valores e convicções em troca de prestígio e bufunfa.

Diferente de muita gente, inclusive amigos que considero pacas, não sou desses que ficam se preocupando se o Barrichelo vai ultrapassar o Kimi Raikonen, se a seleção do Brasil vai vencer o sub-17 lá na casa do “Crica” ou se o carro do fulano é mais moderno que o do sicrano. Meu negócio é política, politicagens, cerveja, tira-gosto e boas conversas.

Tenho notado já há algum tempo que a caterva tucana e os bandidos da mala preta a serviço do capital mundial tentam desestabilizar tanto o governo do PT como a vanguarda da esquerda de modo geral. É preciso que se diga que o PT nunca continuou o governo FHC, tanto é que o povo hoje com um salário mínimo compra duas vezes mais o que comprava naquela época. Hoje o povo está comendo mais. Isto é público e notório, dispensa prova em juízo.

Também não é preciso um Roubômetro para avaliar quem roubou mais: FHC com a privataria roubou 10.000 vezes mais do que qualquer possibilidade de desvio do Governo Lula. Tivesse ainda FHC no poder, com certeza a Petrobrás hoje já teria virado American Oil. PSDB: Pornô State Dilapidêite Bíusines. Paus e xoxotas no puteiro da mercância.

Meu amigo César Moretti, perito da Polícia Civil, há algum tempo me perguntou sobre um ex-colega de copo: “Me diz uma coisa, esse teu chegado é PSDB?”. Respondi: “Vamos ter que dar um desconto, o rapazinho nunca teve o engajamento político que nós tivemos. Conheceu política depois que se enturmou com a gente, daí que para se sentir seguro resolveu optar por uma bandeira sem nenhum ideário”. “Mas que toupeira”. disse o perito. “Acho que é tucano”.Corrigi.

Conheço dois tipos de tucanos. Quando vou ao Pacaas Novos costumo ver uns aqui e ali trepados em cima das árvores à espreita. Um outro tipo de tucano a gente vê quando visita o Itaúba Hotel lá na Bolívia. Mas estes estão enjaulados no mini-zoológico que dispõe este balneário. A metáfora explica: quando não estão em cima do muro à espera da melhor chance de tirar proveito, os tucanos estão atrás das grades. Ou pelo menos deveriam estar.

Alvíssaras: o Papa da piscicultura em Guajará-Mirim Toninho Nogueira, depois da ascensão de Acir Gurcacz ao senado, deverá apoiar a candidatura de Rodrigo Nogueira nas próximas eleições municipais. Não que tenha alguma coisa a ver com progênie, DNA de filiação, grau de parentesco, herança espermática, mas sim com a filosofia epistemológica da razão critica. O príncipe-beirense Dr. Célio Targino, que conseguiu levantar uma bandeira positiva na Câmara poderá fazer dobradinha com o garoto-prodígio. Ah Toninho, me emprestas aí 20 pratas...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A IMPRENSA PRECISA SER RESPONSÁVEL

Parece que tem-se tornado lugar-comum em nossa cidade, coisa pra lá de batida, alguns meios de comunicação, darem guarida para pseudos-jornalistas e “traíras” da classe, paridos não se sabe de onde, que de maneira rasteira e sub-reptícia se infiltram nas esferas dos Poderes em busca de informações para depois usa-las como moeda de troca. Não de modo geral também existem aqui e ali respingos na nossa imprensa que tentam desmoralizar a Câmara de Vereadores e seus representantes. Parece que está aberta uma campanha mal disfarçada de difamação e desinformação acerca do Poder Legislativo nunca antes vista em nossa cidade.

Maquiavel dizia que “quando se quer desmoralizar alguém basta aumentar os defeitos e esconder as virtudes. Mentiras, calúnias e difamação também ajudam...”. Segundo estes fazedores de notícias, recai sobre a Câmara Municipal toda a culpa e responsabilidade pelo fato de a cidade estar vivendo o atual estado de caos, penúria e abandono, quando todo mundo sabe que Guajará-Mirim está nesta situação de desespero somente e unicamente por causa da inoperância e dos desmandos da chefia geral do Palácio Pérola.

Esquecem ainda os boquirrotos que à Câmara compete apenas trabalhar as leis da cidade, fazer projetos que beneficiem a população, fiscalizar os atos do Poder Executivo, ouvir os reclamos do populacho e reivindicar seus interesses e denunciar eventuais safadezas políticas que possam vir a ocorrer em todas as esferas do Poder. Não compete à Câmara a tarefa de tapar buracos, sinalizar as ruas, encascalhar e asfaltar as vias públicas, colocar lâmpadas nos postes, cuidar dos doentes do Hospital Regional, prestar atendimento nos postos de saúde, serviço de assistência social, coleta do lixo etc... Estes serviços são exclusividade da Prefeitura. Portanto é preciso que a nossa imprensa se preocupe mais em relatar os fatos sem deturpar a notícia, pois quando a imprensa começa a tomar partido de forma suspeita, algo de podre cheira no ar.

Este tipo de tática de tentar ludibriar o povo com informações que não tem nada a ver, ignorância acerca dos fatos, desconhecimento de causa, distorção da informação com objetivos não explícitos ou então uma mistura de toda essa sujeira jornalística pode resultar num tiro pela culatra. Não se chega a lugar nenhum com este tipo de golpe de Estado que parece estar em voga hoje e que praticam alguns membros do nosso jornalismo. Um bom jornalismo precisa estar aberto para o debate honesto e construtivo que busque visar o bem estar social da cidade. Tem que estar aberto às divergências de opinião e ao pluralismo de idéias no marco do debate público e não na perspectiva abrupta de arrancar comodities financeiros a qualquer custo deste ou daquele poder político.

O caminho então deveria ser o do diálogo e da luta política em termos de construção como reflexo para chegar ao equilíbrio que deve existir entre imprensa e demais poderes. Portanto faz-se necessário discutir o papel da mídia na sociedade a fim de que se acabe de vez com o terreno fértil das distorções e manipulações que alguns inventam para engessar o saudável hábito da discordância.

Sem nenhum ressentimento ou maniqueísmo para com os colegas de profissão.