terça-feira, 23 de agosto de 2011

CLUBE HELÊNICO LIBANÊS PEDE SOCORRO

Com sua localização nas cercanias do antigo centro nervoso de Guajará-Mirim à época em que “corria dinheiro” nesta cidade, o Clube Helênico Libanês, que em décadas passadas abrigou os grandes bailes dançantes, coquetéis e encontros, hoje amargura dias de abandono e desleixo por parte de seus responsáveis e associados. Com sua fachada envolta pelo matagal, buracos no forro e restante prestes a desabar, cobertura com telhas quebradas, madeirame deteriorado pela ação de sol e chuvas ocasionais, muros caindo aos pedaços, estrutura com rachaduras e faltando portas e janelas que foram levadas por meliantes que ocupam o local à noite para praticar diversos ilícitos, o antigo casarão hoje nada mais é do que um espectro de si mesmo.

Fundado em fins dos anos 50 por uma associação composta de famílias de descendência grega e árabes que chegaram junto com a fundação da cidade, o Clube Helênico Libanês era tido como o cenário das grandes festanças da sociedade guajaramirense. Aconteciam naquele salão o baile do Réveillon, a festa do Hawai, os bailes de carnaval, a festas das bruxas, o baile das máscaras, festa da fantasia, bodas festivas, festas de debutantes, desfiles de moda, além de celebrações de aniversários e casamentos. Nos meados dos anos 80 o clube esteve fechado para uma reforma que até hoje não aconteceu. E o fato é que hoje esta arena se encontra ao Deus-dará.

Embora sempre marcado pelo segmento com menor poder aquisitivo da sociedade pelo rótulo de clube de elite ou de “gente metida”, o Clube Helênico, pelo seu passado, faz parte do cenário, história, cultura e tradição de Guajará-Mirim. Aliás, este mesmo segmento da sociedade que hoje se indigna com o seu atual estado de penúria e abandono.

Um comentário:

walter marques de sa disse...

Totalmente de acordo. Em todo lugar sempre existe um grupo,nao necessariamente da elite, mas DE ELITE, que se caracteriza pelo amor ao lugar e pelas iniciativas para conserva-los e, mesmo aos pouquinhos, melhora-los. Ai, passada aquela geraçao,parece inexistir sucessores. É triste.